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CIDADE & REGIÃO

15/04/2016

Justiça condena acusado de sequestrar crianças de olaria

ImagemArquivo DIÁRIO
Detalhes Notícia
Populares tentaram agredir o acusado quando já estava dentro da viatura, mas foram impedidos por policiais militares

DA REPORTAGEM

A Justiça de Penápolis condenou Mateus Nelson José a 17 anos e quatro meses de prisão acusado de sequestrar quatro crianças em uma olaria no bairro rural do Lajeado, em Penápolis, em setembro de 2014. O sequestro durou quase 48 horas e o acusado manteve as crianças, na época com idade entre 8 e 12 anos, no meio do mato. Além da desidratação pela falta de água e comida, as crianças sofreram ainda maus tratos por parte do acusado. O caso ganhou repercussão nacional e chamou a atenção das pessoas. A sentença foi preferida pelo juiz da 4ª Vara de Penápolis, Heber Gualberto Mendonça, no fim de março deste ano, mas somente foi divulgado esta semana pela Justiça à imprensa. O juiz citou em sua sentença os maus tratos sofridos pelas crianças durante o período em que estiveram em poder do acusado. Ele relatou que ficou constatada a agressão física em algumas delas. O juiz também levou em consideração o laudo que apontou que uma das meninas teria sofrido abuso através de conjunção carnal ou a manipulação de seu órgão genital. Além do crime estupro de vulnerável, o acuado responde também pelo delito de cárcere privado. A sentença ressalta ainda que o acusado não poderá recorrer da decisão em liberdade.

O sequestro
A reportagem do DIÁRIO DE PENÁPOLIS acompanhou o caso na época. Segundo informaram os moradores da olaria, o homem havia chegado, dias antes do fato, pedindo comida e como não tinha para onde ir pediu para a família lhe ceder um cômodo, e em troca trabalharia na olaria. Na época, as crianças teriam revelado para a polícia que na tarde de sexta-feira (05 de setembro de 2014) elas estavam na olaria quando teriam sido chamadas pelo acusado para irem até a beira do rio Lajeado (que fica nas proximidades), onde ele daria um presente para elas. Elas teriam aceitado o convite, pois o acusado levava com ele uma caixa de bombons. Uma vizinha teria visto o momento em que as crianças saíram com o acusado, sendo a última vez que foram vistas até então. Como não retornaram, os pais das crianças acionaram a Polícia Militar, que na manhã seguinte passou a realizar buscas na região. Os trabalhos foram realizados pelas Polícias Militar, Civil e Ambiental, contando ainda com o apoio do helicóptero Águia da PM. Moradores da região também se emprenharam nas buscas, e os Conselheiros Tutelares de Penápolis acompanharam o caso, prestando apoio aos familiares.
Na ocasião, foram encontrados, próximo ao ribeirão, papéis de bombons, balas, salgadinhos, um pano e um chinelo, Nas primeiras horas de domingo (14) as buscas recomeçaram, desta vez, além de todo o aparato usado no dia anterior, a polícia teve ainda a ajuda de cães farejadores do Canil da Polícia Militar.  

As crianças
As crianças foram encontradas somente na manhã de domingo, por volta das 11h00. Elas estavam próximas à ponte do Colégio Agrícola, bastante debilitadas e com alto grau de desidratação. Segundo apurado, um dos moradores que ajudava nas buscas passava pelo local quando ouviu gritos das crianças, momento em que as avistou, enquanto o acusado fugiu do local depois de avistar o helicóptero da Polícia Militar. Na época elas relataram que desde a noite de sexta-feira comeram apenas alguns bombons e limão com sal, enquanto caminhavam pelas redondezas, parando um pouco, às vezes, para dormir. Para matar a sede, elas tomavam água do rio.

O acusado
Depois que as crianças foram encontradas, os policiais concentraram os trabalhos nas buscas pelo acusado, que havia fugido por entre a mata. Os trabalhos se concentraram próximo à ponte do Lajeado na rodovia Assis Chateaubriand (SP 425) depois que moradores teriam avistado o suspeito passando pelo local. Um grande cerco foi montado. Mateus Nelson José só foi preso por volta das 15h30 em uma mata próxima ao popular Cemitério dos índios. Ele estava bastante machucado e também apresentava desidratação. Assim que foi preso, moradores da região tentaram agredi-lo dentro da viatura, mas foram impedidos pelos policiais.

(Rafael Machi)

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