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CIDADE & REGIÃO
21/09/2014
Trabalhos com pianos fazem parte da vida de penapolense
DA REPORTAGEM
Quem nunca se encantou com o som de um piano? Poder tocar e encantar com um instrumento como este é uma habilidade que requer muito preparo e dedicação. Agora, imagine saber trabalhar e conhecer a fundo o mecanismo de um piano, garantindo assim sua perfeita harmonia de notas e som na qual estamos acostumados a ouvir. Esta é a rotina do penapolense João Marcos Peres Eccheli. Ele é técnico afinador, além de especialista em reformas e restauração de pianos. No ramo desde criança, João aprendeu com o pai afinar e reformar um piano. Na família, seu avô iniciou a técnica. João explicou que seu avô veio da Áustria na década de 40, ele fotógrafo, mas ao conhecer um amigo que afinava pianos começou a trabalhar com ele e assim descobriu sua nova paixão, que passou pelas gerações seguintes. “Comecei a trabalhar com meu pai quando tinha apenas 12 anos, sempre gostei muito. Este serviço continuou comigo e meus irmãos, e até hoje pratico isso com muito gosto”, revelou. Por conta da experiência, João se tornou referência e com isso realizou muitos trabalhos em diversas partes do país, chegando a ficar 25 dias fora de casa. Hoje, ele possui oficina própria em sua casa, é a Penápolis Piano (Pepi Pianos). “Antigamente o piano era um instrumento muito desejado pelas pessoas. Minha família tinha loja especializada e chegamos a vender um por dia. Hoje não é mais assim, apesar de ainda ser um instrumento que chama muito a atenção por seu som e formatos”, disse. Entre os mais comuns estão os pianos de cauda (horizontal) e o de armário (vertical). Segundo ele, para se afinar um piano é preciso muita atenção e experiência. “Quando se afina um piano, é preciso conhecer o som das cordas, neste ponto a experiência é fundamental para que se tenha um bom resultado”, acrescentou. João ressaltou que é necessário gostar muito do que se faz. “Cresci trabalhando com pianos. Hoje sou formado em outra área, mas é com os pianos que gosto de trabalhar, isso também é fundamental para que se realize um bom trabalho, gostar do que se faz e fazer por amor”, ressaltou. Além da afinação, João trabalha com a reforma de pianos, em sua oficina existem cerca de 20 pianos que estão passando por reformas e restauração, trabalho para um longo período. “Uma reforma de um piano, dependendo do estado do instrumento, pode demorar até seis meses. Tudo tem que ser feito detalhadamente e com bastante cuidado, este é um tipo de trabalho para que o piano seja valorizado e não depreciado”, afirmou. Ele explica que muitos dos pianos que estão sendo feitos hoje em dia são produzidos com madeira mdf, o que torna a restauração bastante inviável. Para ele, poder concluir uma reforma e ver um resultado com qualidade, é algo muito gratificante. “São poucas as pessoas que realmente são qualificadas para este tipo de trabalho, é necessário muita experiência. No meu caso nasci dentro disso e vivencio até hoje, quando concluo um trabalho tenho a sensação de missão cumprida, sinto uma satisfação muito grande, o que me deixa muito contente”, finalizou.
(Rafael Machi)
Saiba mais sobre os pianos
O piano foi inventado por Bartolomeo Cristofori em Florença, Itália. A data da construção do seu primeiro piano não está bem definida, mas acredita-se que um dos primeiros pianos foi feito por volta do ano 1700. Cristofori construiu apenas cerca de vinte antes de falecer em 1731; os três que ainda sobrevivem datam de 1720. Os primeiros instrumentos de Crosofori eram feitos com cordas finas, e muito mais silenciosos, que o piano moderno. No entanto, em comparação com o clavicordio (o único instrumento de teclas anterior capaz de nuances dinâmicas) o som era consideravelmente mais alto, com um grande sustain. Os pianos modernos, embora não se diferenciem dos mais antigos no que se refere aos tons, trazem novos formatos estéticos e de materiais que compõem o instrumento. O piano é amplamente utilizado na música ocidental, no jazz, para a performance solo e para acompanhamento. É também muito popular como um auxílio para compor. Embora não seja portátil e tenha um alto preço, o piano é um instrumento versátil, uma das características que o tornou um dos instrumentos musicais mais conhecidos pelo mundo. O som é produzido por peças feitas em madeira e cobertas por um material (geralmente feltro) macio e designados martelos, e sendo ativados através de um teclado, tocam nas cordas esticadas e presas numa estrutura rígida de madeira ou metal. As cordas vibram e produzem o som. Como instrumento de cordas percutidas por mecanismo ativado por um teclado, o piano é semelhante ao clavicórdio e ao cravo. Os três instrumentos diferem no mecanismo de produção de som. Num cravo as cordas são beliscadas. Num clavicórdio as cordas são batidas por martelos que permanecem em contacto com a corda. No piano o martelo afasta-se da corda imediatamente após tocá-la deixando-a vibrar livremente. O piano de cauda tem a armação e as cordas colocadas horizontalmente. Necessita por isso de um grande espaço, pois é bastante volumoso. É adequado para salas de concerto com tetos altos e boa acústica. O piano de armário tem a armação e as cordas colocadas verticalmente. A armação pode ser feita em metal ou madeira. Os martelos não beneficiam da força da gravidade.
(Fonte: Wikipédia)
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