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CIDADE & REGIÃO

02/08/2014

ÚLTIMA HOMENAGEM PARA TIA NÊ

Arquivo/DIÁRIO
Detalhes Notícia
Maria de Lourdes (Nê)

Eu já devia ter uns 12, 13 anos quando descobri que a tia Nê se chamava Maria de Lourdes, é mais ou menos a idade que você percebe que certos apelidos são mais forte que o próprio nome. Maria de Lourdes foi uma exceção ao padrão dos meus avôs, de colocar nome com final “i” (Arci, Alvi, Ivahi, Ari, Ivani, Editi, Edi, Adaici, Darci). Nê sempre foi fácil de pronunciar, aliás, tia Nê. Não consigo pensar no apelido sem o tia no começo. A tia Nê é o tipo de pessoa que parece que sempre foi igualzinha, do jeito que nem se percebe envelhecer. Parece que sempre a conheci do mesmo jeitinho. Por mais de 20 anos convivi com ela, como quem vê todos os dias o seu vizinho em uma cidade do interior, e pelo menos o cumprimenta, afinal de contas somente uma casa separava a minha da dela na Rua Giacomo Paro. A tia Nê tinha uma qualidade que admiro muito, ela cuidava das pessoas, sempre ouvi meu pai dizer que ela cuidou de muito dos irmãos, mas ele não precisava me dizer, por que via isso o tempo todo.
A lembrança mais forte que me vem a cabeça é do ultimo momento que tive com ela, quando a visitei em sua casa, construída por meus avos a cerca de um mês atrás, ela brincava com a Nina, uma cachorrinha que talvez seja a grande alegria que entrou na casa dos meus tios nos últimos meses. Lembro-me de entrar e me sentar no segundo sofá do lado esquerdo, ao lado da tv, ela estava na frente e chamava a Nina que respondia na hora indo à frente dela. Tia Nê chamava e brincava com a Nina como nós as vezes fazemos com bichinhos e bebes. Tenho certeza que muitos primos compartilham algum dos bons sentimentos e lembranças que tenho.
Ficamos tristes por que a tia Nê não está mais conosco, mas assim que soube da gravidade de sua saúde, uma palavra do apóstolo Paulo ficou em minha cabeça, Filipenses 1:21, “Porque para mim viver é Cristo e morrer é lucro”. Se temos fé e acreditamos que depois desta vida há algo infinitamente melhor, sem dor e sem sofrimento, então encontramos o consolo que precisamos neste momento, afinal de contas tenho certeza que a tia Nê está lá, uma mulher que sempre teve seus passos com Cristo, orando, intercedendo pela nossa vida. Choramos pela perda, mas temos o consolo através do Espirito Santo após aceitarmos Jesus Cristo como nosso Senhor. 
Esse é um momento de reflexão, em que amigos e parentes estão próximos, é o momento que podemos pensar em nossas vidas. É um momento de saudade, é um tempo para pensarmos em nossos outros familiares e amigos, aqueles que ainda estão por aqui e que temos a chance, nesta vida, de conversar, nos divertir e pedir perdão. Então não vamos mais deixar o tempo passar. Vamos chorar apenas pela saudade, mas com a certeza de que pudemos viver ao lado desta pessoa por quem hoje temos este sentimento. 
Hoje tenho consciência de que pude passar muito bons momentos com a tia Nê e que aquela mulher que sempre cuidou de todos, hoje está nos cuidados do nosso Pai.

São Paulo, 31 de julho de 2014.

Filipe Pinheiro Lourenço de Almeida
Sobrinho da Maria de Lourdes, carinhosamente conhecida por tia Nê.

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