Crescimento na frota de veículos desacelerou na cidade

DA REPORTAGEM

Penápolis fechou o mês de maio deste ano com uma frota de 45.285 veículos. É o que divulgou o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). De acordo com o departamento, somente automóveis somam 21.557 veículos registrados na cidade. A segunda maior frota fica para as motocicletas, cujo levantamento apontou 11.273 veículos deste tipo sob o domínio de Penápolis.
Com este total divulgado pelo DENATRAN, é possível constatar que em maio deste ano Penápolis possuía um veículo para cada 1,2 habitantes.
De maneira geral, o número de veículos que pertencem ao município de Penápolis em maio deste ano é maior do que o que havia sido registrado no mesmo mês em 2014, quando a cidade possuía 43.299 veículos em sua frota, o que mostra que em um ano a cidade teve o registro de quase dois mil veículos, uma média de 5,43 novos veículos registrados por dia durante todo o ano passado.
Entretanto, o crescimento no registro de veículos na cidade entre janeiro e maio deste ano já é bem menor do que o do mesmo período de 2014, o que mostra que a cidade também pode estar vivenciando a crise na venda de veículos novos.
Ainda segundo o levantamento feito referente a maio de 2015, o DENATRAN divulgou que Penápolis possui 4.401 motonetas. A cidade também possui 1,4 mil caminhões, 3.066 caminhonetes e 999 caminhonetas. Ainda são 299 ônibus e 1.229 reboques, além de 450 semi-reboques.

Queda
Apesar do aumento gradual que Penápolis vem tendo ano a ano no número de veículos que chegam à cidade, o levantamento apresentado pelo DENATRAN mostrou que Penápolis teve queda no registro de veículos até o momento quando comparados os dados de 2015 com 2014.
Para se ter uma ideia, entre janeiro e maio de 2014 foram registrados na cidade 798 veículos, uma média de 5,3 carros por dia. Já no mesmo período de 2015, este número caiu para 585, média de 3,9 novos carros registrados.
Seguindo os números de novos veículos na cidade, Penápolis tem deixado de registrar mais de 43 veículos todos os meses. Se a queda na venda de veículos novos ou de transferência de usados de outros municípios para Penápolis continuar, a projeção será de, pelo menos, 500 veículos a menos do que o registrado em 2014.

Crise
A queda de registros de novos veículos na cidade pode estar diretamente ligada à crise nacional de vendas de novos veículos, o que tem deixado as montadoras com grande estoque e tem gerado a demissão de milhares de trabalhadores. 
A queda de 8% na produção de veículos no primeiro trimestre e de 32% nas exportações para a Argentina no mesmo período já afeta o regime de trabalho nos principais parques automotivos brasileiros. Das 20 fabricantes de automóveis, comerciais leves e caminhões instaladas no país, quase metade anunciou alguma medida para reduzir o ritmo de produção, como corte de turno, férias coletivas e plano de demissão voluntária. Nessa lista estão Volkswagen, Renault, Fiat, Peugeot-Citroen, Ford e GM, na área de automóveis, e Mercedes-Benz, Man e Scania, na de caminhões.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no fim de março havia 387,1 mil veículos acumulados nos pátios, o que equivale ao volume de vendas de 48 dias. É o estoque mais alto desde novembro de 2008, quando correspondia a 56 dias de vendas. O setor considera saudável um estoque entre 25 e 35 dias.

(Rafael Machi)