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CIDADE & REGIÃO

11/06/2017

Youtube: Produção de alunos chega a mais de 540 mil visualizações

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
A produção dos curtas são dos próprios alunos, que são orientados pelo professor Tony Carlos

DA REPORTAGEM

Nesta semana, o DIÁRIO DE PENÁPOLIS divulgou a realização do 2º Festival de Cinema Mudo promovido pela escola municipal “Professora Harume Kubota da Silva”. O evento serviu para divulgação e exibição de 16 filmes de curta metragem elaborados pelos alunos do 4º e 5º Anos daquela escola.
Entretanto, o que poucos ainda sabem é que o projeto, desenvolvido pelo professor de Teatro Tony Carlos, tem se destacado cada vez mais no município e ganhado projeções em todo o Brasil.
Um dos vídeos, de nome “Posso ir ao banheiro?”, produzido pelos próprios alunos da escola, já havia sido visualizado por mais de 540 mil vezes através do Youtube. “O número de visualizações deu um salto no período de menos de um mês, subindo de cerca de 100 mil para mais de meio milhão de visualizações, o que nos deixa muito felizes em ver que nosso trabalho está sendo divulgado e conhecido por tanta gente pelo Brasil”, comentou o professor.
O vídeo se passa dentro de uma sala de aula onde a professora passa o conteúdo na lousa para que os alunos o copiem. Uma das alunas, vendo a necessidade de ir ao banheiro, pede autorização para a professora, que diante da recusa, acaba urinando na cadeira, sendo “zombada” pelos demais colegas da sala. “A história foi uma criação dos próprios alunos. Eles são responsáveis pelo roteiro, as ideias, e eu apenas dou o suporte técnico e faço a filmagem, por isso, o vídeo ficou da forma como eles gostariam de transmitir a mensagem”, disse. 
De acordo com o professor, o vídeo foi criado há cerca de dois anos e até então não tinha tamanha repercussão. “Desde quando o criamos, o colocamos no Youtube, mas sua visualização era de cerca de duas ou três mil vezes. De alguns meses pra cá, este número cresceu e nos surpreendeu ao chegar à marca de 100 mil. Para nosso espanto ainda maior, em cerca de três semanas este número saltou para meio milhão, o que nos deixou muito felizes. Isso mostra o reconhecimento do trabalho das crianças, seu esforço em produzir, filmar este curta. Isso deve ser motivo de orgulho para todos da escola”, acrescentou.
Ele revelou também que o vídeo possui muitos comentários, sendo a maioria deles de outras crianças que acabam identificando a situação exposta no vídeo. “Talvez seja por isso que número de visualizações tenha crescido desta forma. Muitas crianças comentaram que acabam se identificando com a situação. Acho que também é pelo fato delas verem a professora como a autoridade da sala. Quem nunca vivenciou uma situação de ter que pedir para a professora e ela não deixar ir ao banheiro naquele momento?”, explicou. 
Para o aluno Gabriel da Silva Nadi, de 10 anos, ter um vídeo com toda esta divulgação é algo considerado por ele como incrível. “Foi algo que nos surpreendeu muito e que foi muito comemorado. Acho muito legal esta ideia de ficarmos conhecidos por um vídeo que nós mesmos produzimos. É algo nosso”, afirmou. 

Mini Astros
O projeto de criação de vídeos produzidos pelos próprios alunos foi chamado de “Mini Astros” e surgiu há cerca de quatro anos com o intuito de estimular os alunos de forma diferente. “Através do projeto, eles podem dar sua próprias ideias e fazer suas próprias produções dentro das possibilidades. Depois disso, eles ainda têm a oportunidade de assistir aos resultados, isso os cativa muito e os incentiva para as próximas produções”, afirmou o professor Tony. 
Hoje, o projeto possui 37 vídeos produzidos por eles e a ideia começou com vídeo “Pânico no campinho ao lado da minha escola”. “Por ser uma produção deles, onde eles têm toda liberdade de criação, grande parte dos vídeos produzidos acaba sendo de terror ou suspense. É o que eles mais gostam de produzir”, acrescentou. 
Todos os vídeos são produzidos sem grandes recursos tecnológicos e de equipamentos, sendo gravados com um telefone celular. “Escolhemos esta opção por ser mais prático e de maior mobilidade. Além disso, o celular é um aparelho que quase todos têm hoje em dia e que as próprias crianças podem usar para suas produções. Hoje ainda sou eu quem filma cada produção, mas a ideia é de que, com a experiência adquirida por elas, cada criança possa fazer sua própria filmagem”, ressaltou.
O projeto é aplicado dentro e fora da escola Harume Kubota e conta com o apoio da direção escolar através da diretora Elisângela Aparecida Galante. Além disso, a ideia conquistou os alunos. “Gostamos muito, pois, além de aprendermos mais, ainda temos a oportunidade de interação uns com os outros, o que tem sido muito divertido”, disse a aluna Layssa Souza Araújo, de 10 anos.
A produção dos curtas envolve direta e indiretamente os 270 alunos da escola. Entre eles, Rian Ricardo Richart, também de 10 anos. “Gosto muito de trabalhar com os vídeos. Aprendo muita coisa sobre cinema e sua produção. É uma maneira divertida de aprender sobre algo diferente, que nunca havíamos trabalhado antes”, disse. 
Os víodeos podem ser conferidos no canal do professor Tony Carlos, no Youtube ou através da página na internet: http://projetominiastros.wixsite.com/mini .

(Rafael Machi)

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