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10/04/2016

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Reprodução
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Memórias do Carboni: Virsso Preto

Seu nome era Wilson Carlos da Silva, mas, para os colegas era simplesmente Virsso Preto. Jogou na equipe do Fátima durante muitos anos, desde a década de 70 e nas tardes livres acompanhava a turma nas caminhadas pelas matas da redondeza, sendo uma pessoa muito alegre e brincalhona. Todo mundo gostava de sua companhia. Jogava na ponta esquerda e numa das várias vezes que fomos jogar no Bairro Córrego dos Pintos, teve um lance em que a bola saiu prensada e caiu em um mato ao lado do campo. Alguns torcedores, talvez já passados da meia idade, se dispuseram a buscá-la e o Virsso começou a assoviar como se estivesse chamando cachorro, e, isso desagradou e muito os tais torcedores e mais alguns que presenciaram a cena, que queriam pegá-lo de qualquer jeito. É claro que o Virsso não ficou esperando para ver e deu no pé, pegando a estrada de volta, vindo a esperar o caminhão um pouco distante do campo. Um dia ele estava no Bar do Adriano saboreando uma “branquinha” e jogando conversa fora e lá também estava o Jovino, sentado em um banquinho e com um copo na mão. Conversa vai, conversa vem, o Jovino começou a falar de sua vida pessoal. Era bem conhecido e fazia parte da turma há longo tempo, sendo torcedor fiel da equipe, e, seus filhos eram jogadores da mesma. Sua vida era bem conhecida, mas, mesmo assim, resolveu contar um pouco mais. Disse que depois de se separar da esposa, passara uma época bem difícil, já que não era aposentado e não tinha condições de trabalhar. Depois de um tempo nessa situação, ele encontrou uma senhora viúva aposentada, se encontraram um no outro e resolveram morar juntos na casa dela. Contava que agora sim estava com a vida mansa. Ao contrário da fase ruim que passara, agora tinha comida quente, roupa lavada, cigarro e até um dinheirinho no bolso para custear suas biritas. O Virsso era muito extrovertido e não perdia nenhuma oportunidade de fazer uma brincadeira, um piada ou gozação. Quando ele ouviu a narrativa do Jovino, ele não perdeu tempo e disse: “poxa Jovino, eu estou na mesma situação em que você estava, tendo de virar a cueca ao avesso dia sim dia não, você não quer me emprestar essa mulher por uns 15 dias para ver se ela me endireita também?” O que impediu o Jovino de cair do banquinho de surpresa foram suas longas pernas apoiadas no chão. Pagou a pinga que tomara e saiu resmungando que estava falando sério e vinham com gozação para cima dele. Tempos depois, o Virsso ficou gravemente doente e nem isso fez ele perder seu bom humor. Infelizmente foi vencido pela doença e faleceu no dia 15 de novembro de 2011, aos 63 anos de idade. O tempo passa e leva com ele os amigos.

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