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CIDADE & REGIÃO

14/01/2018

Segurança: Penápolis tem, pelo 2º ano, seu menor índice criminal

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

O município de Penápolis voltou a registrar, em 2017, os menores índices criminais que a cidade já teve desde 2001, quando os índices começaram a ser divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Em 2016, a cidade já havia alcançado os menores registros, sendo que no ano seguinte os números foram ainda melhores. A SSP ainda não divulgou os registros em relação ao mês de dezembro, entretanto, a reportagem do DIÁRIO DE PENÁPOLIS obteve os referentes ao mês passado, sendo possível constatar a diminuição.
Em 2017, foram registrados 29 roubos, enquanto que em 2016, este número foi 47, o que significa redução de 39%. A diminuição foi ainda mais significante quando comparado com 2010, por exemplo, ano em que houve o maior registro de ocorrências, foram 148. Neste caso, a redução foi de 81%. Já em relação aos casos de furtos ocorridos em Penápolis, também houve significativa redução. Em 2017, foram 541 casos, 17% menos do que no ano anterior, com 651. Quando comparada com 2001, ano com maior registro de furtos, a diminuição foi de 66%.
Os furtos e roubos de veículos também tiveram importante redução. Em 2016 foram 40 registros, enquanto que no ano seguinte caiu para 28; redução de 30%. 2009 foi o ano com maior registro de roubos e furtos de veículos em Penápolis, com 113 casos. Assim, a redução foi de 76%.
O número de homicídios dolosos em Penápolis também caiu. Foram quatro casos em 2016 contra apenas um no ano passado. A cidade já chegou a registrar 10 casos em 2005.  Para o comandante da 2ª Companhia da Polícia Militar de Penápolis, o 1º Tenente Flávio Zambrosi, o principal fator para esta diminuição na criminalidade está relacionado ao desempenho dos policiais militares que atuam na cidade. “O empenho de cada um deles, é fundamental para alcançarmos estes números e transmitir a sensação de segurança para a população. Isto é percebido no dia-a-dia quando os policiais deixam suas famílias para cuidar da população. Mesmo com determinadas dificuldades, cada um trabalha com dedicação e é isso que tem contribuído para a melhoria no aspecto da segurança”, afirmou o tenente. 
A atividade Dejem – uma espécie de horas extra do policial militar – também tem foco na criminalidade, direcionando o trabalho dos PMs ao período de maior criminalidade. Este empenho tem contribuído para o aumento nos casos de tráfico de drogas em Penápolis nos últimos anos. Em 2015 foram 116 registros, enquanto que no ano passado foram 255. Para ele, o combate ao tráfico também contribuiu para a queda nos demais crimes. “Sabemos que o tráfico é a porta de entrada para outros delitos, por isso a importância de seu combate, o que resultou no aumento nos flagrantes de tráfico, mas, consequentemente, na redução de outros crimes”, disse.
Para ele, outros fatores como altas taxas de impunidade e o exagero na desigualdade econômica e social, também contribuem para a criminalidade. “Entretanto, estes são fatores que não podem ser combatidos pela PM. Nós direcionamos a repressão e o combate a todos os delitos, mas é preciso haver união para que outros fatores também contribuam para esta redução”, destacou.
Dentro desta união, o tenente ressaltou o trabalho harmônico das Polícias Civil e Militar juntamente com o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Aumento populacional
A redução da criminalidade em Penápolis, vai na contramão do crescimento populacional registrado na última década. No início dos anos 2000, a população era de pouco mais de 54 mil habitantes, chegando a 62 mil nos últimos anos, segundo o IBGE. “Devemos levar em consideração que além do aumento populacional, a Polícia Militar sofreu queda no número de homens trabalhando. Isso mostra e ressalta que, mesmo com fatores adversos, a dedicação de cada policial na ativa hoje tem feito a diferença na redução à criminalidade”, ressaltou o tenente.
Ele lembrou também que o poder público também tem o dever de contribuir para a questão da segurança. “A cidade tem crescido, e, mais do que oferecer casas, é importante que o poder público se empenhe em oferecer educação, empregos, cultura, saúde, entre outros, para a população, garantindo assistência e diminuindo a desigualdade que é tão explícita”, lembrou Zambrosi.
A participação popular também é importante para a segurança. A denúncia de um delito é fundamental para que a polícia possa chegar ao autor. “A Polícia Militar garante o anonimato do denunciante. Quando a população está próxima da polícia, este sincronismo facilita as ações de repressão e garante mais eficiência no combate ao crime”, disse. Além disso, a prevenção feita pela própria população também precisa fazer sua parte na prevenção de crimes. Andar atento ao que acontece ao seu redor, evitar a exposição de produtos de valor e não andar sozinho em determinadas horas e em lugares ermos também contribuem na prevenção de roubos e furtos. “Não somente isso, mas ter um equipamento de segurança na residência, como cerca elétrica, câmeras de monitoramento e até mesmo manter a casa sempre bem fechada, também são ações que podem prevenir surpresas desagradáveis”, acrescentou.
O mesmo vale para veículos. Manter o carro sempre trancado quando está na rua e um sistema de alarme também dificulta a ação de bandidos. A PM ressalta que, quando a pessoa estiver em sua casa, dê preferência em manter carros e motos dentro das garagens, não importando à hora do dia ou da noite, dificultando o acesso de bandidos aos veículos, principalmente às motocicletas, que se tornam mais vulneráveis.
“Temos trabalhado muito para a segurança da população, mas não basta somente isso. Com o apoio de todos, com simples ações, podemos deixar nossa cidade mais segura”, finalizou o comandante.

(Rafael Machi)

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