Saúde esclarece quebra de ambulância na volta de Barretos

A Prefeitura de Penápolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vem a público lamentar e repercutir o falecimento da munícipe Antonia Neuza Sacomani Panobianco, ocorrido no dia 24 de março.
Conforme divulgado na imprensa, o óbito ocorreu na madrugada seguinte ao dia em que houve a quebra da ambulância que transportava a paciente da cidade de Barretos a Penápolis. Entretanto a Secretaria de Saúde contesta as suposições de que o tempo de espera por uma nova condução tenha sido o fator determinante de seu falecimento, tendo em vista o prognóstico crítico de saúde da mesma, registrado em prontuários médicos.
Segundo relatório apresentado pelo Serviço Municipal de Ambulância, no dia 23, por volta das 14h30, já na estrada, ocorreram problemas mecânicos na ambulância que transportava as pacientes Edna Monteiro Ramos e Antonia Neuza Sacomani Panobianco, ambas com seus respectivos acompanhantes. Aproximadamente 20 minutos após a quebra chegou ao local a viatura de Socorro do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), que efetuou a condução de todos até o posto de combustíveis Brasília, em São José do Rio Preto.
Ainda segundo o relatório, no local foi constatado que a ambulância não teria conserto imediato; foi então que o motorista manteve contato com a Secretaria de Saúde para solicitar o envio de uma nova ambulância, tendo em vista que uma das pacientes, a srª. Edna, era acamada. Desta forma não seria possível o transporte em carro comum. No momento do contato, porém, não havia nenhuma ambulância no pátio à disposição, já que todas estavam em viagem atendendo a população.
Para solucionar o caso a Serviço Municipal de Ambulância determinou então a um motorista que estava em Araçatuba, que retornasse o mais rápido possível para atender essa necessidade. Assim foi feito. Enquanto isso um guincho foi providenciado para conduzir o veículo a uma oficina em Rio Preto.
Neste período de tempo a chefia do serviço determinou ao motorista em questão, que na ocorrência de qualquer anormalidade com as pacientes que aguardavam o socorro, que as mesmas fossem levadas a um atendimento médico mais próximo. Tendo ele percebido que a paciente Antonia Neuza não estava bem, ofereceu à mesma, por várias vezes, a opção de reconduzi-la ao hospital para atendimento, porém ela recusou em todas as tentativas. Também consta no relatório do Serviço a informação de que a acompanhante de Antonia Neuza estava ciente das negativas.
Por fim, o tempo geral de espera pela chegada de uma nova ambulância se deu em razão da distância percorrida, sendo mais de 100 quilômetros.

Entrada no PS
Na madrugada seguinte, por volta das 02h, a família da paciente Antonia Neuza a conduziu ao Pronto Socorro Municipal, já que a mesma queixava-se de falta de ar.
De acordo com a enfermeira chefe do Pronto Socorro, Arlete Nazaré de Oliveira Souza, a paciente deu entrada com edema, má perfusão e cianose, característicos de metástase generalizada em pessoas em tratamento de câncer no estágio em que a mesma se encontrava. Ainda segundo a enfermeira, apenas um perito altamente especializado teria condições de afirmar ou não se a espera pela ambulância no dia anterior seria a causa do óbito, ou se teria contribuído para o mesmo.
O secretário municipal de Saúde, Antonio Sidney Marques, lamentou profundamente a perda da paciente e se solidariza para com a família. Ele afirmou que os funcionários envolvidos na situação se esforçaram ao máximo para contornar o ocorrido da melhor forma possível. “Foi algo imprevisível, já que o veículo em questão tinha passado por recente revisão e se encontrava apto a realizar viagens, mas existem coisas que não podemos prever. Tentamos ao máximo suprir as necessidades dos nossos usuários”, declarou.
Ele lembrou ainda que o Município tem inclusive um programa de renovação da frota  que prevê brevemente a aquisição de novas ambulâncias. Sidney salientou também que a demanda é muito grande, e o desgaste dos veículos acaba ocorrendo, naturalmente.

Secom – PMP