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CIDADE & REGIÃO

20/07/2007

Vigilância: Dengue e Leishmaniose continuam preocupando

Detalhes Notícia

Embora tenha diminuído consideravelmente o número de pessoas com sintomas de dengue e a doença deixar de ser um dos principais assuntos na cidade, dados do Serviço de Vigilância Sanitária e Epidemiológica mostram que ainda há vários casos e que a proliferação do mosquito Aedes aegypti continua intensa.

Com a chegada do inverno, era esperado que a queda de temperatura provocasse a contenção da reprodução do mosquito, refletindo na diminuição de casos positivos. Porém, as altas temperaturas na região acabam por manter estável o quadro de suspeitos. Além disso, o mosquito tem desenvolvido resistência ao clima.

Segundo a auxiliar de enfermagem Lucimari Domingues Oliveira (foto), que responde interinamente pelo Serviço de Vigilância, não há expressiva variação no comparativo entre as estações do ano, justamente pela falta de fortes mudanças climáticas. “Esperamos notar uma diminuição nas próximas semanas, que já o clima começa a mudar nos últimos dias”, comentou. Ela revelou ainda que, somente nesta semana, dois casos foram confirmados por meio de exames, feitos pelos pacientes em laboratórios particulares, uma vez que os procedimentos não são oferecidos gratuitamente nas unidades de saúde por conta da grande demanda. Como a análise das mostras colhidas é feita pelo Instituto Adolpho Lutz, de Presidente Prudente, que atende ainda inúmeras cidades, houve grande acúmulo de trabalhos. Além disso, a partir do dia 09 de março deste ano, a cidade foi considerada em estado de epidemia da doença, passando a serem considerados positivos casos submetidos apenas à avaliação médica. “Diante da apresentação de dois ou mais sintomas já é considerado caso positivo”, contou a chefe do serviço.

 

Recorde

Segundo Lucimari, o período mais crítico na cidade teve início no mês de março, quando a Vigilância recebia diariamente cerca de 50 notificações sobre suspeitas. Atualmente, a média é de dez notificações por semana, somados os documentos enviados por todas as unidades de saúde da cidade.

No total, foram 2.246 casos notificados até o dia 16 deste mês, sendo 1.034 considerados positivos. Porém, apenas pouco mais de 300 pacientes tiveram confirmação por meio de exame laboratorial. Além disso, 1.139 mostras coletadas e enviadas ao Instituto, devido ao período crítico de demanda, não geraram resultados. “O laboratório disse que ainda nos enviará estes resultados, mas não temos previsão certa”, comentou Lucimari.

 

Resistência

Questionada sobre a ausência da pulverização, anteriormente realizada por toda a cidade, a chefe do serviço explicou que esta forma de aplicação do inseticida não é mais recomendada, devido à ineficiência do veneno. “O efeito dura no máximo meia hora e, além de exterminar apenas os mosquitos e não os ovos, sabemos que, de cada 10 Aedes, apenas três ou quatro são exterminados”, revelou.

Diante destas comprovações, a substância está sendo fornecida apenas para casos confirmados laboratorialmente, sendo aplicada num raio de 200 metros do local de cada caso confirmado. Lucimari lembrou ainda que a principal preocupação de toda a população nesta época deve ser com a limpeza e manutenção dos quintais, para que, com a chegada do verão e a grande elevação de temperatura, o mosquito não encontre condições de reprodução. Para isso, os trabalhos de educação e conscientização fazem parte da rotina do serviço. Os mais de 70 agentes comunitários auxiliam nas campanhas realizando orientações durante as visitas às residências. São feitas ainda palestras em escolas e empresas. O Comitê Municipal de Combate a Dengue também tem intensificado as ações. Formado por representantes de 21 segmentos da sociedade, entre eles, secretarias municipais, Defesa Civil, Daep, Apeoesp, Tiro de Guerra, Conselho de Pastores, o grupo elegeu como presidente, na manhã de ontem, Regina de Fátima Ferlini Teixeira, do CEA (Centro de Educação Ambiental), que antes ocupava o cargo de vice. Seu lugar foi ocupado pela funcionária da Secretaria de Educação, Mary Laine Ruiz Astolfo.

No dia 31 deste mês, representantes dos Serviços de Vigilância e dos Comitês estarão reunidos em Santópolis para traçar ações de prevenção justamente para que, no próximo verão, os casos possam ser controlados.

 

Leishmaniose

A leishmaniose também continua sendo uma preocupação no município. Segundo a médica veterinária da Vigilância, Larissa Lundstedt, desde que a doença atingiu um grande número de animais, no ano de 2003, estes números são constantes. Os bairros onde a doença se instala com maior incidência são justamente os que apresentam grande concentração de cães, sendo Jardim Pevi, Eldorado, Tóquio, Planalto e Cidade Jardim, entre outros. Somente este ano, foram 250 exames com resultado positivo. A permanência da doença, ainda segundo a veterinária, também deve-se às altas temperaturas. “O calor e a umidade colaboram com a reprodução do mosquito, mas Penápolis tem clima quente não só no verão e na primavera, o que dificulta a contenção”, revelou. Para as ações de combate, a área do município foi dividida em 12 setores. Anualmente estes setores são visitados e, a partir de março deste ano, as equipes estão refazendo as visitas, mas, segundo a veterinária, ainda não há dados para comparação. Além dos exames por meio de coleta do sangue do animal, pode ser feito o exame parasitológico, onde a veterinária faz a pulsão para recolhimento e análise de células. Porém, o primeiro procedimento é realizado apenas com os casos encaminhados pelas equipes que percorrem a cidade. “Não podemos enviar para o laboratório que analisa as mostras, que fica em Araçatuba, casos avulsos, e sim apenas por meio dos inquéritos feitos pelas equipes”, explicou.

Porém, a pessoa que notar que seu animal apresenta alguns dos sintomas da doença não deve esperar pela visita das equipes, mas procurar a Vigilância. Entre os sintomas da doença no animal estão crescimento de unhas, emagrecimento, seborréia, falha nos pêlos, feridas nas patas, rabo e orelha, queda de pêlos ao redor dos olhos e conjuntivite.

 

Limpeza

Conhecido como ‘palha’, o mosquito vetor da doença se prolifera em matéria orgânica em decomposição; daí a importância da retirada de materiais como restos de comida, fezes de animais e folhas. O lixo doméstico também deve ser mantido tampado. (AR)

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