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CIDADE & REGIÃO

17/03/2007

Usuários do SUS cobram humanização da saúde

A reunião comunitária realizada pelo vereador Cláudio Tiradentes, quarta última, em uma residência  da Rua Pepino Melchiorre, na Cidade Jardim, foi marcada por relatos dramáticos de usuários do SUS que viveram um verdadeiro calvário em suas tentativas de buscar atendimento no sistema local de saúde.

Falta de medicamentos, demora nos exames da área de competência do CISA, médicos desinteressados e servidores que muitas vezes destratam os usuários viraram uma prática comum e uma rotina pela  qual têm que passar aqueles que precisam  utilizar os serviços do sistema local de saúde.

Mas, em tempo de epidemia de dengue assolando a cidade, o relato da experiência de uma senhora , moradora do Jardim do Lago e presente à reunião, foi chocante. Ela revelou que sua filha de 21 anos procurou o Pronto Socorro, no inicio deste mês, com todos os sintomas evidentes da dengue: febre alta, forte dor de cabeça, tontura, dor nos ossos, etc. No PS, que não tem clinico geral, foi atendida por um ginecologista, que pediu um exame de sangue. O exame  demorou cerca de 12 horas para ser feito,mas , segundo o médico não revelou nada de anormal. Neste meio tempo, o médico teria solicitado a ajuda de um especialista que devia estar de plantão na Santa Casa, mas não estava e a jovem saiu da unidade de saúde  pior do que quando entrou.

Com a febre e as dores aumentando, a moça teve ainda que procurar um PAS para obter um atestado de saúde, a fim de justificar suas faltas na empresa em que trabalhava, mas médico não deu o documento e  teria alegado  que ela estava apenas “com dor de garganta”. Em desespero e sem poder trabalhar a jovem pediu demissão da empresa. Nesta altura, sua mãe revoltada com o rumo dos acontecimentos, foi procurar os gestores do sistema e a Vigilância Sanitária, a fim de pedir mais atenção com o caso, visto que o marido de sua filha também apresentava os mesmos sintomas da esposa. Como não teve nenhuma resposta prática resolveu ir até a Rádio Difusora para divulgar seu drama e, a partir daí foi procurada por uma funcionária da Vigilância Sanitária, que ainda estranhou o fato dela “estar fazendo tanto barulho”. “Minha filha está desempregada, foi mal atendida e quase tratada como se tivesse outra doença e se eu não tivesse ido atrás , este seria mais um caso de dengue sem registro oficial”, disse a mãe .

“Infelizmente este relato, longe de ser exceção, é a regra geral de atendimento na rede básica  e revela todo o despreparo de nossos profissionais de saúde para enfrentar o que deveria ser uma guerra contra a dengue. É inconcebível que os responsáveis pelo sistema local não tenham preparado ainda seus profissionais para lidar com esta situação. Este despreparo  só vai complicar um quadro que, por si só, já representa uma grave ameaça à população”, observou Cláudio, que apresentará várias indicações ao prefeito, na sessão da próxima segunda, cobrando a aplicação aqui dos programas de humanização do atendimento em saúde pública e uma ação mais coordenada do sistema local para enfrentar a epidemia de dengue. A/I

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