#Ficapato: Internautas defendem, no Facebook, permanência de aves

DA REPORTAGEM

Repercutiu de forma negativa a informação prestada pela Prefeitura na edição desta quarta-feira (31) no DIÁRIO DE PENÁPOLIS sobre a retirada dos patos do Parque Santa Leonor. A medida, segundo a matéria divulgada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura, atende reivindicação da vereadora Ester Mioto (PSD) e é baseada no Código de Postura do Município. A vereadora passou a ser muito criticada nas redes sociais por internautas que se posicionaram contra a medida do Serviço de Fiscalização da Prefeitura de Penápolis, que notificaria o proprietário das aves para que ele fizesse a retirada delas do parque. Uma página no Facebook intitulada “Os gansos e patos ficam...” obteve pelo menos 250 adesões em pouco mais de três horas. Além disso, a página serviu como principal ponto de manifestação das pessoas questionando a retirada das aves. Entre estes principais meios de manifestação estava à publicação de fotos com crianças tiradas no local. A finalidade era a de mostrar o quanto os patos podem ser dóceis e as crianças felizes em poder se aproximar das aves. Montagens de fotos com patos também se espalharam. Em uma delas, mostra-se a conversa de dois patos questionando o porquê da vereadora não os querer naquele local. Em outra foto, uma mulher foi colocada correndo de um grupo de pessoas estando ela segurando um pato. Até mesmo uma possível manifestação de munícipes na Câmara Municipal durante sessão da próxima segunda-feira (05) começou a ser organizada pelos internautas.  No meio das diversas discussões espalhadas pelo Facebook, também havia a de pessoas que se posicionavam a favor da retirada. Um dos internautas destacou o risco da transmissão de doenças através de pombos que convivem com os patos no parque. Outro internauta diz já ter visto acidentes pelo local por conta da tentativa de patos atravessarem a marginal de forma repentina. Entre o “fogo cruzado”, existem também os internautas que se mostravam neutros em seu posicionamento, mas sugeriam ideias para se amenizar o problema, como a retirada de apenas parte dos patos o a transferência das aves para o Parque Maria Chica, por exemplo, já que se trataria de um local propício e que deixaria as aves fora do alcance das ruas. 

Retirada
Segundo matéria da Secretaria de Comunicação, os riscos referem-se à presença cada dia maior de pombos nas imediações. O que tem os atraído é a alimentação oferecida às demais aves presentes à margem do córrego. As fezes dos pombos transmitem doenças graves, além de ocasionarem diversos dissabores aos moradores e comerciantes, pois sujam demasiadamente telhados, quintais, calçadas e veículos. O chefe da Fiscalização, Laércio Aparecido da Silva, juntamente com o chefe da Vigilância Sanitária e Epidemiológica, Wlademir Marangoni Filho, comentaram que a população de galinhas, patos e gansos cresceu excessivamente, e da forma como está atualmente não é possível mais tolerar. Além disso, a prefeitura também não pode deixar de tomar providências conforme pede o requerimento formal da vereadora Ester. De acordo com ela, além dos riscos de transmissão de doenças e o perigo de se causar acidentes, há uma lei municipal que proíbe a criação de animais em locais públicos. “Eu entendo que os patos no local se tornaram uma atração para muitas pessoas, mas é preciso entender que há um descumprimento da lei. O município não permite este tipo de criação”, citou a vereadora em matéria divulgada pelo DIÁRIO no último domingo (28). A lei citada pela vereadora é referente aos artigos 43 e 44 da seção IV das Medidas Referentes aos Animais constados no Código de Postura do Município, que cita a proibição de criação na zona urbana de aves e outros animais, como bovinos e suínos; além da proibição da permanência de animais soltos nas vias públicas ou locais de livre acesso ao público, como ocorre no Parque Santa Leonor. Sobre as manifestações e até mesmo ofensas contra a vereadora nas redes sociais, Ester não quis comentar o assunto.

(Rafael Machi)