Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

18/12/2013

Clealco toma posse de UPI e oficializa nova unidade

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Os diretores executivos da Clealco (primeiro e segundo à esq.) juntamente com o assessor jurídico (dir.) esclareceram à imprensa os trabalhos que serão feitos na ‘Clealco Penápolis’

DA REPORTAGEM

 

O Grupo Clealco oficializou na tarde de ontem a posse da Unidade de Produção Independente (UPI) da Usina Campestre, a qual havia arrematado pelo valor de R$ 187 milhões. A Justiça de Penápolis emitiu o Auto de Emissão de Posse ao grupo que já possui usina em Clementina e Queiróz, concretizando agora a ‘Clealco Penápolis’. A posse era aguardada pelo grupo depois que um fundo de investimento retirou na Justiça um agravo de instrumento na qual questionava a venda da UPI e reivindicava uma dívida no valor de R$ 14 milhões. Após o receber o Auto de Emissão de Posse, os diretores da Clealco participaram de uma coletiva de imprensa, realizada na própria usina em Penápolis. "A partir de hoje já temos a posse da UPI da Campestre, concretizando essa conquista do Grupo Clealco em ativar agora a ‘Clealco Penápolis’", afirmou o diretor executivo do grupo, José Antônio Basseto Júnior. Além dele participaram do encontro o diretor executivo Fábio Luciano Cordeiro e o assessor jurídico Ademar Ferreira Mota. A Clealco já tinha a posse provisória do UPI, mas por conta do agravo na Justiça, os trabalhos de manutenção da UPI tiveram que ser adiados. O diretor explicou que o primeiro passo agora será o teste de moagem dos equipamentos existente no Parque Industrial da usina para que toda a manutenção de entressafra ocorra o mais breve possível. "Estes testes já deveriam ter ocorrido, mas vamos agilizar, agora todo o processo para que a manutenção seja feita conforme nossos novos cronogramas", disse. No entanto, ainda é necessário resolver algumas situações pendentes, como o restabelecimento de energia elétrica no setor de maquinário, que estava cortada por falta de pagamento. Os investimentos já previstos pelo grupo para a manutenção de todo o equipamento gira em torno de R$ 50 milhões.

 

Safra 2014

A previsão do grupo para o início da safra 2014 na Clealco Penápolis é entre os meses de abril e maio. Em relação à quantidade de cana a previsão é de que até o fim da safra a usina tenha moído dois milhões de toneladas de cana. Para isso, ainda será necessário um trabalho do grupo com os fornecedores para que esta meta seja atingida. "Temos a cana que já havíamos arrecadado durante o processo de arrematação da UPI e agora teremos que trabalhar para buscarmos mais matéria prima para atingirmos nossa meta para o ano de 2014", revelou Júnior. Mesmo com a previsão para o próximo ano, a intenção do grupo é justamente chegar à capacidade máxima de produção, de três milhões de toneladas. Por enquanto a usina trabalhará com uma produção mesclada em 50% para açúcar e etanol. Em relação aos contratos ativos que pertenciam à Campestre, estes, serão aproveitados pela Clealco, permanecendo válidos para a safra 2014. A mão-de-obra usada nestes próximos trabalhos também será um ponto positivo. O grupo já havia realizado um trabalho na cidade em busca de currículos a fim de realizar a contratação de novos colaboradores. A intenção como já havia sido anunciada na época, era a de contratar pessoas que já haviam se qualificado através do trabalho prestado para a Campestre. "Isso serve até mesmo para absorver a mão-de-obra na cidade. Sabemos que com a paralisação dos trabalhos da Campestre muita gente ficou sem emprego, por isso queremos também contribuir para o reerguimento da cidade neste sentido", enfatizou o diretor. A previsão é de que duas mil vagas sejam criadas direta e indiretamente. A aquisição de novos equipamentos para a colheita da cana também está nos planos da Clealco Penápolis. Colheitadeiras já foram adquiridas para a colheita mecanizada. Além das máquinas outros veículos e equipamentos complementares aos serviços de colheita mecanizada também foram adquiridos, totalizando um investimento inicial de R$ 20 milhões. Para 2014 são previstos a moagem de 10 milhões de toneladas por todo o grupo Clealco, sendo cinco milhões na unidade de Queiróz, três milhões em Clementina e dois milhões em Penápolis.

