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01/04/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagens/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Cenas da vida real – a simpatia

Desde que surgiu na face da terra, o ser humano sempre foi dominado e fascinado por superstições e simpatias as mais variadas, sendo as mais importantes aquelas que dizem respeito ao futuro, saúde, religião e naturalmente, o sexo. O tempo passou e a humanidade evoluiu, mas as superstições continuaram fortes apesar de um pouco modificadas. Como exemplo, podemos citar o grande número de pessoas que acreditam em horóscopo, leitores de sorte (baralhos, mãos, copo d’água, etc..) e videntes. É enorme também a quantidade de pessoas que acreditam e fazem as tais simpatias e não deixam de acreditar, mesmo quando não obtém bons resultados. Mas, de todos os fiéis das simpatias, com toda certeza, o Virgolino exagerou. O que ele fez garanto que seja um caso único no mundo. Ele era o pai da Soninha, moça arretada de boa, saindo da adolescência, cobiçada pela rapaziada, só que ninguém era corajoso o suficiente para duvidar da pureza da menina tal a vigilância exercida pelo pai. Com toda certeza ela um dia se casaria “moça”. Um dia o Virgolino amanheceu com dores nas costas e no barzinho da esquina, rodeado de amigos, começou a queixar-se das dores na coluna e entre uma dose e outra, foram apresentadas várias receitas de remédio. Desde sebo de carneiro, mastruz e banha de jegue, até óleo de peixe elétrico e chocalho de cascavel. Entre tantas sugestões, uma em especial chamou mais atenção. Ela pode ter sido dita em tom de gozação ou delírio de algum “bebum”, só que o Virgolino acreditou e isso ocasionou uma grande modificação na sua vida. Dizia o seguinte a tal simpatia: se um homem que estiver com dores nas costas deitar-se de bruços no chão e pedir a uma filha ainda virgem que dê vários pulinhos por cima dele, a dor passará em poucas horas. Era uma simpatia realmente eficaz, afirmavam. O Virgolino achou bem mais fácil fazer esta simpatia por ser limpa e ele já ter o remédio (a Soninha) em casa. Chegou, chamou a filha e explicou o que ela deveria fazer e o porque daquilo. Deitou-se no chão e a menina começou a pular de um lado a outro conforme o ensinado, só que um tanto desajeitada e, mais ainda, pouco a vontade, pois o pai não era lá de dar certas liberdades aos filhos. Em todo o caso, fez o que pôde e o “velho” ali concentrado, mentalmente, tentando atrair para si bons fluídos para a cura ser mais rápida. Já terminada a simpatia, o “Virgo”, como era carinhosamente chamado pela esposa e pelos amigos, foi dormir acreditando que quando acordasse já estaria curado. Mas, o que aconteceu foi que no dia seguinte ele acordou com dores ainda mais intensas, mas, não teve o bom senso de raciocinar o motivo das dores, que bem poderia ser o colchão, já passado da aposentadoria, agravado pelo fato dele ter passado a noite numa mesma posição de semi-imobilidade para não forçar muito as costas. Só que seu raciocínio foi bem diferente. Na sua cabeça a simpatia só não deu certo, porque a virgindade da sua filha “já era”. Chamou a filha e apesar das dores intensas, deu-lhe uma tremenda surra, deixando a promessa de dar-lhe outras mais. Podemos até afirmar com certeza que a Soninha não teve poderes para curar as dores lombares de seu pai, mas que ela curou a lombriga do namorado, ah, isso ela curou, pois no mesmo dia da surra ela fugiu de casa e só voltou meses depois para mostrar o novo nenê à família. 

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