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CIDADE & REGIÃO

03/08/2016

Polícia Civil reconstitui homicídio de industriário a tiros

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
A simulação durou duas horas e foram reproduzidas cinco versões sobre o crime

DA REPORTAGEM

A Polícia Civil de Penápolis realizou na manhã desta terça-feira (02) a reconstituição do homicídio ocorrido contra o industriário Jucelino da Silva – conhecido como “Zóio”, de 35 anos, na madrugada do dia 29 de maio no bairro Jardim Morada do Sol. Após uma discussão em um bar, a vítima foi alvejada por 11 disparos. Duas pessoas estão presas acusadas do crime.
Os trabalhos de reconstituição iniciaram por volta das 09h40 e duraram duas horas no local. Um forte aparato policial foi montado. Policiais militares fecharam o trânsito na rua Manoel Arroio Valério e toda a movimentação chamou a atenção de dezenas de curiosos. Diversos policiais civis estiveram envolvidos nos trabalhos, além peritos e fotógrafos da Polícia Científica.
Os dois acusados, que estão presos, também estavam presentes ao local, sendo um deles um motorista de 37 anos que é o acusado de brigar com a vítima. O outro acusado preso é seu irmão, que não teve sua identidade revelada. Ele é suspeito de participação na execução de Silva.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Jovair Marcos Gruppo, foram reconstituídas cinco versões para o crime, sendo duas dos acusados; uma apresentada pelo filho do motorista, um jovem de 19 anos que estava no local e que foi atingido por um dos disparos durante a briga; uma versão respectiva ao irmão da vítima, que também estava no local; e a versão de uma testemunha que teria visto toda a movimentação. “Todos os envolvidos já haviam sido ouvidos anteriormente durante a investigação e mantiveram suas versões relacionadas ao crime. Todas as versões têm ligações, entretanto, ainda há algumas controversas que precisam ser analisadas para que possamos concluir o inquérito”, explicou o delegado. A reconstituição terminou por volta das 11h40, oportunidade em que todos foram dispensados e o trânsito na rua liberado. Algumas pessoas que estavam no local acompanhando os trabalhos começaram a gritar contra os acusados quando entravam na viatura policial, chamando-os de assassinos, entretanto, a movimentação foi rapidamente controlada pelos policiais no local.

O crime
Na noite do crime, Silva e o motorista estavam no bar onde ocorreram os fatos. A discussão teria se iniciado depois que ambos se dirigiram ao banheiro do estabelecimento, mas um dos envolvidos entrou primeiro, fazendo com que o outro se irritasse com a situação. O delegado revelou que, segundo a versão da testemunha, houve uma discussão após isso, mas que logo o motorista saiu do local, permanecendo Silva e seu irmão. Entretanto, momentos depois, o motorista retornou em posse de uma arma e novamente quis brigar com Silva. “Neste momento o acusado não teria apontado a arma para a vítima, mas a manteve em suas mãos até que seu filho chegou ao bar e pediu para que o pai largasse a arma e fosse embora com ele, o que foi feito pelo acusado”, disse o delegado.
Neste tempo, Silva também saiu do estabelecimento com sua motocicleta e retornou posteriormente. “Quando ele chegou ao bar disse para as pessoas que estavam no local que agora ele estava pronto caso o acusado retornasse ao local”, revelou Jovair baseado na versão de testemunhas.
Para a Polícia, existe a possibilidade de que Silva tenha ido buscar uma arma para se defender caso o motorista retornasse. Logo que Silva parou defronte ao bar, um veículo se aproximou e parou em frente ao estabelecimento. Dele saíram o acusado, seu irmão e seu filho. O acusado foi em direção à vítima e ambos teriam entrado em luta corporal. Segundo apontou a investigação da polícia, neste momento começaram a ocorrer disparos de arma de fogo, tendo um dos tiros acertado o filho do acusado. Um dos tiros acertou também Silva, que caiu no chão. “Neste momento existem algumas contradições nas versões dos envolvidos”, ressaltou o delegado.
Segundo a versão de testemunhas, logo que Silva caiu ao solo, o motorista e seu irmão, armados, passaram a efetuar os diversos disparos contra Silva, um deles ainda teria, com o pé, mexido na cabeça da vítima para se certificar de que estava morta. Já aversão dos acusados aponta que somente o motorista efetuou os disparos, alegando ainda que Silva estava armado. “Depois disso, eles contam que colocaram o jovem, que havia sido atingido acidentalmente, no carro e o levaram ao hospital para receber atendimento médico, disse Gruppo.

Conclusão
De acordo com o delegado, nenhuma das armas usadas no crime foi apreendida pela polícia. O motorista acusado do crime se apresentou, dias depois, na delegacia e prestou sua versão sobre os fatos. Com a versão apresentada por testemunhas, ele e seu irmão tiveram suas prisões temporárias decretadas e foram levados para a Cadeia Pública da cidade.
Já a prisão preventiva dos acusados também já foi pedida pelo delegado, que ainda aguarda decisão de Justiça. O inquérito será concluído e encaminhado à Justiça.

(Rafael Machi)

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