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CIDADE & REGIÃO

13/07/2013

Funcionários da Campestre realizam protesto

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Os trabalhadores da Usina Campestre fecharam o trânsito no cruzamento da avenida Eduardo de Castilho com a rua Dr. Ramalho Franco

DA REPORTAGEM

 

Mais de 100 funcionários de diversos setores da Companhia Açucareira de Penápolis, a Usina Campestre, se reuniram durante todo o dia de ontem numa manifestação pacífica ocorrida defronte ao Fórum de Penápolis. Eles reivindicavam direitos que não estariam sendo respeitados pela empresa que passa por momento financeiro delicado, inclusive com pedido de falência por parte de um credor na Justiça. Dentre os direitos reclamados pelos trabalhadores está a liberação do Seguro Desemprego, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o pagamento do restante dos salários, pois receberam no inicio do mês apenas R$ 680. Eles pediram também mais agilidade da Justiça no processo de declaração ou não de falência da empresa. A manifestação iniciou por volta das 09h30, quando o grupo se concentrou defronte ao Fórum com cartazes, narizes de palhaço e apitos. Instantes depois, os manifestantes foram para o cruzamento da rua Dr. Ramalho Franco com a avenida Eduardo de Castilho, interditando as vias, impedindo o tráfego de veículos. Até caixas de papelão foram jogadas na rua para impedir a passagem de carros. A Polícia Militar que foi acionada fechou as ruas de forma estratégica para organizar o trânsito, e acompanhar a manifestação, garantindo a ordem pública do local. Durante os protestos os trabalhadores foram informados que o Juiz da 1ª Vara do Fórum, e o Juiz da Vara do Trabalho, não estava na cidade, fato que gerou revolta dos manifestantes. Líderes do Sindicato do Trabalhadores Rurais de Penápolis e do Sindicato das Indústrias de Araçatuba também estiveram presentes na tentativa de organizar o movimento e orientar os trabalhadores dos processos de ações na Justiça contra a Usina para reclamar seus direitos. A todo o momento, os manifestantes pediam a presença do superintendente da usina, José Carlos Fernandes de Alcântara, e o gestor judicial Ely Oliveira Faria, na tentativa que fossem até o local para expor o problema e buscar alternativas para as soluções, mas até o final da tarde ninguém apareceu. Apenas o gerente agrícola da Campestre, Gilmar Martins, foi ao local para conversar com os funcionários que ao virem, se manifestaram contrário a sua presença, iniciando um de tumulto com alguns manifestantes tentando agredi-lo, mas ele foi retirado do local por companheiros de trabalho.

 

Autoridades

municipais

Para tentar contornar a situação e manifestando apoio aos trabalhadores, estiveram presentes o vereador Ricardinho Castilho (PV) e o prefeito Célio de Oliveira (PSD). Ricardinho orientou os trabalhadores para que procurem seus advogados para que os mesmos entrem com as devidas ações na Justiça pedindo a providência de seus direitos. Ele ressaltou a importância da resolução dos problemas da usina para que os trabalhadores tenham seus direitos garantidos. O prefeito Célio conversou com os trabalhadores e os líderes sindicais, propondo ajudar na criação de uma comissão para adentrar ao Fórum e assim conversar com um dos juízes que poderia explicar qual a melhor alternativa para que as reivindicações fossem atendidas. Ele ressaltou que diversas reuniões já haviam sido realizadas entre o Judiciário e os prefeitos da região para que os problemas da Campestre fossem discutidos. Somente no final da manhã é que o grupo foi informado que uma reunião entre um dos juízes do Fórum e a comitiva formada pelos trabalhadores estava marcada para às 14h00, mas momentos antes foi transferida para às 18h00. Até o fechamento desta edição, nenhuma informação sobre o encontro havia sido emitida pelos líderes sindicais e nem pelo Fórum.

 

Problemas

A Usina Campestre, teve sua falência solicitada pela Eco Multi Commodities Fundo de Investimento em Direitos Financeiros Agropecuária, com sede em São Paulo. O pedido foi feito à Justiça de Penápolis na tarde do dia 27 de junho. A empresa alegou que a Campestre deveria ter quitado a quantia de R$ 6,5 milhões nos anos de 2011 e 2012, que estava previsto no Plano de Recuperação Judicial aprovado pelos credores em 2010. O gestor judicial da usina, José Carlos Alcântara, informou que a intenção do fundo é justamente a declaração de falência da usina para que o grupo possa adquirir a Campestre através de leilão judicial que seria realizado posteriormente. Caso isso ocorra, o comprador terá a seu favor a extinção dos passivos tributários, já que os credores também deixariam de receber as dívidas. Alcântara adiantou que a Campestre não possui recursos para a quitação desta e outras dívidas, justamente pelo fato dos trabalhos estarem paralisados por falta de matéria prima. (Rafael Machi)

 

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