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25/11/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Invasão de cemitério

De vez em quando a imprensa noticia casos de invasão de cemitério, geralmente com depredação, violação e roubo de objetos dos túmulos. As pessoas se revoltam com esse vandalismo, principalmente os familiares, cujo túmulo foi violado. Os mais supersticiosos dizem que isto é sinal do fim dos tempos, outros dizem que é sacrilégio e por aí vai. Na verdade, invasão de cemitério é mais antiga e comum do que se imagina e se realmente fosse final do fim do mundo, o mesmo já teria acabado há muito tempo, pois o costume é antiguíssimo, mas que atualmente cresceu enormemente. Mas qual o motivo que leva alguém a invadir o chamado “campo santo”? Não existe apenas um perfil de invasor e sim vários tipos de personalidade. Tem o curioso que quer ver como é lá dentro a noite; tem os que apostam entre os colegas para ver quem tem mais coragem; tem o macumbeiro que aproveita o “cobertor” da noite para fazer seus despachos e para não voltar de mãos vazias traz um saquinho de terra e se achar no jeito, também pega algum pedacinho de osso, cabelo, roupa, etc...; por incrível que pareça tem também os amantes excêntricos que tem ali o melhor lugar para seus encontros amorosos e tem ainda os viciados que sabem que lá dentro não serão importunados. O mais comum dos invasores são mesmo os vândalos rebeldes sem causa que por algum “defeito” mental se realizam quebrando e destruindo telefones públicos, placas, galhos de árvores, etc... Há alguns anos atrás muitos cadáveres eram enterrados com dentes de ouro e não raro os próprios coveiros ou familiares do morto voltavam a noite para retirá-los. Desde sempre e hoje ainda mais, existem os verdadeiros ladrões cujo único objetivo é auferir lucros com a venda de cruzes, estátuas e vasos de bronze que ornamentam os túmulos. Como as flores são de plástico sem prazo de validade, elas são estocadas para serem vendidas no dia de Finados e a maior parte do dinheiro apurado é para a compra de drogas. Antigamente as pessoas diziam que o cemitério nem precisaria de muro porque quem estivesse de fora não ia querer entrar e quem estivesse lá dentro não conseguiria sair só que para os ladrões de hoje nem muro alto com concertina os segura. O receptador que compra esses objetos deveria ser punido bem mais severamente, porque não pode alegar que não sabia a procedência ilegal dos objetos. Quando alguém aparece vendendo materiais usados de construção (portas, janelas, madeiras), eles foram retirados da demolição de casas, prédios, etc.. Mas ninguém pode dizer que desmanchou ou demoliu um cemitério. Antigamente era proibido dissecar cadáveres mesmo que fosse para estudos científicos sendo que o infrator poderia até ser condenado à morte. Felizmente sempre houve os destemidos cuja curiosidade científica era maior que o medo de ser punido, desafiavam o perigo e realizavam às escondidas os estudos em cadáveres, resultando daí a descoberta da cura de centenas de doenças. Os estudiosos então encarregavam certas pessoas de trazerem a encomenda (cadáver) e essas pessoas, geralmente sem escrúpulos e de olho no pagamento agiam sem demora. Quando não encontravam ninguém morto pelas ruas o jeito era ficar de plantão na porta do cemitério para ver se chegava algum enterro para então a noite ir exumar o morto. Quando a encomenda era de urgência, as quadrilhas davam um jeito delas mesmos “fabricarem” o produto, ou seja, o defunto. Hoje isso não é mais necessário porque há outras maneiras de estudar o corpo humano e com a mudança de mentalidade muitas pessoas doam em vida, seus corpos ou seus órgãos para estudos ou utilização em transplantes, prática impensável na “época das trevas”, quando a Igreja ditava as regras e a maioria das pessoas tinha medo até da própria sombra.

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