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CIDADE & REGIÃO

17/07/2011

ANIVERSÁRIO: Olavo completa 100 anos mantendo hábitos

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Ana e Olavo vivem juntos para que ela cuide de sua saúde

DA REPORTAGEM

 

Imagine chegar aos cem anos e ainda ter a consciência em poder contar para seus filhos e netos parte do que vivenciou durante a juventude. Este é o desejo de muitas pessoas e realidade para poucos, como Olavo de Sousa Carvalho (foto), que completou 100 anos a idade na quinta-feira, 14. "Sinto-me muito feliz em estar junto de amigos e familiares, além de ainda poder realizar algumas atividades rotineiras, como caminhar pela manhã", comentou. Ele nasceu na Bahia, onde passou sua infância e juventude, vindo para Penápolis em 1940. "Tenho ótimas lembranças da minha terra natal, porém os tempos eram difíceis, a seca castigava, por isso resolvemos procurar algo melhor, vindo para a cidade juntamente com minha mãe", disse. Ele casou aos 14 anos com Amância de Sousa Guimarães, com quem viveu por 74 anos, pois ela faleceu em 2000. "Viver ao lado dela foi algo maravilhoso, nunca tivemos uma briga séria, nosso relacionamento sempre foi de muito respeito", afirmou.

Da união geraram seis filhos: Isabel, José, Tereza, Maura, João e Ana. Ele confessa que durante sua infância teve suas peraltices e se recorda de muitas coisas. "Sempre fui um moleque muito brincalhão, aprontei as minhas e guardo essas recordações com muito carinho, principalmente minha paixão, que foi andar a cavalo", comentou. "Sempre fiz questão de valorizar as amizades que fiz durante a minha vida, adorava sentar com eles e conversar durante horas, eram histórias, discussões, risadas, tudo guardado com muito carinho na minha memória", ressaltou.

Tempos passados

Olavo faz questão de ressaltar as diferenças que ele vê no mundo de hoje. Ele conta que quando era pequeno teve uma educação bastante rígida com seus pais, o que acredita ter sido fundamental para sua vida. "Não era só comigo, mas antigamente a educação das crianças era mais rígida, havia muito respeito pelos mais velhos. Hoje elas são criadas de modo mais solto, dando mais liberdade, o que também pode ser bom para elas, desde que saibam respeitar os amigos", comentou. Ele explica que nos tempos antigos tudo era mais calmo, e que sempre levantava muito cedo para trabalhar na roça e que mesmo com o dia cansativo que levava tudo era feito com mais tranqüilidade. "Hoje vemos a correria e confusões das pessoas do dia a dia, quando vejo isso penso o quanto às pessoas mudam. Antes o principal valor era poder ficar com a família, jantar e discutir sobre os fatos do dia, hoje a prioridade é trabalhar para poder sustentar famílias", enfatizou. Ele reconhece também que hoje tudo é mais fácil, ressaltando que nos tempos antigos, além da distância, havia a dificuldade de atendimento médico. "Hoje, se quero tomar o café da manhã ando um quarteirão e já estou na padaria. Sempre que preciso de atendimento médico, vou com facilidade a Santa Casa e consigo um bom atendimento. Antigamente por morar em sítio, tínhamos que andar grandes distâncias e nem sempre encontrávamos um médico para nos atender, obrigando-nos a ir para outro local ou ficar sem o atendimento", disse.

 

Saúde

O centenário Olavo diz que para chegar a esta marca o segredo é apenas um: viver. Ele diz que nunca fez questão de uma boa alimentação e que sempre consumiu bebidas alcoólicas. "Não entendo como cheguei aos cem anos. Por morar em sítio, sempre comi carnes gordas e sempre tomava uma cervejinha, aliás, até hoje tomo quando posso", disse. "Sempre fui uma pessoa tranqüila, que conversou, riu e que viveu o que se tinha direito. Hoje me sinto feliz por ter feito quase tudo o que quis, além de ter minha vida regada de muito carinho dos meus filhos e demais familiares. Olavo conta que mesmo completando cem anos em 2011, sua mãe sempre dizia que quando o registrou ele já tinha cerca de dois anos. "Não tenho como provar, mas em minha mente posso ser mais feliz ainda em estar chegando a marca dos 102, já pensou como seria legal ?", concluiu.

 

Cuidados

Mesmo esbanjando bom humor e disposição, Olavo precisa de alguns cuidados e acompanhamentos. Esta dedicação há 20 anos é feita pela filha mais nova, Ana Sousa Guimarães Proença, 58. Ambos residem na Cidade Jardim. "Meu pai sempre teve um carinho e cuidado muito grande pelos filhos, por isso faço questão de estar junto com ele, lhe auxiliando", comentou Ana. Olavo apresenta uma pequena dificuldade para ouvir, mas isto não o impede de se divertir no bar defronte sua residência. "Ele sempre gostou de movimentação e da sua cervejinha, esses dias mesmo ele sentou lá com alguns amigos e conversou durante um bom tempo. Os vizinhos gostam muito dele, o que o motiva estar sempre de bom humor", ressaltou. Ela informou que seu pai sempre realiza exames médicos, e que os resultados são motivadores. "Da mesma forma como ele sempre cuidou de mim também cuidarei dele, sempre estarei ao lado de meu pai", finalizou. (Rafael Machi)

 

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