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CIDADE & REGIÃO

22/03/2019

Tribunal do Júri: Aposentado é condenado por mandar matar motorista

Imagem/Arquivo DIÁRIO
Detalhes Notícia
Corpo da vítima foi encontrado em uma estrada próxima ao aeroporto e Júri condenou o réu por Sr o mandante do crime

DA REPORTAGEM

O Tribunal do Júri de Penápolis condenou na última quarta-feira o aposentado Devanir Ricieri Nardo, de 81 anos, acusado de ser o mandante do assassinato do motorista Maurício Marques da Silva, em 2015, quando ele foi encontrado morto na porteira de uma fazenda no bairro rural do Urutágua, próximo ao aeroporto da cidade. Nardo foi condenado à pena de 16 anos de reclusão em regime fechado. O réu respondia ao processo em liberdade, condição que ele poderá ser mantido caso recorra da decisão, já que ainda cabe recurso.
Os trabalhos iniciaram por volta das 09h30 e terminaram somente às 18h00, sendo presidido pelo juiz da 1ª Vara do Fórum de Penápolis, Marcelo Yukio Misaka. O Júri teve ainda a participação do promotor Pedro Vinicius Meneguetti Martins e do assistente de acusação Luiz Gustavo Ferreira Fornazari. Os advogados de defesa do réu foram Jose Roberto de Mattos e Beatriz Fernanda Medeiros.
Segundo consta na sentença proferida pelo juiz, os jurados também levaram em consideração o fato de o réu utilizar recursos que dificultaram a defesa da vítima, o que agrava sua pena. O juiz considerou que Nardo respondia ao processo em liberdade e que não evidenciou qualquer circunstância que indique a necessidade de sua prisão preventiva, motivo pela qual ele autorizou que o réu recorra em do processo em liberdade.

Morte
O motorista foi encontrado morto com um tiro, na manhã de 26 de agosto de 2015, em uma estrada rural próxima ao aeroporto Dr. Ramalho Franco, em Penápolis. Silva teria sido atingido por um único disparo, que o acertou no braço e peito. 
Segundo apurado na época do crime, uma testemunha teria visto o corpo próximo à porteira de uma fazenda e acionado a Polícia Militar, por volta das 06h30. Ao chegar, os policiais constataram que o corpo já apresentava estado avançado de rigidez. No local ainda foi encontrado um projétil de espingarda calibre 44.

Investigação
O caso foi conduzido pelo delegado Heweraldo Weber Gonçalves, que concluiu o inquérito quase dois anos após o crime.
Segundo ele, houveram muitas dificuldades para a conclusão do inquérito, já que não há qualquer testemunha sobre o fato. “Entretanto, existiram diversos fatores que nos levaram a crer no envolvimento do aposentado. O caso foi levado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia à Justiça local, que o acatou e decretou sua prisão preventiva após a conclusão de nosso inquérito”, revelou. Meses depois os advogados do réu conseguiram o habeas corpus para que Nardo respondesse ao processo em liberdade.
Após a investigação, verificou-se que o aposentado havia tido algumas desavenças com a vítima meses antes do crime. Os primeiros problemas teriam sido criados por conta do arrendamento feito pelo aposentado de um sítio para criação de gado. 
Meses depois, o aposentado teria tido parte de seu gado furtado, apresentando Silva como suspeito. “Coincidentemente, no mesmo dia em que a vítima foi encontrada morta, o aposentado veio à delegacia retirar queixa do furto, demonstrando desinteresse pelo trabalho de investigação”, acrescentou o delegado após a investigação.
Ele revelou também que Silva teria falado no fim da tarde do dia do crime com sua mãe através de seu celular. Ambos teriam conversado normalmente, sendo ela a última pessoa com que ele falou antes do fato. Quando o corpo de Silva foi encontrado, na manhã seguinte, foi observado que sobre seu peito estava seu celular aberto. Para a polícia, isto pode ser um indício de que Silva ainda teria tentado ligar para alguém antes de morrer.
O delegado Heweraldo Gonçalves revelou também na época que a investigação apontou diversos indícios que os levam ao aposentado. O primeiro deles seria o fato de uma testemunha ter visto, no dia e horário aproximado do crime, o acusado junto com outra pessoa, passando com sua caminhonete em direção ao sítio onde ocorreu o assassinato. 
Além disso, a polícia descobriu a câmera de segurança de um sítio próximo que captou imagens de uma caminhonete branca passando pela região pouco antes do crime. O aposentado também já foi preso por porte irregular de arma de fogo. Na época, ele possuía algumas em seu poder que, apesar do registro, estavam com sua autorização de porte vencida, sendo apreendidas, mas nenhuma delas do mesmo calibre do cartucho que foi encontrado próximo ao corpo. Entretanto, informações da Polícia Federal davam conta de que Nardo já teve uma espingarda Winchester calibre 44, mesmo calibre do cartucho encontrado, registrada em seu nome. 
Quando questionado sobre a arma alegou que há muito tempo não a possuía e que havia deixado em um sítio quando estava em outro estado, versão mantida por ele durante o Júri.

(Rafael Machi)

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