 

Dinheiro em juízo

Com a finalidade de concretizar a arrematação do grupo Clealco, um depósito em juízo de 19,7 milhões foi realizado no dia 20 de novembro. A expectativa é de que esta quantia seja utilizada no pagamento de parte das dívidas da Campestre. No entanto, com o pedido de impugnação que havia sido feito na Justiça pela Família Egreja, acionistas da Campestre, o dinheiro ficou bloqueado, sendo que a liberação pode ocorrer em breve, já que o juiz da 1ª Vara do Fórum de Penápolis, Marcelo Yukio Misaka, não acatou ao pedido dos acionistas. "Os acionistas agora têm o prazo processual de 10 dias para contestar a decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo. Passado esse período e, caso não haja contestação, o dinheiro será liberado e os pagamentos feitos pela Justiça conforme decidido em assembleia. Vale lembrar que esse prazo pode-se estender já que se inicia o recesso forense e a liberação ocorrer no fim de janeiro de 2014", explicou o assessor jurídico Ademar Ferreira Mota. Em relação ao pedido de impugnação feita pelos acionistas da Campestre, o juiz considerou em sua decisão que a arrematação foi vantajosa para os impugnantes, se consideradas tentativas de vendas anteriores, quando os próprios acionistas, no ano de 2010, chegaram a apresentar avaliação da UPI de R$ 176,6 milhões. Na época, a família teria firmado compromisso sem sucesso de venda de suas ações, incluindo outros imóveis, pelo valor de R$ 200 milhões. Além de rejeitar a petição, o juiz condenou a família por litigância de má-fé ao pagamento de multa de R$ 100, bem como indenização de R$ 2 mil, cujos valores serão vertidos em favor dos credores da recuperação judicial.

 

Venda

A Clealco ofereceu pela UPI, R$ 187 milhões, sendo que R$ 97 milhões são ativos para a compra do Parque Industrial que serão parcelados até o ano de 2018 e, o restante (R$ 90 milhões), será destinado ao pagamento de dívidas com a união, conforme previsto no edital de venda da UPI. A proposta ficou definida em R$ 97 milhões a serem pagos pelos ativos da Campestre. Este valor será parcelado até o ano de 2018. A primeira parcela deve ser paga 15 dias após a aprovação, são R$ 18,7 milhões. A segunda parcela será depositada em abril de 2014 (R$ 34 milhões). Para o ano de 2015 estão previstos três depósitos, sendo em abril (R$ 1,3 milhão), agosto (R$ 5,2 milhões) e dezembro (R$ 6,5 milhões). As demais parcelas repetem a forma de pagamento efetuado em 2015, até que seja completada em dezembro de 2018. Além da compra, a proposta apresentada pela Clealco prevê ainda um investimento de R$ 160 milhões na Campestre, sendo R$ 12 milhões para o pagamento da licença ambiental, R$ 100 milhões para o fluxo de caixa e o restante para a manutenção do maquinário. A Usina Campestre passa por recuperação judicial desde 2009. A moagem foi paralisada em 21 de junho deste ano devido às dificuldades para realizar a colheita da cana sem queima, o que foi proibido na região por liminar, além da recusa de alguns fornecedores de entregar a matéria-prima já que estavam com pagamentos atrasados. Até 21 de junho, a usina moeu quase 500 mil toneladas do total de 1,85 milhões de toneladas projetado. Mas sua capacidade ultrapassa a 2,2 milhões de toneladas por safra. (Rafael Machi)

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade