Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

15/05/2008

Mobilização: Fórum discute abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

Tânia Pinheiro

Aconteceu, terça-feira, no auditório do Sindicato Rural, o Fórum de Mobilização de Combate ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, promovido pelo Comdica- Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, presidido pela Policial  Maria Ester Mioto com apoio da Prefeitura Municipal. Este foi um dos eventos programados para esta semana para assinalar a data 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. O encontro reuniu membros do Conselho Tutelar, educadores, assistentes sociais, estudantes, e outros segmentos da sociedade.
Os profissionais convidados para abordar os diferentes aspectos que envolvem o tema foram:  Fátima Peres, pediatra e presidente do Amor Exigente;  Luciana psicóloga, Maria Salete Cavestré Tondato, Delegada de Policia de Defesa da Mulher e Adelmo Pinho, Promotor de Justiça. Após a fala de cada um, o publico presente participou fazendo perguntas aos palestrantes e emitindo suas opiniões.

Recuperar a Família
Abrindo as reflexões da noite, a Dra. Fátima Peres, explicou que durante os encontros semanais do Amor Exigente, instituição que preside, e que realiza um trabalho de apoio as famílias com dificuldades  comportamentais com os filhos, disse que explica às mães e pais que a família precisa manter um elo de afetividade, disciplina e responsabilidade, “quem não criar uma criança, não saberá educar um adolescente, os pais são guias, orientadores e legisladores, com papéis bem definidos, a família está perdendo cada vez mais o diálogo, é preciso resgatar os valores familiares, pois a desestrutura familiar se reflete nos filhos” disse ela, e ainda sugeriu, “precisamos de políticas públicas de recuperação da família em que o Estado tenha atitudes firmes de fortalecimento da família”.

Comportamento
A psicóloga Viviana, da Unidade de Saúde Mental (Unisan) que faz a orientação às vitimas que sofreram abuso sexual e acompanha as famílias que enfrentaram o grave problema,a disse que as crianças especialmente, começam a apresentar sinais de que foram vitimas de abuso através de seu comportamento, com crises de depressão, choro, relacionamento problemático na escola, etc. “O trabalho psicoterápico nestes casos deve ser muito bem feito para que haja resultados favoráveis e que se consiga oferecer um tratamento para que os traumas sejam amenizados, a sexualidade volte a ser algo saudável, e a criança ou adolescente volte a sorrir” explicou.

Casos em Penápolis
A Delegacia de Defesa da Mulher de Penápolis registrou no período de 1 de janeiro de 2007 a 30 de abril de 2008, um total de 110 ocorrências de violência contra crianças e adolescentes assim distribuídas: lesão corporal: 40; maus tratos: 8; ameaça: 20; crimes sexuais: 10, ato infracional: 27; homicídio: 1, constrangimento a criança:1; corrupção a menores: 1; venda de bebida alcoólica a menor: 1;   importunação ofensiva ao pudor: 1; e ainda, tentativa de suicídio: 5 e desaparecimento de pessoa:11. A delegada Maria Salete Tondato, disse que no ano passado aconteceu em Penápolis um caso de espancamento de uma criança  de 5 anos que veio a óbito pela gravidade da violência que sofreu. O processo está  em andamento, e a pessoa que cometeu o crime é próxima à família da criança e já foi indiciada, explicou. Dra. Salete disse que os casos de violência doméstica precisam de um comprometimento de toda a sociedade que suspeitam de que uma criança está sofrendo algum tipo de violência cometida pelos pais ou qualquer pessoa, vizinhos e professores às vezes, são os mais próximos e podem observar melhor o que está acontecendo com as crianças  “É preciso denunciar e defender as crianças que não tem muitas vezes como  se livrar de seu sofrimento e sugeriu que se crie um sistema de ministério público com a participação conjunta das organizações policiais, judiciais e Conselho Tutelar. As denuncias podem ser feitas anonimamente através do fone 110.

Promotoria da Infância e Juventude
O Promotor de Justiça Dr. Adelmo Pinho, preferiu abordar o tema com menos formalidade para os  padrões judiciários, explicando que há uma legislação complexa que trata dos crimes contra crianças e adolescentes e sugeriu que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) passe a ser mais divulgado e conhecido pela sociedade para que os menores sejam respeitados e protegidos.   

Alerta
O abuso sexual ocorre quando um adulto usa uma criança para satisfazer seus próprios desejos sexuais. Há três linhas de defesa da criança: os pais, a família deve oferecer educação sexual, e medidas básicas de proteção que incluem atitudes simples de ensinar o filho sobre o que ele deve fazer quando você não está por perto dele, como se ele se perder num supermercado, se for convidado a entrar num carro, se lhe oferecerem algum alimento ou dinheiro, etc.. Nem sempre as pessoas consideradas confiáveis que têm um relacionamento próximo com as crianças  devem ser isentas de suspeitas de cometer abusos sexuais, alertam os profissionais que acompanham as vitimas deste terrivel crime.

Foto: Ester Mioto (presidente do Comdica) e Rosângela Vechia, organizadoras do Fórum

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade