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CIDADE & REGIÃO

07/11/2008

Violência : População e autoridades discutem problemas e soluções

Estratégias e ações para o combate à violência em Penápolis foram discutidas ontem pela manhã no auditório da Casa do Advogado. O encontro, que foi aberto ao público, contou com a participação de vítimas de delitos, membros do Ministério Público, Prefeitura, Câmara, imprensa, clubes de serviços e empresários, entre outros. A mesa que conduziu os trabalhos foi composta pelo presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança), João dos Santos, o Jaó; presidente da Câmara de Vereadores Ivan Sammarco; prefeito João Luis dos Santos; João Luiz Buzinaro, presidente da 78º Subseção da OAB; Carlos Henrique Cotait, delegado seccional da Polícia Civil de Araçatuba; Rodrigo Chammes, juiz da 1ª Vara do Fórum da Comarca de Penápolis; promotor Marcelo Sorrentino Neira e o Comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar da região, tenente coronel Paulo Arcanjo da Cruz. O promotor Marcelo Sorrentino Neira foi o primeiro a se pronunciar e disse que é preciso encontrar uma solução urgente para o problema da violência. "Em 2000 era raro um assalto à mão armada na cidade, hoje isso virou rotina", disse. Neira ressaltou que na periferia é grande o tráfico de entorpecentes e que muitos dos delitos praticados são cometidos por pessoas de outras cidades. O promotor defendeu a união de esforços da Polícia Militar e Civil no combate aos criminosos, inclusive com o retorno da Força Tática.

Criminalidade
Para o delegado seccional da Polícia Civil de Araçatuba, Carlos Henrique Cotait, chama a atenção o aumento excessivo de roubos a mão armada. "Em Penápolis, os roubos aumentaram 216%", cita. Cotait elogiou o trabalho realizado pelo delegado do município Mauro Gabriel na tentativa de inibir a ação dos bandidos, até mesmo criando o GOT (Grupo de Operações Táticas). O delegado seccional afirmou que pretende contribuir com o movimento que visa diminuir a criminalidade em Penápolis, enviando a equipe do Garra daquela cidade sempre que isso for possível.

Lei Seca
Já o prefeito João Luís disse que o indulto concedido pelo Governo do Estado tem contribuído para o aumento da violência. "No Dia de Finados, por exemplo, 1.700 presos ganharam liberdade provisória. João Luis defendeu a "Lei Seca" no município, e, como sugestão afirmou que o horário de funcionamento de bares poderia ser restringido. Durante as discussões foi questionado a possibilidade de criação da Guarda Municipal. João Luís explicou que a Prefeitura Municipal não tem recursos suficientes para a criação do serviço, uma vez que tem todo o seu orçamento comprometido. O prefeito João Luis causou um certo constrangimento entre os presentes ao afirmar que se a criação da Guarda Municipal for apontada como a melhor solução para o combate à violência, terá que aumentar os impostos para mantê-la.

Números
Durante a reunião, o capitão da Polícia Militar de Penápolis, Paulo Augusto Motooka, apresentou um mapa estatístico sobre os crimes cometidos na cidade. O oficial destacou que a corporação trabalha com seis modalidades de policiamento e que o centro da cidade e adjacências, alvos preferidos dos assaltantes, recebem atenção especial. "A PM também tem atendimento voltado à escolta de presos, Proerd, Operação Caça-Níqueis, eventos esportivos e festas de peão", disse. "Isso faz com que policiais que poderiam ser empregados na segurança da população sejam desviados para outras funções", concluiu.
Motooka minimizou a preocupação da população ao fazer comparações dos delitos cometidos nos últimos quatro anos. Em 2004, por exemplo, foi registrado apenas um homicídio; em 2005, 10; em 2006, 6; em 2007, 4; e 2008, 2. Em relação aos furtos, em 2004 foram 1.199; em 2005, 1.125; em 2006, 1.106; em 2007, 1.322 e em 2008, 829. Para o oficial da PM, apenas o furto e roubo de veículos tiveram aumento significativo. Em 2007 foram 8 e este ano 16. O roubo de veículos pulou de 84 em 2007 para 115 este ano. Motooka rechaçou o comentário de que a prioridade da PM é o policiamento de trânsito. "As nossas viaturas percorrem a cidade toda, fazendo constantes abordagens em pessoas em atitudes suspeitas", finalizou.

