Usina Aliança passa por reforma para iniciar operação

DA REPORTAGEM

O empresário penapolense Roberto Sodré Viana Egreja anunciou oficialmente na manhã desta terça-feira (17) o início dos trabalhos de recuperação da antiga Usina Everest, que a partir de agora passa a se chamar Usina Aliança. 
Ele e os sócios que investem no empreendimento receberam autoridades políticas regionais e convidados para um café da manhã promovido na própria usina, que passa por manutenção para o início da operação, previsto para o primeiro semestre do ano que vem.
Segundo Egreja, até o momento a Usina Aliança já contratou 80 funcionários. Eles são os responsáveis pela manutenção de todo o equipamento e estrutura instalados desde a época da antiga Everest, que parou de trabalhar há mais de 10 anos, e que estava abandonada. 
Egreja destacou que, apesar da aparência de toda a estrutura, os equipamentos possuem condições de trabalhar, por isso o empreendimento está sendo possível já para 2019. “Toda a estrutura aparentava abandono, mas foi bem conservado, o que permite que a manutenção de tudo seja possível para um início breve de safra. Outro fator que nos deixou bastante animados foi que a usina não sofre a ação de vândalos, como furtos, por exemplo, ajudando a manter uma estrutura conservada e em condições de uso”, destacou. 
O projeto da Usina Aliança conta com o envolvimento de 18 sócios e a expectativa é de que, num primeiro momento, a usina trabalhe com 300 mil toneladas de cana-de-açúcar, produto que, apesar da crise financeira que afeta todo o país, mantém boas expectativas dos investidores. “A Usina Aliança produzirá, quase que em sua totalidade, o açúcar. Sabemos que o mercado não anda bem, mas temos expectativas de que a situação possa melhorar, o que beneficia de forma direta nossa usina, estamos bastante contentes e esperançosos de que a produção nas safras só aumente”, ressaltou Egreja.
Esta expectativa se reflete na produção. Seguindo o cronograma montado pelos investidores, a intenção é a de que a Usina Aliança chegue a moer mais de 500 mil toneladas de cana em 2020, podendo chegar à sua plenitude nos próximos anos com 1 milhão de toneladas. 
Inicialmente, o investimento para que a Usina Aliança comece a operar deverá ser de R$ 15 milhões e poderá gerar até 190 empregos diretos no setor da indústria. 
A antiga Usina Everest teve início em 1998 após a união de mais de 100 produtores rurais que decidiram montar uma associação. Os equipamentos foram trazidos de uma antiga usina em Minas Gerais e instalados próximo da rodovia Assis Chateaubriand (SP 425) entre os municípios de Penápolis e Braúna.

Conquistas
O grupo de sócios da Usina Aliança é liderado por Egreja, que possui mais de 30 anos de experiência no ramo. Por muitos anos, ele esteve à frente da Usina Diana, em Avanhandava, e agora possui a Usina Atena, em Martinópolis, que está em 11ª safra consecutiva. “A Usina Aliança deve ser uma conquista de Penápolis. Além de gerar empregos, temos que gerar renda para nosso município, esta será uma de nossas grandes conquistas”, afirmou.
Na oportunidade, ele ainda destacou a importância dos colaboradores e o quanto eles têm sido fundamentais neste processo. “Quero destacar cada trabalhador pela dedicação que cada um está tendo e, principalmente, pela paciência. Sabemos que não está sendo um período fácil, onde cada colaborador abriu mão de alguma coisa para acreditar neste projeto junto conosco. Todos têm o meu respeito e a certeza de que irão crescer junto com esta usina, participando de cada conquista”, ressaltou. 
Por se tratar de um período eleitoral, Egreja não deixou de citar a importância que a política tem na vida de cada um. “Não estou aqui para indicar qualquer candidato. A escolha é livre, mas peço para que cada um vá à urna, exerça seu papel de cidadão e escolham candidatos que estejam comprometidos com o desenvolvimento. Uma cidade só cresce, quando há o compromisso do poder público e é isso que eu espero para nossa cidade”, finalizou.

(Rafael Machi)