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27/08/2017

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Goleadas

Um lugar onde a equipe do Fátima não teve mesmo sorte foi no Sanatório Clemente Ferreira, situado entre as cidades de Guaiçara e Lins. Aquele era um hospital para tratamento de tuberculose, só que os jogadores que compunham o time local vinham todos da cidade de Lins. Os internos eram de ambos os sexos e compareciam em peso para assistir aos jogos, mas em nenhum momento entravam em contato com os visitantes. Aliás, não havia contato nem mesmo entre os homens e mulheres. Durante o jogo o pessoal ficava atrás das traves, fora do alambrado, mulheres de um lado e homens de outro. Como não podiam conversar, a comunicação era feita através de mímica com sinais que só eles entendiam, e o papo devia ser bem animado e quente, pois todos riam e se divertiam a vontade. Tinha jogador que prestava mais atenção neles do que no jogo, mas logo a gente se acostumava. A primeira vez que lá estivemos foi no dia 9 de agosto de 1975, que foi num sábado, que era o dia dos jogos, já que aos domingos era dia de visita aos internos. Perdemos de 11 a 1, gol de honra marcado por Rapadura. O primeiro tempo terminou 4 a 0 e a posição de goleiro foi dividida entre Canela e Belussi, e no segundo tempo o goleiro foi o Tigrão, que “aceitava” tudo que ia e foi o responsável por muitos dos gols sofridos. Quando ainda estava 0 a 0, tivemos algumas oportunidades de marcar, mas a bola não entrava. O time foi de Belussi (Dudu), Bijú, Dodô, Pardal (Patinho), Frajola, Zequinha, Toizinho (Rapadura), Pedro (Canela depois Valdir), Cassinho (Marião), Tigrão e Percival (Chico Pinga). A segunda vez em que lá fomos foi no dia 4 de junho de 1977, naturalmente também um sábado. Dessa vez perdemos de menos, ou seja, 10 a 1, gol marcado por Dinho Mendonça, no segundo tempo, quando já estava 6 a 0, e como da outra vez também perdemos boas oportunidades de marcar. Sofremos dois gols no primeiro tempo, sendo que o segundo foi no finalzinho e através de um pênalti inexistente. Na etapa final não deu para segurar, daí a goleada. Jogaram Bijú, Patinho, Chicão, Delton, Dito Cola, Zé Carboni, Claudinho, Dudu, Armandinho, Franguinho e Dinho. Havia um boato divulgado por outras equipes dizendo que os jogadores locais não faziam quase nada no primeiro tempo do jogo. No intervalo era servida uma laranjada bem gelada que, segundo os boateiros, devia possuir algum ingrediente extra que deixava os jogadores visitantes moles e sem poder de reação. Combinamos então não bebê-la, mas na hora em que ela foi servida não foi possível resistir, pois o calor estava demais e o refresco até que desceu bem. É certo que levamos duas goleadas, mas podemos afirmar com certeza que não havia nada de suspeito. É que o time local era bom mesmo e segundo ficamos sabendo, não perdia de ninguém e as goleadas eram frequentes. Para a realização desses dois jogos, fomos no caminhão do Divaldo Gordo. Na primeira vez o Tarzã foi impedido de entrar no sanatório porque era menor de idade e teve de ficar esperando lá na portaria. Já na segunda vez, por precaução, ele ficou agachado e quietinho no meio da turma e conseguiu entrar e assistir o jogo. Só não gostou do resultado do mesmo. 

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