Usina Campestre: Trabalhadores sacam dinheiro em sistema eletrônico

Cerca de 1.300 funcionários da Usina Campestre, entre os que prestam serviços na indústria e na lavoura, estão recebendo seus salários com cartões eletrônicos graças a uma negociação entre a direção da agência local do Banco do Brasil (BB), através do gerente geral Luis Carlos Pascoaloto e representantes da empresa. O acordo entre as duas partes propicia uma série de benefícios aos trabalhadores, como a possibilidade de pagamento de contas ou a efetivação de compras em estabelecimentos comerciais, supermercados, farmácias e açougues, entre outros, que mantém o terminal Visa na função débito, sem custo adicional. “É como se estivessem com o dinheiro em mãos, porém de forma mais segura”, disse a gerente de seguimento do Banco do Brasil, Luciane Martins Fatore Trindade. Apesar da movimentação bancária ser semelhante à conta corrente, os beneficiados não terão direito a retirada de talões de cheques, e somente poderão retirar o saldo que disponibilizarem, na chamada conta-salário. “ Se desejarem poderão abrir uma conta normal, mas, neste caso com as despesas comuns decorrentes”, explicou a gerente.

Movimentação surpreende população

Somente no último sábado cerca de 700 trabalhadores foram à agência do Banco do Brasil retirar os cartões pessoais e receber salários. Este procedimento gerou uma grande movimentação na agência e chamou a atenção da população, especialmente de clientes do Banco que se surpreenderam com o grande número de trabalhadores que formavam uma enorme fila nos caixas eletrônicos. “Isto ocorreu porque a maioria deles compareceu à agência ao mesmo tempo, o que não deverá ocorrer nos próximos meses”, justificou a gerente. Está previsto – aproximadamente em dois meses - a instalação de um terminal eletrônico na própria empresa o que facilitará o recebimento do dinheiro pelos novos clientes do BB. “Com isto eles não precisarão se deslocar até o centro da cidade para sacar o dinheiro e mesmo no horário de intervalo para almoço este procedimento poderá ser realizado na empresa”, garantiu a gerente.

Clientes
Com o cartão magnético em mãos os funcionários passam a ser considerados clientes do Banco, inclusive com linha de crédito disponibilizado e com juros diferenciados. “As vantagens são muitas e a novidade está sendo muito bem aceita pelos trabalhadores”, enfatizou Luciane. Segundo ela, apesar de a maioria sacar de uma só vez o valor da qual tem direito, os saques poderão ser feitos de forma escalonada. “O dinheiro poderá ficar no banco e retirado conforme a necessidade”, completou.
O limite diário de saque, de acordo com a gerente, fica na pendência da modalidade de cada conta, mas gira em torno de R$ 600,00.  Os saques como ocorrem com todos os clientes do banco, estão disponibilizados nas agências do Banco do Brasil em todo o país. 

Benefícios e inclusão social
Segundo o gerente administrativo da Usina Campestre, Marcos Antonio Brandão, um dos motivos que levou a direção da empresa a realizar esta parceria com o Banco do Brasil foi a de integrar os trabalhadores rurais com a modernidade, segurança e confiabilidade com o sistema bancário. “Até então os pagamentos eram feitos com cheques e não raro ocorriam perdas, furtos ou mesmo roubo. Agora, além de estarem inseridos socialmente, contam com mais segurança e facilidade para a movimentação financeira”, definiu o gerente.  Para ele, ficará melhor ainda, quando o terminal estiver funcionando na própria empresa. “Os trabalhadores rurais não estavam inseridos neste tipo de tecnologia, o que não deixa de ser uma forma de inclusão no sistema financeiro, e o melhor, sem custo nenhum para cada funcionário”, finalizou Marcos. (SRF)