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ARTIGOS

02/12/2025

Música Sertaneja: Compadre Moreira e Adelaide

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Olá amigos amantes da música sertaneja, hoje escrevi bem resumidamente um pouco sobre o duo formado pelo casal Compadre Moreira e Adelaide, agradecendo nossa amiga Sandra Peripato pelo apoio e pesquisas.
Valdemar Moreira (Compadre Moreira), nasceu em Cândido Mota, no interior do estado de São Paulo, em 04 de janeiro de 1933.
Em 1940, aos sete anos, recebeu a primeira proposta para formar uma dupla. Ele já cantava e contava piadas. Formou sua primeira dupla com Jesus Carmona com quem trabalhou por dois anos no circo de Nhô Fio. A dupla trabalhou na Rádio Difusora da cidade de Assis. Em 1944, foram contratados para fazer apresentações na Rádio Bandeirantes de São Paulo. Em 1950, conheceu sua futura esposa, Adelaide Balbo Moreira (Adelaide) nascida na cidade de Assis, no interior de São Paulo, em 05 de outubro de 1937. 
Com a mulher e o artista Bio formou um trio, com Adelaide executando as funções de acordeonista e posteriormente contracenando em cenas cômicas com o marido. Em 1964, Compadre Moreira e Adelaide gravaram o primeiro disco 78 rpm pela Califórnia, com as músicas “Mentira de Amor” e “Canção do Passarinho”. Em 1967, lançaram um LP contendo canções e piadas. Em 1970, lançou o LP “O Rei dos Xerifes”, com destaque para “Eu Só Sei Fazer Pelota”, composição sua em parceria com Zé Matuto. Em 1971, gravou o LP “O Xerife da Pistola de Ouro”, com números cômicos intercalados com músicas. Em 1972, lançou novo LP em que se destacaram “Santa Crioula da Pensão”. 
Fez apresentações nas TVs Record e Gazeta. No mesmo ano atuou no programa “Linha Sertaneja”, ao lado de Edgard de Souza e Carlos Alberto, na TV Globo do Rio de Janeiro. Em 1974, lançou “Bang Bang do Outro Mundo”, em que interpretou músicas de terror e humor, e que fez sucesso com “A Cartilha Musical”, parceria sua com o conhecido compositor Nhô Pai. Em 1975, gravou o LP “O Rei do Riso”, coletânea de piadas, contendo ainda algumas músicas. Em 1977, lançou LP em que se destacaram duas composições suas em parceria com o sanfoneiro e radialista paulista Zé Béttio, “Não Quero Morrer Encalhado” e “Segura o Bode”. No mesmo ano, interpretou o personagem Zé Preguiça no filme “Chumbo Quente”, de Cleri Cunha. Em 1981, gravou pela Tocantins as composições “Meu Sabiá”, “Meu Burro é um Barato”, e “Égua Preta”. Nos anos 80, deixou de apresentar-se em rádios, dedicando-se apenas ao circo comprado por seus filhos. Foi dono de circo e excursionou por São Paulo, Mato Grosso e outros estados.
No ano de 1985, Adelaide sofreu um acidente e a carreira foi encerrada. No ano de 1999 veio a falecer.
Em 2000 Compadre Moreira lançou duas coletâneas com o melhor de carreira, em homenagem a sua esposa e parceira artística. No ano de 2001, Compadre Moreira volta a gravar, pela Tocantins o CD “Rir é o Melhor Negócio” com participação do seu filho Edson Antônio Moreira, narrando as anedotas. Compadre Moreira faleceu em 30 de novembro de 2009, aos 76 anos de idade.
Compadre Moreira foi uma lenda viva da era do circo e do rádio. Um artista linha classe A, que o tempo implacável, como não poderia ser diferente, mudou a aparência física, mais não mudou o espírito.
A filha do Compadre Moreira, Leila Moreira, continua o legado da cantoria. Já gravou vários CDs e sempre está lançando novas canções nas plataformas digitais. Leila também apresenta diariamente seu programa na internet através do Portal FMTV.
Amigos, semana que vem tem mais curiosidades e histórias da música sertaneja grande abraço.

 

(*) LUIZ HENRIQUE PELÍCIA (Caipirão) tem o programa “Clube do Caipirão” transmitido para mais de 500 rádios em todo o Brasil diariamente. Apresenta de segunda a sábado das 04h às 08h da manhã o programa “Diário no Campo” pela FM DIÁRIO 89,9 de São José do Rio Preto/SP. Caipirão escreve às terças-feiras para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS.

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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