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ESPORTES

04/04/2010

Matando Saudades... Falando do meu ídolo, Nena! (Primeira parte)

Detalhes Notícia

Na manhã do dia 09 de março realizei o que sonhara desde a minha infância e adolescência. Estava frente a frente, sem a obstrução do alambrado do Tenentão, com o meu ídolo Carlos Alberto Santos Peters, popularmente conhecido como “Nena”. Fui recebido com muita educação e carinho na sua confortável moradia, na Rua Bento da Cruz, aonde criou os seus maravilhosos filhos, com a simpática e humilde D. Edir Marotta Peters, com quem se casou no dia 27 de novembro de 1952, na cidade de Braúna, portanto, há quase 58 anos. Nos anos 60, jovem adolescente de origem muito pobre, trabalhava e reservava parte do salário conquistado para, aos domingos, curtir tudo que a nossa querida Princesa da Noroeste nos oferecia neste dia. Maravilhoso era tomar sorvete nas Sorveterias Oriente e Kubota; ir à matinê no Cine São Joaquim; comer o “sanduba” de pão com mortadela da Padaria Vitória; tomar a sodinha do Lacava e o guaraná Pesquero, nadar no Maria Chica e Lajeado e ir ao Tenentão torcer pelo CAP - Clube Atlético Penapolense. Numa equipe, todos os jogadores são importantes. Entretanto, o mais notado é o goleiro, quando falha, vez que é vilipendiado por todos. O goleiro sempre foi e será aquele que joga no único local onde não nasce grama, na chamada posição maldita. Durante a partida, pode fazer 2821 defesas milagrosas, mas se “tomar um frango” e o time perder passa a ser o principal culpado pela derrota. Só quem o reconhece como o mais carinhoso é a coitadinha da bola, pois enquanto os outros jogadores a maltrata e, de quando em quando, acertam-lhe um bico, o goleiro à abraça carinhosamente e a acaricia com as mãos. Meu ídolo Nena não era frangueiro. Se o atacante conseguisse passar pelo Alfeu, Chiquinho e outros jogadores da defesa, o que era difícil, com certeza encontraria o Nena firme e bem posicionado no gol. Uma verdadeira barreira! Eu, na minha humildade, comparava o Nena com o Gilmar dos Santos Neves, goleiro da seleção brasileira campeã na Suécia em 1958, do Corinthians e do Santos, que infelizmente está muito doente. Nena é filho dos saudosos Adelino Peters e D. Nair Célia dos Santos Peters. O senhor Adelino, que conheci em vida, morava em São Paulo e, após prestar concurso público, assumiu o Cartório do Registro de Imóveis de Penápolis. Nena trabalhou em Birigui e Penápolis no então Banco Bandeirantes e, após concurso, no Cartório de Registro de Imóveis, onde se aposentou. Do casamento com a D. Edir, Deus deu-lhes os lindos filhos, Carlos Alberto (Oficial Cartório); José Mauro (advogado); Vera Lúcia (funcionária pública em Rio Preto); Carlos Eduardo (Doutor em História e Professor Universitário), além de nove netos e três bisnetos. Na casa do Nena fiquei à vontade, e observei deslumbrado objetos e fotos históricas nas paredes. Vi um quadro com uma linda crônica escrita pela sua neta, a jovem Ana Maria Marotta Peters, demonstrando saudade e o amor pelos queridos avós. Não consegui conter a emoção, pois também sou avô e sei o quanto é importante agradecermos todos os dias a Deus por essas pedras preciosas que ele nos envia, que são os(s) netos(s). A inteligente e carinhosa Ana Maria é uma Peters, portanto dispensa mais comentários. Por problema de espaço deixo de publicar a crônica/poesia da Ana Maria. Neste artigo, revelei parte da biografia do querido Nena, meu ídolo, ex-goleiro do glorioso CAP-Clube Atético Penapolense, também conhecido como “O Pantera da Noroeste”. Na segunda parte, que será publicada em breve, continuarei falando deste ilustre esportiva, que se não foi já deveria ter reconhecido oficialmente como cidadão penapolense. Os leitores terão então a oportunidade de melhor conhecer este homem dedicado ao CAP que, nos momentos de dificuldades financeiras dos jogadores, ele e a família não hesitavam em prestar o devido apoio humanitário. Ele é um dos meus ídolos! 

(*) Walter Miranda, Mestrado em Ciências Contábeis pela PUC/SP e Gestão Pública pela UNESP/Araraquara. wm@sunrise.com.br

Foto: Em pé, da esquerda para a direita: Néca, Michila, Jayme, Dica, Gominho, Chico Louco, Nena, Carlota. Agachados: Geso, Alfeu, Dinho, Carlitinho, Carlinhos, Toninho de Glicério, Zé da Égua, Zé Fernandes

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