USINA CAMPESTRE: 1,2 mil trabalhadores rurais devem ser contratados para safra

DA REPORTAGEM

Após ter sido confirmado o aporte de R$ 12 milhões para a retomada das atividades da Companhia Açucareira de Penápolis, a Usina Campestre, a empresa desde a semana passada já iniciou os preparativos para contratação de mão-de-obra para o corte da cana-de-açúcar. A previsão é que sejam contratados aproximadamente 1,2 mil trabalhadores rurais para o início da safra, que deve começar em junho. Mesmo tendo todo o impasse com relação à obtenção de recursos para a retomada das atividades da Usina, que estava parada desde janeiro, se não houver nenhum imprevisto, o início da safra deve ter apenas um mês de atraso, em comparação com 2009, que teve início em 5 de maio, sendo moído menos de 1,5 milhão de toneladas. A Usina Campestre conta com 532 funcionários. Ainda prossegue em elaboração o planejamento detalhado da safra deste ano, não sendo informado até o momento detalhes sobre a previsão de moagem para este ano. Para isso, os contratos com estes trabalhadores rurais serão firmados próximo ao inicio da safra, para evitar que as pessoas fiquem ociosas. Além disso, a empresa também deu início aos contratos com freteiros e a empresa de ônibus que estará fazendo o transporte dos trabalhadores. Foi firmado também um acordo com os fornecedores de cana para a entrega do material a Usina.

Pagamento
A previsão é que nos próximos dias seja feito o pagamento dos trabalhadores do setor da indústria e do campo da empresa, que estão em greve desde o começo do ano. Um credor da Usina, que inclusive já realizou outras transações foi quem encaminhou os R$ 12 milhões, que será liberado em etapas. Deste valor do aporte financeiro conseguido, cerca de R$ 2 milhões serão usados para o pagamento dos empregados. A estimativa é que estes trabalhadores voltem ao serviço até amanhã, 21, e com isso, seja iniciado a manutenção dos equipamentos da Usina, com a duração de 50 dias. Este aporte financeiro foi obtido graças aos fornecedores de cana-de-açúcar que compareceram na semana passada na sede da Usina para assinar documentos concordando com a criação da figura do credor parceiro, proposto no plano de recuperação. Eles terão o benefício de receber o valor integral dos créditos no primeiro ano, dividido em seis parcelas, na qual o investidor se enquadra. Além disso, eles se comprometeram em receber 50% do valor atrasado e o restante durante a safra, além de terem recebido garantias que novos atrasos não irão ocorrer. O credor parceiro receberá de forma antecipada e integral os valores devidos pela Usina. (IA)