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CIDADE & REGIÃO

24/08/2017

Ex-ministro Carlos Gabas visita a cidade e fala de reformas

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
O ex-ministro da Previdência, Carlos Gabas, afirmou que é preciso cobrar a dívida previdenciária, o que não tem sido feito pelo Governo Temer

DA REPORTAGEM

O ex-ministro da Previdência Social nos governos Lula e Dilma, Carlos Eduardo Gabas, esteve em Penápolis na tarde desta quarta-feira (23) para um evento na sub-sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Penápolis. Ele acompanhou a visita da presidente do sindicato no Estado, Maria Izabel Noronha, a Bebel, e participou de um encontro com professores da cidade para falar a respeito da reforma da previdência, defendida pelo governo de Michel Temer (PMDB). Segundo ele, hoje a Previdência não se encontra falida, mas passando por desafios que precisam ser debatidos com a sociedade. “Diversos outros países já passaram por situações semelhantes. No caso do Brasil, é preciso uma reorganização. É preciso cobrar os devedores da Previdência Social, e melhorar a efetividade da arrecadação previdenciária. O que o atual governo tem feito, e que somos contra, é perdoar as dívidas da previdência e tirar direitos dos trabalhadores”, explicou. Gabas afirmou que o Governo Temer errou ao propor uma reforma que trata todos os trabalhadores de forma igual. Para ele, o Brasil é um país de um conjunto de desigualdades sociais que precisa ser respeitado. “Você não pode tratar, por exemplo, o homem do campo, da mesma forma que você trata o trabalhador da cidade, que tem vínculo, folha de contracheque, folha de salário, recebe todo mês. O trabalhador do campo, não. Ele precisa ter uma proteção social diferente, com fonte de financiamento específica, assim como ele têm na constituição, mas o governo não tem respeitado isso, afirmou. Ele acrescentou também que existe um risco muito grande do Congresso aprovar este projeto e que, por isso, é necessário a população estar atenta. “Isso desmonta a Previdência Social. Acaba com o direito do trabalhador à sua aposentadoria. A única forma de barrar esta proposta é a de pressionar os deputados e senadores em sua base eleitoral. Por isso nossa defesa de que as Câmaras Municipais precisam fazer audiências públicas, os sindicatos e as entidades da sociedade civil precisam se organizar e pressionar para que não seja votado a favor do projeto, o que seria um desastre para a proteção social no Brasil”, finalizou. 

APEOESP
Da mesma forma, a Apeoesp tem lutado contra a reforma da previdência a fim de proteger os direitos dos professores. “Nossa luta sempre foi por direitos que o Governo de São Paulo não tem respeitado, prejudicando o ensino. Somos contra, por exemplo, o fechamento de salas de aulas. Quando se fecha uma sala, você tem a superlotação de outra e isso tem um impacto direto na qualidade de ensino. Por isso lutamos pelo salário e a valorização dos professores”, afirmou a presidente do sindicato, Bebel. Para ela a reforma da previdência ataca diretamente as professoras. “Uma professora do estado hoje tem um desgaste muito grande dentro das salas de aula. Os baixos salários fazem com que ela tenha que ter uma jornada tripla de trabalho e até uma quarta jornada se levarmos em conta o trabalho feito dentro de casa. Esta reforma ataca diretamente a professora, porque a reforma iguala homens e mulheres, o que acaba sendo um desrespeito com a categoria”, finalizou.  Bebel e Gabas passarão por outras cidades da região de Araçatuba durante a semana a fim de firmar ainda mais suas reivindicações.

(Rafael Machi)

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