São Paulo busca milagre na Colômbia

Está chegando a hora. Às 21h45 desta quarta-feira, 13, o São Paulo pisa no gramado do Atanasio Girardot, em Medellín, para jogar a partida mais importante do ano: o segundo jogo da semifinal da Copa Libertadores da América diante do Atlético Nacional. A missão são-paulina será das mais complicadas. No jogo de ida, no Morumbi, o São Paulo foi surpreendido pelo time colombiano e perdeu por 2 a 0 em uma partida muito tensa, com direito a expulsão do zagueiro Maicon, que tinha renovado contrato com o clube há poucos dias e é visto com um dos principais nomes do atual elenco tricolor. Para garantir a classificação, o time da capital paulista precisa de uma vitória por três gols de diferença sem tomar gols ou dois gols de diferença se tiver as redes balançadas. Se vencer por 2 a 0, leva a decisão para o penaltis. Se ao passar pelo Atlético/MG, o São Paulo comemorou por ter colocado fim à sina de sete eliminações seguidas para times brasileiros na Copa Libertadores, o time encontrou nas semifinais o segundo cenário mais temido. A Colômbia tem sido entre os países estrangeiros o maior causador de quedas do clube. O Atlético Nacional abriu vantagem na semifinal e pode sacramentar a quarta classificação no século de times do país sobre a equipe do Morumbi. Neste século, em confrontos eliminatórios de competições internacionais, o São Paulo teve 17 derrotas. Destas, 11 foram para equipes brasileiras, entre torneios como Libertadores, Copa Sul-Americana e Recopa Sul-Americana. As quedas para times do exterior tiveram como responsáveis três colombianos, dois argentinos e um clube paraguaio. O Atlético Nacional foi o último algoz colombiano. Em 2014, o time comandado pelo técnico Juan Carlos Osorio eliminou o São Paulo nos pênaltis nas semifinais da Copa Sul-Americana. Em 2007, pela mesma competição, o Millonarios, de Bogotá, levou a melhor sobre a equipe do Morumbi com duas vitórias nos confrontos válidos pelas quartas de final. O Estádio Atanasio Girardot é uma espécie de trunfo da equipe colombiana, mas, curiosamente, nunca foi palco de grandes conquistas continentais do clube. O complexo esportivo onde está localizado o estádio foi inaugurado em 1953 para receber partidas dos dois times da cidade, o Atlético Nacional e o Independiente Medellín. Porém, só o adversário do São Paulo nesta quarta-feira foi quem conseguiu chegar às glórias continentais. Porém, por ironia, a conquista da Libertadores de 1989 veio em Bogotá. Agora, O time do técnico Reinaldo Rueda, por ter a melhor campanha da competição, precisa apenas confirmar a vantagem de 2 a 0 sobre o São Paulo para viver a oportunidade de jogar a segunda partida da decisão em Medellín. Nesta Libertadores, a equipe fez cinco jogos como mandante, com quatro vitórias e um empate. Para fazer valer esse poderio, a equipe colombiana prometeu atacar o São Paulo, para não deixar escapar a chance de agora, como dona da melhor campanha da Libertadores, ver o objetivo ser novamente frustrado. Lugano será uma das novidades da escalação do São Paulo. O defensor vai substituir Maicon, expulso na última quarta-feira. Ídolo dos são-paulinos, que costumam levar aos jogos bandeira do país vizinho para homenagear o jogador, o jogador afirmou que pela experiência em atuar pela seleção uruguaia, já testemunhou viradas no futebol que devem impulsionar o tricolor nesta quarta-feira. Com uma lesão na coxa, o meia Paulo Henrique Ganso desfalca o São Paulo mais uma vez. O técnico Edgardo Bauza descartou a possibilidade de utilizar Alan Kardec, que marcou dois gols na última partida, no time principal, porque teria que mudar bastante o esquema tático da equipe. Assim, a disputa da vaga fica entre Ytalo e Centúrion.

Times
ATLÉTICO NACIONAL: Armani, Bocanegra, Sánchez, Henríquez, Farid Díaz, Mejía, Pérez, Arias, Torres, Moreno, Blaco Ibargüen e Borja. Técnico: Reinaldo Rueda.
SÃO PAULO: Denis, Bruno, Lugano, Rodrigo Caio, Mena, João Schimidt, Wesley, Michel Bastos, Thiago Mendes, Centúrion (Ytalo) e Calleri. Técnico: Edgardo Bauza.
Árbitro: Patricio Polic (Chile).