Precaução: Calendário vacinal deve ser seguido

O cuidado com a vacinação deve ser uma preocupação constante da população e não apenas quando ocorrem surtos, como o envolvendo a febre amarela. O alerta é do chefe da Vigilância Epidemiológica de Penápolis, Wilson Roberto de Souza.
Segundo ele, o surgimento dos casos de febre amarela em Goiás levou milhares de pessoas, incluindo de Penápolis, a correrem até os postos na tentativa de se protegerem através da vacinação. O procedimento fez esgotar rapidamente o estoque do material na cidade. Mas, para Wilson, outras vacinas, como a antitetânica, por exemplo, que coloca em risco a pessoa a qualquer momento ou lugar, independente de um surto, não recebe a atenção que deveria merecer. “Independente do problema da febre amarela, ninguém deve esperar se machucar para procurar o posto para se vacinar contra tétano”, afirmou Wilson. Sem estar vacinado, caso a pessoa se fira com um material que tenha potencial para transmitir o tétano, ela terá sérios problemas de saúde. “Ao contrário da febre amarela, cujo foco está restrito em algumas regiões do país, o tétano pode existir em qualquer local. Isto significa que qualquer pessoa corre o risco de contrair tétano, independente do local onde ela esteja. O problema existe, mas a preocupação está fixada neste momento na febre amarela”, observou o chefe.
Pelo fato das vacinas terem um efeito prolongado, geralmente em torno de dez anos, muitos se descuidam e não tomam as doses na época certa. A maioria da população, inclusive, nem têm a carteira para o acompanhamento vacinal. “As pessoas adultas devem tomar com regularidade, até o final da vida, os vários tipos de vacinas”, destacou o chefe da repartição.
Para colocar em dia a vacinação, ele sugere as pessoas que perderam a carteira, a procurar o local onde foi imunizado pela última vez. “Na repartição será possível ao funcionário, ao checar o registro, saber com exatidão a época e qual vacina a pessoa recebeu”, explicou. O morador que não tem o documento e não tomou as últimas doses em Penápolis, deve procurar qualquer uma das Macros de Saúde da cidade e iniciar o procedimento novamente.

Fase adulta
Segundo Wilson, o acompanhamento ocorre com maior rigidez até os 15 anos, mas, após esta idade, com a pessoa já adulta, ocorre o relaxamento. “Por este motivo que estamos atualmente em falta de vacinas contra a febre amarela. As pessoas esquecem do procedimento rotineiro, mas vêm todas ao mesmo tempo quando ocorre um surto”, destacou.

Vacinas combinadas

Primeiro ano de vida é sinônimo de um "batalhão" de vacinas que protegem as crianças de uma infinidade de doenças durante a vida. O incômodo de receber a vacina é que a maioria delas é realizada através de injeção. A injeção dói um pouco na criança e aumenta a ansiedade dos pais que não gostam de ver seus filhos chorarem. Infelizmente não tem como fugir. Para diminuir a choradeira das crianças e aumentar a comodidade dos pais, foram introduzidas as vacinas combinadas. São as vacinas que em uma única dose, isto quer dizer, uma única picada, protege a criança de várias doenças. No primeiro ano de vida, duas vacinas combinadas são encontradas: a hexavalente e a pentavalente. A primeira oferece proteção contra a Difteria, Tétano, Coqueluche, Hemófilos, Poliomielite e Hepatite B. Seu uso está no segundo e sexto mês de vida. Já a Pentavalente oferece proteção contra a Difteria, Tétano, Coqueluche, Hemófilos e Poliomielite. Seu uso está indicado no 4º, 6º e 15º mês de vida.

Foto: “Ninguém deve esperar se machucar para procurar o posto para se vacinar contra tétano”, aconselha Wilson