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CIDADE & REGIÃO

04/09/2014

Acusados de matar açougueiro são ouvidos pela Justiça

Arquivo/DIÁRIO
Detalhes Notícia
Buscas foram feitas pelo corpo de Moreira no aterro de Barbosa em fevereiro. Até hoje nada foi encontrado

DA REPORTAGEM

A Justiça de Penápolis ouviu uma mulher de 32 anos e seu irmão, um torneiro mecânico de 33, acusados de matarem e ocultarem o corpo do açougueiro Antônio Donizete Moreira, de 56 anos, na cidade de Barbosa em 06 de setembro de 2012. Testemunhas de defesa e acusação também foram ouvidas no Fórum de Penápolis na tarde desta terça-feira (02). O caso ganhou grande repercussão depois que a polícia daquela cidade iniciou os trabalhos de busca dos restos mortais de Moreira no aterro sanitário de Barbosa em fevereiro deste ano. Mesmo assim, até hoje o corpo ainda não foi encontrado. Com camisetas estampando a foto de Moreria, familiares aguardavam os trabalhos do lado de fora do Fórum. De acordo com advogado da família, Marcos Rogério Seloto, a Polícia Civil instaurou inquérito complementar para apurar os crimes de ocultação e destruição de cadáver. Ele acredita que outras pessoas estejam envolvidas no crime, já que os depoimentos dos envolvidos estariam bastante contraditórios. “Além disso, esta contradição põe em dúvida ainda se os restos mortais da vítima estariam realmente no aterro de Baborsa, levantando muitas dúvidas dos familiares”, comentou. Segundo o irmão do açougueiro, Adauto Moreira, que também acompanhou os trabalhos no Fórum, a única vontade da família no momento é a de poder sepultar o corpo do irmão. “Meu irmão era uma pessoa digna, que sempre trabalhou e que merecia um enterro digno, essa foi nossa vontade desde o início”, afirmou. Ele informou também que os familiares já chegaram a gastar R$ 1,3 mil para um tratorista para que prosseguisse com as buscas no aterro. “Fizemos o que podíamos, reviramos aquele local todo e diversas pessoas nos ajudaram nas buscas, mas não encontramos nada. Sinto que o corpo não está lá”, acrescentou. 
 
Confissão
Com a prisão da mulher, ela confessou participação no crime e disse ter aplicado veneno de rato no braço do açougueiro na noite dos fatos. Com isso, o torneiro mecânico, que já estava preso acusado do crime, mudou, por três vezes, sua versão sobre os fatos e acabou confessando como tudo ocorreu quando a vítima foi morta. Em depoimento para a polícia, a mulher disse que não queria mais nada com o açougueiro, mas que ele a procurava constantemente. Devido ao sentimento que a vítima sentia por ela, as brigas eram constantes por ciúmes, sendo que em algumas oportunidades ela chegou a ser ameaçada de morte por ele. A calçadista revelou que na manhã do dia 06 de setembro de 2012, dia do crime, Donizzeti esteve em sua casa e permaneceu por cerca de 20 minutos. Ao anoitecer, o rapaz retornou por volta das 21 horas, bravo porque ela não havia atendido suas ligações, e mais uma vez a ameaçou. Consta no depoimento, que após o jantar, o homem pediu comprimidos para dor de cabeça, mas ela não lembra se deu a ele, o medicamento que havia comprado de uma desconhecida pagando R$ 50. A polícia acredita que estes comprimidos tenham sido usados para dopar o açougueiro. Consta também no depoimento dela que depois que o açougueiro dormiu, ligou para seu irmão dizendo que a vítima estava com ela e que temia que ele a matasse. Segundo o depoimento, enquanto seu irmão vinha até sua casa, ela dissolveu veneno para rato em uma seringa e aplicou em um dos braços da vítima. Logo depois o torneiro mecânico chegou com um facão, sendo informado sobre o que havia ocorrido. Após saber dos fatos, ele insistiu com a irmã que a vítima teria que ser morta. Contou também que após a insistência, foi para seu quarto, momento em que ele desferiu vários golpes contra Donizetti. Eles cobriram o corpo do açougueiro em um lençol e enrolaram em um tapete arrastando-o até o quintal da casa. Pela manhã, ambos teriam levado o corpo até o aterro sanitário de Barbosa, onde o jogaram em uma vala e cobriram com lixo que havia no local. A calçadista alegou que lavou o sofá da sala que estava com sangue e posteriormente o vendeu. No dia 28 de janeiro, peritos estiveram na casa da calçadista procurando vestígios, encontrando manchas de sangue no local.

(Rafael Machi)

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