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ESPORTES

18/04/2010

Matando saudades...

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Falando do meu ídolo Nena (Final)

Como é ótimo, nesta segunda e última parte, continuar falando do meu ídolo futebolístico Carlos Alberto Santos Peters, o goleiro Nena. Na primeira parte deste artigo, publicada no dia 04, falei do Nena contemporâneo, esposo, pai, avô, bisavô, acima de tudo, honesto, digno e humilde cidadão penapolense. Nesta parte final, foco a carreira esportiva deste cidadão, em minha opinião, um dos melhores goleiros que o CAP já teve na sua época, sem esquecer do Cuca e do Macarrão. Eram bons porque, sendo pratas da casa, vestiam a camisa do time, não se importando com vantagens financeiras. Nena iniciou a carreira em 1946, com 12 anos, no time Estrela de Prata. Com 14 anos, junto com o Carlito Peters, seu irmão, já “garimpavam”, como ele diz, um espaço nos treinos do CAP. Em 1949, com apenas 15 anos, Nena já era titular do time junto com o seu querido e inseparável irmão, o saudoso e glorioso “Carlitão”, que na época tinha 16 anos. Nena goleiro e o Carlitão “beque central”. Imaginem a forte retaguarda que o CAP possuía à época pela presença desses dois atletas!? Em 1954, Nena jogou no time do DER (Departamento de Estradas de Rodagens), que naquela época era uma das mais importantes autarquias do Estado, tinha muitos recursos, razão pela qual patrocinava recursos para manter um bom time. Jogou no Rinópolis e depois no Araçatuba, conquistando o título de campeão da série Anchieta da Federação Paulista de Futebol. Na melhor fase da sua carreira, na década de 50, Nena e seu irmão Carlito foram jogar na Portuguesa Santista. Nena jogou quatro meses e teve que retornar a Penápolis, a pedido do pai, Dr. Adelino Peters, para ajudá-lo no Cartório, se separando esportivamente do seu irmão “Carlitão” que permaneceu na Portuguesa Santista e depois foi para o México atuar em importantes equipes, como jogador e treinador. O Nena jogou contra respeitadas equipes, entre elas, o São Bento de Sorocaba e o Botafogo de Ribeirão Preto. No ano de 1955 participou do Campeonato Paulista, jogando contra grandes times na época, como o Ipiranga, Comercial de São Paulo, Jabaquara, Taubaté. Morou dois meses em Santos e depois mudou para São Paulo. Perguntei ao Nena em quais equipes ele mais gostou de jogar. Respondeu que, em Rinópolis e, logicamente, no CAP. Nena revelou-me ainda que, certa época, quando o CAP passou por uma das crises financeiras, ao visitar a República onde residiam seus companheiros e jogadores do time, oriundos de outras cidades, vendo cartazes nas paredes com protestos pela falta de alimentos, mais que de imediato fez compras de mercado e as distribuiu a todos. Com este gesto, o Nena praticara o que Jesus Cristo recomenda em Mateus 25:35: “Tive fome e destes-me de comer”, e “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (João 13:34). Ao saber deste lindo gesto, passei a ser ainda mais fã do ser humano Carlos Alberto Santos Peters. Ao ser questionado sobre qual foi o melhor time no período que jogou no CAP, respondeu sem hesitar que foi o do ano de 1965, a saber: Nena (Macarrão, Cuca, João Miguel); Alfeu-lateral direito (Paulinho Preto, lateral); Chiquinho-Central; Heitor-lateral esquerda; Claércio-apoiador; Tota-centro médio; Beto-ponta direita; Kermes-centro avante ou ponta esquerda; Zé Carlos-armador; Patito-meia direita e João Carlos-ponta esquerda. Nena encerrou a carreira desportiva em 1968. Não gosta de ir ao campo para não ouvir palavrões, comportamento que considera antiesportivo e assédio moral aos jogadores. Prefere assistir às partidas de futebol em casa, pela TV, confortavelmente acomodado, degustando os deliciosos tira-gostos preparados pela esposa, a D. Edir, tomando com muita moderação a sua cervejinha. Agradeço a Deus e Jesus Cristo pelo privilégio de, na manhã do dia 09 de março, ter conhecido um pouco mais a história e da carreira esportiva do meu ídolo, Carlos Alberto Santos Peters, o popular “Nena”. Foi também gratificante conhecer e falar com a D. Edir e seu filho Dr.Carlos Eduardo, professor e doutor em História. Obrigado, Senhor, pelo privilégio de vê-los felizes e saudáveis.

(*) Walter Miranda, Mestrado em Ciências Contábeis pela PUC/SP e Gestão Pública pela UNESP/Araraquara, wm@sunrise.com.br

Foto: Em pé, da esquerda para a direita: Néca, Michila, Jayme, Dica, Gominho, Chico Louco, Nena, Carlota. Agachados: Geso, Alfeu, Dinho, Carlitinho, Carlinhos, Toninho de Glicério, Zé da Égua, Zé Fernandes

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