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CIDADE & REGIÃO

11/01/2014

Gestantes esperam quase 5 horas por atendimento médico

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Após triagem, quatro gestantes foram encaminhadas, em uma ambulância, para atendimento na Santa Casa

DA REPORTAGEM

 

Um grupo de moradoras do Jardim Planalto e imediações se revoltaram com a longa espera por atendimento médico ocorrida na manhã desta sexta-feira (10) na Unidade Básica de Saúde do bairro. As gestantes esperaram quase cinco horas, e não foram atendidas na unidade, mas na Santa Casa de Penápolis. O motivo da demora teria sido a ausência de uma obstetra que realizaria consultas agendadas na unidade, mas que teve que permanecer na Santa Casa para atendimento de urgência. Como as pacientes que aguardavam pela médica não sabiam que horas seriam atendidas tiveram que permanecer até próximo do meio-dia, quando foram informadas que seriam atendidas na Santa Casa. Segundo o apurado pela reportagem, somente para a manhã de ontem, 17 pacientes seriam atendidas por uma médica que substituiu a titular que está em férias. Como de costume, as consultas foram agendadas para às 07h00, horário de abertura da unidade de saúde do bairro. De acordo com a moradora Tatiane Pereira Ramalho, grávida de nove meses e sentindo dores, os pacientes chegaram pouco antes do horário agendado, inclusive ela. "Aguardamos a chegada da médica como de costume, mas as horas foram passando e ela não aparecia, deixando-nos preocupadas, pois já estávamos cansadas de ficar aqui esperando", comentou. A reportagem chegou ao local por volta das 11h40, e encontrou um pequeno grupo de gestantes que ainda insistiam em permanecer no local revindicando o atendimento. A mãe de Tatiane, Darci Pereira Ramalho, informou que durante toda a manhã funcionárias da unidade de saúde tentaram entrar em contato com a médica, mas as ligações não eram atendidas. Somente por volta das 11h30 é que a médica entrou em contato e justificou a ausência por conta de problemas com pacientes na Santa Casa de Penápolis, fato que a obrigou permanecer no local. Ela informou que as pacientes que ainda estavam na unidade deveriam ir ao hospital para serem atendidas. "Fiquei muito revoltada com a falta de informações. Minha filha está para ter o bebê e teve que esperar desde às 07h00 sem nenhum aviso. Acredito que se a médica não podia vir, deveria ter avisado mais cedo, assim não precisaríamos ficar esperando tanto tempo", disse a mãe de Tatiane. Outra paciente que também aguardava atendimento médico se mostrou indignada com a situação. "Estávamos recebendo a atenção dos funcionários da unidade, que tentavam resolver a situação para a gente, mas não conseguiam nenhuma resposta. Estamos aqui até agora aguardando atendimento e a médica liga dizendo que não vem depois de todo este tempo, isso foi uma grande falta de sensibilidade pela nossa situação", ressaltou.

 

Atendimento

Após a informação de que o atendimento ocorreria na Santa Casa, funcionários da unidade de saúde entraram em contato com o Pronto Socorro de Penápolis solicitando uma ambulância para buscar as pacientes e levá-las ao hospital. Os funcionários da unidade realizaram um trabalho de triagem entre as gestantes que ainda permaneciam no local, encaminhando-as para o atendimento médico somente aquelas que necessitavam de urgência. As demais tiveram suas consultas reagendadas para datas posteriores. Pouco depois do meio-dia uma ambulância chegou ao local e quatro gestantes foram levadas à Santa Casa para serem atendidas pela obtetra que ainda permanecia no hospital. "Vou para a Santa Casa porque preciso muito desta consulta, mas estou muito chateada pelo que aconteceu hoje, afinal esperar tanto tempo sem notícias e sem satisfações é falta de respeito, principalmente nas condições em que estamos, se tratando de gestantes", opinou Priscila Cesário, uma das pacientes.

 

Secretaria de Saúde

O Secretário Municipal de Saúde, Alex Marques Cruz, lamentou o ocorrido e informou que mesmo com o transtorno as pacientes que necessitavam, com mais urgência, receberam o devido atendimento médico, tendo, inclusive, uma das pacientes permanecido internada na Santa Casa, não informando o nome e o motivo. Ele informou que a médica é funcionária da Secretaria e também da Santa Casa e que na noite anterior aos fatos esteve de plantão no hospital. "Acontece que momentos antes da médica deixar o hospital, houve uma intercorrência no local que a obrigou permanecer na Santa Casa", explicou. "Mesmo quando um médico está deixando o plantão e algo ocorre com algum paciente, este tem que permanecer para o atendimento até a situação ser estabilizada, pois ainda é sua responsabilidade como profissional, isso segue até mesmo o código de ética da categoria", ressaltou. O Secretário entende que o que houve foi uma falha na comunicação entre a Santa Casa e a Secretaria de Saúde. Alex informou que o hospital entrou em contato com ele para comunicar o fato somente às 10h00, quando um dos administradores avisou sobre a intercorrência, mas que a médica logo estaria liberada para os atendimentos na unidade de saúde. "Logo depois recebemos outra ligação informando que outro problema havia ocorrido e que a médica não poderia prestar atendimento na unidade de saúde, mas na Santa Casa. Foi quando pudemos comunicar a unidade e enviar uma ambulância ao local para o transporte das pacientes", disse. Ainda segundo o Secretário, medidas preventivas serão tomadas para que erros como o ocorrido na unidade não se repitam. "Assim que soubemos que atendimento seria feito na Santa Casa tomamos as providências necessárias, inclusive com a triagem de pacientes, mas vamos tomar todos os cuidados para que esta situação não ocorra novamente", finalizou. Como o atendimento não foi possível na unidade do Jardim Planalto, tendo sido disponibilizado transporte para as gestantes até a Santa Casa, o retorno das pacientes também deveria ser de responsabilidade da Secretaria, mas a mesma não soube informar se o retorno foi feito através de ambulância. (Rafael Machi)

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