História: Trajetória do CAP é registrada por cinegrafista

Unir a paixão que tem pelo esporte, em especial pelo Clube Atlético Penapolense e a profissão de cinegrafista que exerce, está fazendo com que toda a trajetória da equipe seja registrada pelas lentes das câmeras do profissional Robinson Teixeira da Cunha. Pelos seus cálculos já são mais de 100 horas de registros, incluindo a trajetória vitoriosa de 2007, quando sob a presidência de Cláudio Gomes Dias, o “Tiradentes”, o clube conseguiu o acesso da Série B 2, para a Série A 3 do Paulistão. Uma das razões de sua paixão pela equipe está relacionada ao fato dele praticamente ter ‘nascido’ dentro do Estádio Municipal Tenente Carriço, palco dos jogos do CAP.  “Minha família sempre residiu nas proximidades, o que acontece comigo atualmente. Na década de 1970 eu já demonstrava esta paixão e para acompanhar os jogos chegava a pular o muro do estádio ou subia na copa de árvores”, lembrou. Quando começou a atuar profissionalmente na área de filmagens, Robinson decidiu filmar as partidas e o seu trabalho foi reconhecido pelo saudoso ex-presidente Carlitos Peters, que apresentava as imagens para que a comissão técnica pudesse avaliar as atuações da equipe, tanto em Penápolis, como em partidas em outras cidades.  “Eu viajava com a delegação e gravava todos os jogos”, lembra.
Apesar de alguns serviços serem comercializados, Robinson destaca que seu trabalho é encarado como um hooby, pois financeiramente não é compensador. Segundo ele, a maioria das imagens é fornecida de forma gratuita para a diretoria que repassa para a comissão técnica explorar da melhor forma, pois muitas deficiências apresentadas pelo time podem ser estudadas e corrigidas.

Digital
Segundo Robinson o acervo poderia ser ainda maior se as antigas fitas tivessem sido arquivadas desde o início de seu trabalho. Atualmente com a entrada do processo digital, todos os jogos são arquivados em DVDs, facilitando o registro da história do Clube. “Já filmei mais de 150 partidas do Pantera da Noroeste e deste total, ao menos 70 estão no meu arquivo pessoal”, garante. Ele destaca que caso a equipe consiga o acesso para a Série A 2 do Paulistão, pretende montar um trabalho com todos os gols, desde o acesso da Série B para a A 3. Como não acompanhou as partidas fora de Penápolis,  sua intenção é tentar conseguir as imagens com profissionais destas cidades para completar o arquivo. Os gols mostrados pelas emissoras de televisão, como a Rede Globo, Record, SBT e Rede Vida, foram gravadas e incluídas no seu acervo.

Emoção e profissionalismo
Robinson lembra que apesar de toda sua paixão pelo CAP, as grandes conquistas nunca puderam ser comemoradas, fato que já ocorreu várias vezes, como o acesso para a Série A3. “Apesar da vontade de pular e gritar durante um gol, como ocorreu domingo passado contra o Oeste de Presidente Prudente, quando foi marcado aos 47 minutos do segundo tempo preciso me conter, afinal o lado profissional impede qualquer comemoração”, afirmou. As frustrações também ocorrem e a que mais marcou foi o empate, também no último minuto, contra o Linense ano passado no Tenentão. “A torcida do CAP já estava comemorando a vitória quando o adversário empatou. A decepção tomou conta de todos”, relembrou. Segundo Robinson, filmar todos os jogos do time, financeiramente não compensa, mas ele afirma que continuará realizando esse trabalho, pois as imagens serão imortalizadas e quem sabe no futuro sejam apreciadas por novos torcedores que conhecerão assim a história do Clube.  (SRF)

Foto: O cinegrafista já filmou mais de uma centena de jogos da equipe