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CIDADE & REGIÃO
30/09/2009
“Kuik” é condenado a 13 anos de reclusão
O Tribunal do Júri de Penápolis condenou ontem em 13 anos de reclusão em regime fechado o réu Edmar de Oliveira, 27 anos, conhecido pelo apelido de “Kuik”, acusado de participação no homicídio de Eduardo de Aguiar, que era conhecido pelo apelido de “Rato”, morto no dia 19 de novembro de 2000 aos 27 anos de idade. Presidido pelo juiz Rodrigo Chammes, o Conselho de Sentença, através de sorteio, foi formado por quatro mulheres e três homens. A acusação mais uma vez ficou a cargo do promotor Dório Sampaio Dias e na defesa o réu contou com os advogados Antônio Carlos Oberg, que foi auxiliado por André Tarabini. O crime foi cometido, além de Kuik, também por Antônio Marcos Soares Correia, o “Quito”, que devido ao desmembramento do processo já havia sido julgado e condenado a cumprir uma pena de reclusão de 12 anos. Ao ser interrogado ontem o acusado confessou ter sido um dos autores dos vários disparos que vitimaram fatalmente a vítima. Na época dos fatos, apesar de não ter sido preso em flagrante, os autores tiveram as prisões decretadas e cumpridas. No caso de Kuik, parcialmente, já que ele conseguiu fugir da Cadeia Pública de Guararapes e permaneceu foragido por vários anos. Ele acabou sendo preso após ter participado de um assalto em Bauru, onde foi preso. Somente alguns anos depois é que os policiais descobriram seu paradeiro, já que durante o roubo ele utilizou o nome falso de Edmar Faria.
O crime
O assassinato ocorreu por volta das 14h00 em um bar na avenida Expedicionário Diogo Garcia Martins, na Vila Aparecida, e teria sido motivado por desavença entre os envolvidos, que até então eram considerados como amigos. Segundo o que foi apurado, Quito teria emprestado uma arma para Eduardo e este a acabou perdendo durante uma blitz realizada por policiais militares. Quito estipulou que a vítima teria que pagar R$ 300,00 pela arma, o que não foi aceito por Eduardo. A partir de então a inimizade ficou instalada entre os envolvidos com constantes ameaças, segundo o réu, por parte de Eduardo. Ao depor ontem o réu confessou que três dias antes do crime Eduardo teria tentado matá-lo à tiros, porém saiu ileso do atentado. Ele teria preferido não registrar o caso na Polícia. Já no dia do homicídio, Quito teria sido esfaqueado por Eduardo, o que levou a dupla a se unir para planejar o assassinato.
Eduardo, ao ser moto, estava sentado em um banco dentro do bar, quando Quito, encapuzado, a princípio invadiu o estabelecimento e passou a efetuar os disparos com um revólver calibre 38. Na sequência, já com a vítima ferida e caída ao solo, foi a vez de Kuik, com uma camisa enrolada no rosto, efetuar disparos com uma arma calibre 32 em direção à cabeça de Eduardo. Ao depor ontem, entretanto, Kuik, que completou 18 anos justamente no dia do assassinato, negou a versão de que teria emprestado a arma para vítima, o que teria resultado na desavença entre os envolvidos. (SRF)
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