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CIDADE & REGIÃO

07/08/2020

Violência contra a Mulher: Penápolis registra aumento de 61% em medidas protetivas durante isolamento

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Delegada de Polícia, Maria Salete Cavestré Tondatto e Presidente do Condim, a psicóloga Lia Maura

Desde o início do isolamento social por conta da pandemia da Covid-19, órgãos internacionais de proteção de mulheres alertam para o aumento de casos de violência doméstica em todo o mundo. Em Penápolis, a Delegacia da Defesa da Mulher aponta um aumento de mais de 61% do número de pedido de medidas protetivas efetuadas nesse período.  
Diante esse cenário global e local, o Comdim – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher busca orientar a comunidade penapolense a fim de proteger as mulheres e seus filhos dessa situação de agressão, visto que é necessário fazer a denúncia dos casos de violência contra a mulher. 
De acordo com a presidente do Comdim, a psicóloga Lia Maura Camilo Bezerra, por conta do isolamento social, quando as pessoas passam a maior parte do tempo dentro de casa, os relacionamentos abusivos e agressivos têm se agravado. “Nesse período, o casal está fisicamente mais próximo, com os ânimos acirrados e por consequência, a agressão acontece com maior frequência e muitas vezes, na frente dos filhos que também estão isolados em casa”, analisou. 
A psicóloga Lia Maura, Especialista na área de Violência Doméstica, ressalta que é preciso denunciar os casos de agressão. “A denúncia pode ser feita pela própria vítima. Mas caso ela seja impedida pelo seu parceiro de sair de casa ou fazer ligações, outra pessoa pode denunciar, seja ela um parente, vizinho ou amigo. Por isso todos precisamos estar atentos aos sinais de agressão para proteger as mulheres”, ressalta. 
Dentre os sinais que identificam que uma mulher está passando por situação de violência doméstica estão: brigas constantes, manchas roxas pelo corpo, tristeza, deixa de conversar com outras pessoas, entre outros.

Ocorrências 
Segundo levantamento realizado pela Delegada de Polícia, Maria Salete Cavestré Tondatto, titular da Delegacia da Defesa da Mulher de Penápolis, de março a junho de 2020, houve um aumento de mais de 61% do número de medidas protetivas, comparada ao mesmo período do ano passado e meses anteriores. Os números de registros de boletins de ocorrência de violência contra a mulher e de prisões em flagrantes se mantiveram praticamente os mesmos. 
De março a junho de 2019, foram registradas 115 ocorrências, 10 flagrantes e 39 medidas protetivas. No mesmo período de 2020 (março a junho - durante o isolamento social), foram registradas 110 ocorrências, 11 prisões em flagrantes e 63 medidas protetivas. De novembro de 2019 a fevereiro de 2020 (meses antes do isolamento social) foram registrados 115 boletins de ocorrência, 09 flagrantes e 34 pedidos de medidas protetivas. 
Dentre os registros de ocorrência de violência contra a mulher a maioria é de ameaça (mais de 60%), na sequência vêm as ocorrências de lesão corporal (cerca de 30%), vias de fato, crime contra a honra, entre outros. 

Isolamento
Conforme analisou a delegada Maria Salete, o isolamento social está trazendo consequências que acentuam a violência doméstica. “Temos notado crescentes desavenças por causa do alcoolismo, dificuldades econômicas, ciúmes por conta de redes sociais, entre outras situações que têm se potencializado no isolamento, quando os companheiros estão mais dentro de casa”, comentou. 
Para ela, o aumento do número de medidas protetivas mostra que a mulher está mais vulnerável nessa situação e precisa se proteger. “Conseguimos a medida protetiva de 24 a 48 horas e assim, o companheiro precisa sair de casa ou se já estiverem separados, não pode procurar a vítima, o que aumenta a segurança e proteção da mulher e filhos”, explicou a delegada. 

Denúncia
A delegada Maria Salete ressalta que é importante denunciar os casos de violência logo na primeira agressão. “Normalmente a mulher vítima de violência sofre há anos com agressões até procurar ajuda. Precisamos colocar um fim nos casos de violência doméstica”, disse. 
Para denúncia de violência contra a Mulher, a pessoa pode procurar da Delegacia da Mulher que fica na avenida Bento da Cruz, 223 – centro, ao lado do 1º Distrito Policial; o horário de funcionamento é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira; aos finais de semana, procurar o Plantão Policial. 
As ocorrências também podem ser registradas pela internet, na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil; ou ainda pelo telefone da Delegacia da Mulher (18) 36521951, onde pode ser feita denúncia anônima. 

Secom – PMP

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