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CIDADE & REGIÃO

24/12/2009

Usina Campestre: Representantes arrecadam R$ 2 milhões para quitar dívida

Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

Mais um capítulo da novela envolvendo a Companhia Açucareira de Penápolis, a Usina Campestre, foi registrado ontem com um final feliz para os trabalhadores rurais. Após dois dias de espera, a categoria pode receber o pagamento de dois meses de salários atrasados e do décimo terceiro. Em uma reunião que durou mais de 10 horas envolvendo representantes da Sucral Engenharia e Processos Ltda, gestora judicial provisória e demais investidores e advogados da Usina com o juiz Rodrigo Chammes, desde das 08h00 da manhã no Fórum de Penápolis, foram arrecadados por meio de uma operação financeira a metade do valor da dívida em torno de R$ 4 milhões para o pagamento dos trabalhadores rurais, conforme informou o advogado e administrador judicial Ely de Oliveira Faria. Ele disse também que um dos credores da empresa foi quem encaminhou o dinheiro por volta das 17h00, através de um carro forte escoltado pela PM, para que o pagamento aos trabalhadores ocorresse até a madrugada. “Nas próximas semanas estaremos nos reunindo outra vez para levantarmos os outros R$ 2 milhões que faltam para quitar a dívida que a Usina tem com os trabalhadores da indústria”, acrescentou. O administrador revelou que a demora na negociação se deu em virtude de muitas empresas estarem em recesso por causa dos feriados de Natal e Ano Novo, não podendo assim fazer investimentos.

Confronto
Segundo informações dos funcionários do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Penápolis, Osvaldir e Denir, são 900 trabalhadores de rescisão e outros 300 da parte agrícola que estavam com seus salários atrasados. Ontem pela manhã, um grupo se reuniu defronte o Fórum enquanto que a grande maioria ficou concentrada na porta da Usina durante todo o dia. A empresa forneceu alimentação e água para os trabalhadores. Por volta das 11h, a categoria entrou em conflito mais uma vez com a tropa de choque da Polícia Militar, no momento em que resolveram invadir o local. Com a manifestação, conforme informou o capitão da PM Luiz Araújo, foi necessário à utilização de bombas de efeito moral para evitar o confronto direto com a categoria. Mesmo assim, um dos manifestantes, o cortador de cana Elisvaldo Marcelino Dourado, 25 anos, natural do Maranhão acabou se ferindo no pé, pernas e rosto com os estilhaços da bomba. Além dos seguranças da própria Usina, policiais militares da Força Tática e Tropa de Choque de Araçatuba, Rodoviários e Corpo de Bombeiros estiveram no local durante todo o dia. Mesmo assim, a categoria que estava tensa e não tinha nenhuma posição por parte dos administradores da empresa ainda destruiu a enfermaria e tentaram atear fogo no local, sendo necessário à intervenção dos policiais. Eles ainda incendiaram canaviais próximos à empresa e bloquearam a rodovia vicinal Arnaldo Covolan que dá acesso ao local. Muitos destes trabalhadores que são do nordeste, já teriam fretado cinco ônibus e uma van para retornarem aos estados de origem antes das festas natalinas, pois havia a promessa de que o pagamento sairia na última segunda-feira, 21. Alguns trabalhadores afirmaram que estão dormindo em praças e calçadas públicas em virtude de já terem saído das residências alugadas.

Histórico
Por uma determinação judicial e prazo estimado de seis meses, foram suspensas todas as ações ou execuções, contra a Usina Campestre, período em que a nova gestão tentará recuperar os créditos. O procedimento, identificado por recuperação judicial, abrange o artigo 52 na Nova Lei de Falências. O juiz responsável pela determinação, Rodrigo Chammes, nomeou como administrador judicial, o advogado Ely de Oliveira Faria, da cidade de Araçatuba. A Justiça ainda nomeou conforme prevê o artigo 65 da NLF, a empresa Sucral para assumir a administração das atividades da devedora, aplicando-lhe, todas as normas sobre deveres e impedimentos do administrador judicial.
Na recuperação judicial, a suspensão não excederá em nenhuma hipótese os 180 dias a ser contado do deferimento do processamento de recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar as ações e execução, independentemente de pronunciamento judicial. A empresa, considerada a maior e mais importante da cidade, há vários anos passa por problemas financeiros, resultando no atraso dos pagamentos aos trabalhadores e fornecedores. (IA)

Foto: Após mais de 10 horas de espera o grupo receberá o pagamento

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