Zona Azul: Mau atendimento dos funcionários é alvo de reclamação

O serviço de Zona Azul, implantado em 31 de agosto de 1999, por meio da Lei Municipal número 189, vem recebendo reclamações por parte de proprietários de lojas situadas no centro da cidade. O motivo da reclamação é o mau atendimento dos funcionários com os motoristas. A empresária Soraia Cristina Rittner Suarez, proprietária da loja Soraia Rittner, situada na avenida Bento da Cruz, explica que muitas vezes, os funcionários abordam as pessoas como se fossem autoridades. “Às vezes chegam a discutir com os clientes sobre o pagamento. Quando não encontram o dono do veículo, já colocam advertência”, diz. Ela comenta que muitos clientes de sua loja que residem em outras cidades da região, já receberam multa. “Com isso, o cliente fica bravo e acaba colocando a culpa na própria loja que não tem nada a ver com isso”, enfatiza.
Nossa reportagem entrou em contato com a direção da Apae que é responsável pelo serviço. Por meio do presidente da entidade, José Luis Beneciutti e do supervisor Mauro José Agnholeto, foi informado que a entidade tomará as medidas necessárias. Eles também pediram desculpas pelo ocorrido à empresária Soraia, demais empresários e população em geral. “Faz quatro anos que não tínhamos reclamações sobre o serviço. Quando recebemos reclamações, analisamos sempre os dois lados da história”, comentou José Luis.

O Serviço
Atualmente, a Zona Azul emprega cerca 40 pessoas. “Cada um toma conta de no máximo dois quarteirões, sendo feito um sistema de rodízio com os funcionários”, enfatiza Mauro. José Luis ressalta que são ministradas palestras e cursos para os funcionários sobre como deve ser o atendimento com os clientes. “São realizadas semestralmente palestras com psicólogos e treinamento com todos eles orientando sobre o bom atendimento. Todos estão preparados caso sejam agredidos verbalmente”, comenta. O presidente da entidade explica quais os benefícios em se ter o serviço de Zona Azul em nossa cidade. “Este serviço serviu para desafogar o trânsito no centro, criando mais vagas para estacionamento como principal objetivo beneficiando os comerciantes”, diz. Muitas cidades da região como Araçatuba, Lins, São José do Rio Preto possuem o serviço que é realizado por empresas terceirizadas. “Em todas estas cidades o preço pelo serviço é mais caro que Penápolis”, disse José Luis. Em Penápolis, o preço é R$ 1,00 por 2 horas. Quando não é atingido este tempo, os funcionários negociam com os motoristas para guardarem o talão em uma eventual próxima parada. Todo o dinheiro gerado pelo serviço, é destinado ao tratamento das crianças especiais que são atendidas pela Apae. “Todo este dinheiro é destinado ao atendimento das 402 crianças especiais e no preparo de 750 refeições diárias, além do transporte dos mesmos”, explica o presidente da entidade José Luis. “Convidamos os empresários, comerciantes e população em geral para fazer uma visita à Apae e ver onde todo o dinheiro gerado pelo serviço de Zona Azul é empregado”, finaliza. (IA)

Foto: Os motoristas pagam R$ 1,00 para estacionar seu carro por 2 horas