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CIDADE & REGIÃO

17/10/2009

Santa Casa: Diretoria pede ajuda ao MP para cobrar recursos

Detalhes Notícia

A diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis quer que as cidades que compõem a comarca ajudem financeiramente na manutenção do hospital, já que a unidade atende diariamente pacientes de toda a região.
Na tarde da última quinta-feira, 15, o supervisor do Conselho Diretor do hospital, Antonio Crosatti e o diretor administrador Roberto Bastos, estiveram reunidos com o 2º Promotor de Justiça com atribuição na saúde pública Fernando César Burghetti e representantes das cidades da comarca e do CISA (Consórcio Intermunicipal de Saúde) no Fórum para discutir o assunto. Atualmente a Santa Casa recebe apoio do programa Pró-Santa Casa, podendo perder este recurso ano que vem, caso não seja firmado um acordo com os municípios. Durante o encontro, Crosatti informou que os recursos que a Santa Casa recebe são poucos, tendo um déficit de R$ 300 mil mensais. “O SUS paga muito pouco, não cobrindo todas as despesas, fazendo com que a Santa Casa tenha uma dívida enorme”, admite. A dificuldade financeira faz parte do histórico do hospital. Segundo ele, o governo estadual envia um recurso mensal ao hospital de R$ 94,5 mil e os municípios deveriam entrar com uma contrapartida para completar os R$ 135 mil, cumprindo assim a deliberação publicada no Diário Oficial em 23 de setembro de 2009 onde o estado custeia 70% do valor a ser concedido aos hospitais, sendo que o restante caberá às secretarias municipais de saúde da região, segundo acordo firmado entre estas secretarias. Os outros 30% devem ser repassados pelos municípios, cuja população recebe atendimento do hospital.  Desta porcentagem, Roberto ressaltou que Penápolis fica com a maior parte da contribuição, repassando mensalmente R$ 100 mil, mais R$ 42,5 mil para pagar os médicos plantonistas. “Achamos que seria no mínimo justo que estas cidades contribuíssem financeiramente para a manutenção da entidade, pois quando precisam de atendimento recorrem ao hospital”, enfatiza Roberto. Pacientes de outras cidades da microrregião como Braúna, Alto Alegre, Avanhandava, Barbosa, Glicério e Luiziânia precisam viajar para Penápolis para serem atendidos na Santa Casa, tendo por ano a média de quase 1600 internações.

Apoio
O valor de contribuição foi estipulado em R$ 25 mil mensais que deve ser dividido entre os municípios. O pedido já foi feito em reuniões anteriores com os prefeitos, que não deram nenhum resultado. No encontro, os representantes das cidades de Braúna, Alto Alegre e Luiziânia firmaram o compromisso de estar repassando o valor estipulado ao hospital. Já Glicério, por meio de um representante informou que o município está com dificuldades financeiras, mas que analisará a possibilidade de contribuir no futuro; já Avanhandava enviou um ofício ao CISA informando que não irá contribuir com o hospital, pelo menos por enquanto. Barbosa não teve representante na reunião. O SUS (Sistema Único de Saúde), repassa R$ 205,30 por cada paciente. Mas o valor médio gasto é de R$ 368,50, uma diferença de R$ 163,20 que são pagos pelo hospital. “Ano passado foram mais de R$ 2 milhões gastos pela Santa Casa com os pacientes em virtude dos repasses mínimos que recebemos”, admite Roberto. Em virtude desta situação, Crosatti informou aos presentes que alguns médicos, em especial pediatras e cirurgiões que prestam serviços ao hospital, enviaram uma carta pedindo reajuste salarial à categoria. “Já estamos tendo dificuldades em ter médicos nestas áreas no final de semana por causa deste problema que a entidade está passando”, revela. Ele ainda cita que estes médicos garantiram que caso não se tenha este reajuste, os mesmos estarão parando suas atividades. Diante desta situação, Roberto Bastos acrescentou que algumas medidas serão tomadas como reduzir o atendimento via SUS de 110 para 81 leitos; controle maior com atendimento prestado para cada município e recorrer judicialmente para que os municípios que não confirmaram ajuda financeiramente ao hospital para estarem recebendo. “Não queremos que a Santa Casa feche as portas para toda a população, pois mesmo com as dificuldades financeiras que estamos enfrentando queremos proporcionar sempre um bom atendimento em benefício da saúde de todos”, finalizou Roberto. (IA)

Foto: O supervisor do Conselho Diretor do hospital, Antonio Crosatti ao lado do promotor Fernando César Burghetti (esquerda) explica a situação que se encontra o hospital

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