Consultor avalia andamento de projeto infantil em Penápolis

Nesta semana esteve em Penápolis o consultor Eduardo Marino, que atua junto à Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, de São Paulo. Sua vinda à cidade teve como objetivo verificar o andamento do projeto “Crianças Amadas, Adultos Seguros”, desenvolvido pelo município com o patrocínio daquela fundação. O trabalho foi efetuado por meio de visitas e entrevistas, envolvendo unidades e profissionais dos setores da Educação, Saúde e Assistência Social, diretamente ligados ao projeto. Segundo informou Marino, foram entrevistados 11 grupos de profissionais envolvidos, formados por cinco pessoas cada. Estes grupos são denominados Grupos  Multiplicadores, que são aqueles que passam por capacitações (cursos, palestras, workshops) e se encarregam de disseminar os propósitos e metodologias da fundação aos demais integrantes das equipes de trabalho do município. Nestes contatos, segundo ele, foi possível fazer o monitoramento das ações e observar os impactos delas na comunidade ao longo do primeiro ano do projeto em Penápolis. “Pudemos constatar muitas mudanças positivas, algumas até bastante profundas, entretanto ainda existem alguns desafios que serão vencidos mais a longo prazo”, avaliou o consultor. “É possível dizer que o município caminhou bastante”.

Destaques

Entre vários aspectos comentados, Eduardo Marino destacou alguns exemplos considerados por ele interessantes, como a readequação do esquema de consultas pré natais nas unidades básicas de saúde. “Antes estas consultas eram marcadas aleatoriamente, de acordo com a rotina do posto de saúde, porém agora as gestantes são todas agendadas para um determinado dia da semana, podendo desenvolver um atendimento especial por meio de Grupos de Apoio. Com essa melhoria da acolhida às gestantes houve maior adesão ao pré natal e integração das futuras mamães, que trocam experiências sobre este importante período de suas vidas”, explanou. Marino também ressaltou que a nova forma de atendimento pré natal proporcionou maior índice de acompanhamento dos pais à consulta da gestante. “Antes a presença dos pais no pré natal era, em média, de 1% segundo nossos levantamentos. Atualmente a participação dos pais subiu para 50%. Isso é formidável pois proporciona que toda a família se prepare para a chegada do bebê e não só a mãe. Todos vão conviver com essa criança, e assim sendo precisam se preparar para as mudanças. Quem está grávida não é a mulher e sim a família”, frisou. Ainda na questão das gestantes, outro ponto avaliado como positivo foi a parceria das unidades básicas de saúde com a Santa Casa, que oferece visitas à Maternidade e orientações sobre amamentação e Banco de Leite Materno. Na área da educação, o destaque segundo o consultor, também ficou para o quesito acolhimento, aproximando unidade educacional e família. “Cada unidade montou um projeto de acordo com as suas necessidades, por isso tivemos uma grande diversidade de aspectos a analisar, mas o que certamente mais chama a atenção é o acolhimento aos pais. Antes eles nem sequer conheciam as educadoras que cuidavam de seus filhos, pois apenas chegavam na unidade, entregavam a criança no portão e iam embora”, contou ele. “Agora isso mudou. Hoje eles podem entrar com os filhos que tem dificuldade de adaptação e permanecer com eles até quando for necessário. As reuniões de pais também melhoraram bastante, se tornando um momento de integração entre pais, filhos e escola. São propostas atividades lúdicas em conjunto, enquanto a família vai conhecendo o espaço onde os filhos convivem, quem são as pessoas com quem eles convivem e qual a rotina deles”, finalizou Eduardo Marino fazendo um balanço positivo da consultoria em Penápolis. Secom – PMP