Folha da Região promove debate entre candidatos de Penápolis

DA REPORTAGEM

Os cinco candidatos a prefeito de Penápolis se reuniram na noite de segunda-feira (26) em um debate promovido pelo jornal Folha da Região, de Araçatuba. O encontro ocorreu na sede do jornal e teve transmissão ao vivo pela TV Araçatuba, o portal de notícias e a página no Facebook do jornal e também pela rádio Cultura FM. A internet foi o meio encontrado pelos penapolenses para acompanhar a discussão de Adão da Saúde (PT), Caíque Rossi (PSD), Carlinhos Baiano (PSB), Célio de Oliveira (PSDB) e Ricardo Castilho (PV).
O DIÁRIO DE PENÁPOLIS acompanhou os bastidores do debate e constatou que, apesar dos ataques ocorridos entre os candidatos, o clima foi bastante tranquilo. Além dos candidatos, estiveram presentes assessores políticos e alguns dos vices dos concorrentes.
O debate durou mais de duas horas e foi dividido em três blocos, sendo o primeiro com perguntas aos candidatos formuladas pela equipe de jornalismo da Folha da Região.
No segundo bloco, os candidatos puderam fazer perguntas entre eles com temas livres, enquanto que no terceiro bloco eles usaram o tempo para suas considerações finais.

1º Bloco
No primeiro bloco os candidatos falaram de assuntos polêmicos na cidade, como a reestruturação da antiga Estação Ferroviária, a municipalização do trânsito e a intervenção da prefeitura sobre a Santa Casa, ocorrida em junho do ano passado.
O primeiro a responder foi Célio, que falou sobre a Estação Ferroviária. Segundo ele, uma solicitação já foi feita ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 1,5 milhão para sua revitalização. “Queremos levar para aquele espaço o ‘Atende Fácil’, o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), oferecendo à população uma central múltipla de atendimento ao público”, afirmou.
Adão da Saúde também foi questionado neste bloco e falou sobre o auxílio necessário para o crescimento de pequenas e medias empresas na cidade. Segundo ele, é necessário investimentos e incentivos aos empresários, para que eles possam crescer e se desenvolver dentro da cidade, gerando mais empregos. “Outra necessidade é a criação de um novo parque industrial apropriado, para atender as necessidades de crescimento das empresas. Desta forma incentivaremos ainda a criação e vinda de novas empresas, gerando cada vez mais empregos”, discursou.
O terceiro a responder às questões foi Ricardo Castilho, que foi questionado sobre a municipalização do trânsito. Ele afirmou que para se trabalhar o trânsito é necessário, em primeiro lugar, que haja adequações de ruas e vias na cidade, já que o município é antigo e possui ruas estreitas. “Outro ponto necessário é promover um convênio com a Polícia Militar, onde o policial, em seu horário de folga, possa ajudar na fiscalização do trânsito, não fazendo uma indústria de multas, mas ajudando na ordem e orientação”, disse.
O candidato Carlinhos Baiano, foi questionado sobre a retirada da linha férrea da área central da cidade. Ele foi direto ao dizer que este é um projeto inviável ao município, já que a cidade não dispõe de recursos para isso. “Não é possível fazer isso neste momento. A cidade não tem dinheiro nem mesmo para cuidar de nossa preciosa saúde, imaginem tirar a linha férrea, que é algo audacioso e caro. Por isso, quem falar que fará isso, estará mentindo, enganando o eleitor”, falou.
Caíque Rossi encerrou o bloco falando sobre a intervenção da Santa Casa. Segundo ele, se eleito, a opinião pública será fundamental pela manutenção ou não da intervenção. “Temos que usar o bom senso para salvar nossa Santa Casa, por isso é fundamental dialogar com a sociedade pela intervenção ou não de nosso hospital”, encerrou.

Mais temas
Durante o segundo bloco, onde se esperava ânimos mais exaltados, os candidatos usaram a cordialidade entre eles. O que se viu foi à tentativa dos demais candidatos em criticar o atual prefeito, Célio de Oliveira. Entretanto, o bloco serviu também como a oportunidade de discutir mais temas importantes que, são destaque para os penapolenses. Entre os assuntos discutidos esteve o Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisa).
Na oportunidade, Caíque questionou Adão sobre a possibilidade de fechamento do Cisa, já que não estariam havendo investimentos da prefeitura. Ele, por sua vez, lamentou o que estaria ocorrendo, bem como lamentou que a Câmara tenha vetado o aporte de recursos ao Consórcio. “Lamento que os repasses que deveriam ser feitos ao Cisa não estejam sendo cumpridos. Fico preocupado com a situação”, afirmou.
Célio de Oliveira também tocou no assunto e questionou a hipótese de fechamento do Cisa, alegando que em sua gestão nada fecha, pelo contrário, as coisas são abertas.

Vice
Ainda durante o encontro, Carlinhos Baiano questionou Ricardo Castilho sobre intensos comentários na cidade de quem enquanto vice de Célio eleito em 2012, teria se afastado após assumirem o cargo e passou a ir à prefeitura somente para receber pagamento. Ricardo Castilho considerou o momento como uma boa oportunidade para esclarecer o que ocorreu.
Segundo ele, o vice é como um “jogador reserva” em uma partida de futebol, que atua apenas quando lhe é dada a oportunidade. Para ele, esta oportunidade foi o que lhe faltou. “Durante a campanha, Célio falava para todos que nós seríamos os melhores para Penápolis, entretanto, quando assumiu o cargo, disse que ele governaria, sem a ajuda de ninguém e assim ficou. Eu queria ter atuado mais pela cidade, mas foi impedido por ele”, afirmou.

(Rafael Machi)