Sugestões
Entre as soluções para o combate a violência, foi unanimidade a volta da Força Tática e a implantação da "Lei Seca" no município. O presidente da Câmara de Vereadores, Ivan Sammarco, se colocou à disposição para implantar a "Lei Seca" e revelou que se for da vontade da maioria da população ela poderá ser aprovada em até 10 dias. Sobre a volta da Força Tática, Ivan enfatizou que já foi feita uma infinidade de  pedidos para a sua efetivação, mas até o momento não houve uma resposta positiva. O promotor Dório Sampaio Dias solicitou o retorno da Força Tática diretamente ao Comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar da região, tenente coronel Paulo Arcanjo da Cruz, que afirmou num primeiro momento não ser possível o atendimento do pedido. No entanto, logo em seguida revelou que vai estudar com carinho a solicitação, podendo deslocar a equipe de Araçatuba para Penápolis em dias e horários considerados de risco.  "Não podemos deixar a Força Tática definitivamente em Penápolis, já que ele cobra uma área composta por 31 municípios", destacou.

"Sociedade pode contribuir com o trabalho da Polícia", diz coronel

Em entrevista concedida à imprensa, o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de Araçatuba, Tenente-Coronel Paulo Arcanjo da Cruz, disse que o movimento feito pela população e autoridades é de tem grande significado, já que está se buscando a solução de um problema que atinge à todos. "A segurança pública é dever do Estado, mas, a sociedade pode contribuir de alguma forma com as forças policiais no exercício de suas funções", diz. Com relação a atuação dos policiais de Penápolis,  o oficial afirmou que eles atuam de forma dinâmica e estão sempre onde a presença da PM é necessária. O Tenente-Coronel também não concorda com a informação de que a Polícia Militar está mais preocupada em fiscalizar o trânsito do que percorrer os bairros para um trabalho preventivo. "Também é função da Polícia Militar fiscalizar o trânsito e encontrando alguma irregularidade com o veículo ou seu condutor, é obrigada a fazer a autuação sob pena de prevaricar caso agisse de forma diferente, no entanto, isso não significa que a prioridade é o trânsito", disse. (IA)

Homem sofre enfarto e falece durante manifesto

Durante o encontro realizado ontem na Casa do Advogado, um fato triste deixou todos consternados. O munícipe Cláudio Alberto Pereira, 71 anos, pai do comerciante Cláudio Alberto Pereira Júnior, 36, baleado recentemente num assalto à sua sorveteria, participava do encontro, prestando depoimento pessoal e sugerindo algumas ações contra a violência. Cláudio contou detalhes do assalto contra o filho, que foi baleado no estômago e está hospitalizado. Ele também acabou sendo atingido de raspão por uma bala. Após o pronunciamento, o comerciante sofreu um enfarto fulminante. Ele recebeu os primeiros socorros dos médicos que também participavam da reunião na Casa do Advogado, Mauro Leocádio e Moacir Peres, sendo conduzido em seguida pela viatura da Polícia Militar até o Pronto-socorro municipal. De acordo com as informações do médico Moacir Peres, o motivo do falecimento foi uma parada cardíaca. "No primeiro momento, a impressão que tive foi de um quadro de convulsão. Neste momento, perguntei para sua esposa se ele sofria deste problema", enfatiza. Após a esposa comentar que Cláudio nunca tinha sofrido convulsão, foi constatado uma parada cardíaca. "De imediato, diagnosticamos que o comerciante não apresentava sinais no pulso e o coração estava parando de bater. Com isso, começamos a fazer massagem torácica para reanimar o batimento cardíaco", cita. Segundo informações colhidas pela Reportagem, Cláudio há quatro meses passou por uma intervenção cirúrgica, recebendo quatro pontes de safena. Cláudio residia na rua Marechal Deodoro, centro de Avanhandava. Seu corpo está sendo velado no Velório Municipal e até o fechamento desta edição, não havia sido confirmado o horário do sepultamento. (IA)

Foto: Após seu pronunciamento, o comerciante sofreu um enfarto fulminante, sendo socorrido pelos médicos que também participavam da reunião

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