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CIDADE & REGIÃO
31/10/2019
Penapolense consultor da ONU ministrou palestra em Campus da Funepe
DA REDAÇÃO
Na segunda-feira (28) o penapolense Richard Torsiano, convidado do Centro de Ciências Exatas, Tecnologia e Negócios (CCTN), da Funepe, ministrou uma palestra no Núcleo Acadêmico e Cultural, o antigo Cine Lúmine. Richard é Consultor das Nações Unidas e do Banco Mundial, além de acumular um vasto currículo que permite atuação constante em diversos órgãos governamentais e é considerado autoridade quando o assunto é ordenamento territorial e governanças de terras.
No auditório, Richard apresentou sua experiência para alunos do curso de Agronomia da faculdade, professores e outros cidadãos que estavam presentes e atentos ouviam histórias de sua atuação profissional. Ele reforçou durante sua apresentação a importância de conhecermos nossos territórios e o Brasil profundo, que é diferente daquele que conhecemos em nosso dia-a-dia. “Somos privilegiados em Penápolis, uma cidade que cresceu com bairros planejados, completamente diferente da maioria dos municípios do país”, disse o consultor e professor. Ele ainda afirmou que “resolver a questão fundiária significa conhecer o Brasil e quem vive nele”.
Richard Torsiano vestia por baixo do blazer uma camisa do Rally dos Sertões, que agora se chama apenas Sertões. A referência não foi atoa, já que por sua caminhada pelo interior do sertão nordestino, Richard encontrou uma ilha de prosperidade entre um mar de pobreza, termo que ele mesmo usou. Para chamar ainda mais a atenção sobre a questão regularização de terra no país e de como isto pode desenvolver regiões pobres, o consultor conseguiu convencer os organizadores do maior rali das Américas a passar por regiões como Bom Jesus do Piauí. Essa influência foi tão positiva que os organizadores entraram em contato com a produção do Caldeirão do Huck que gravou programa junto com Whindersson Nunes, no local.
Torsiano reforçou ainda que deveria existir um esforço maior para manter o homem no campo, fortalecendo a agricultura familiar através de organização de terras, em vez de apenas aumentar o processo de urbanização. Isso se torna ainda mais relevante quando “70% dos alimentos são oriundos da agricultura família”, disse Richard.
O professor de mestrado penapolense, citou também reuniões com ministros e desembargadores, algo comum em seu dia-a-dia, além de relatar horas de tensão que já passou ao tentar discutir disputas de terra entre pequenos e grandes produtores, índios e habitantes de quilombolas. “Certa vez fui cercado, junto com alguns agentes da força Nacional e da Polícia Federal Rodoviária, dentro de uma sala de vidro. Muitos homens chegaram em vários ônibus, e começaram a bater pelo lado de fora em uma sala de vidro em que estávamos”, apesar da grande ameaça, ninguém saiu ferido.
No final da palestra, um aluno perguntou a ele sobre o que ele acha em relação às manchas de óleo que apareceram nas encostas do litoral Nordestino. Richard fez questão de dizer que não gosta de achismos, que é difícil ainda dizer as causas e culpar os responsáveis pelo derramamento, mas afirmou que o governo deveria ter respondido de forma mais ágil na tentativa de conter os prejuízos causados pelas manchas e politizar menos a questão. Richard ainda mostrou aos alunos grandes oportunidade de emprego que eles têm no Brasil, como a de atuar em empresas que fazem georreferenciamento e demandam bons profissionais, criando expectativa nos universitários que concluirão o curso nos próximos anos e demandar pelo mercado de trabalho.
por Filipe Pinheiro
filipe@diariodepenapolis.com.br
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