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CIDADE & REGIÃO

04/05/2017

Tumulto marca votação de reajuste do vale de servidores

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Servidores e simpatizantes lotaram a Câmara e cobraram aprovação de projeto que reajustava vale alimentação

DA REPORTAGEM

Foi sob protestos e xingamentos que a Câmara Municipal de Penápolis rejeitou na noite desta terça-feira (2) o projeto encaminhado pelo prefeito interino Rubens Bertolini (SD) que reajustava em 100% o valor do vale alimentação dos servidores municipais. Caso aprovado, o vale passaria de seus atuais R$ 112 para R$ 224 e com validade retroativa ao mês de fevereiro.
A Câmara ficou completamente lotada com a presença de diversos servidores municipais que acompanharam a sessão. Representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Penápolis, autor do pedido de reajuste, também estiveram presentes.
Os vereadores que se manifestavam contra o reajuste eram vaiados por diversas vezes pelos funcionários, entre eles o vereador Francisco José Mendes, o Tiquinho (PSDB). Em sua fala, Tiquinho chegou a enfrentar alguns munícipes que o insultavam. Além disso, ele usou sua fala na tribuna para insultar o prefeito interino ao chamá-lo de moleque e irresponsável. “Enviar para a Câmara um projeto como este depois de saber que não permaneceria na prefeitura foi algo muito irresponsável. Sabemos que a prefeitura não tem condições de realizar este reajuste, por isso, o que ele fez foi algo muito grave”, disse sob vaias. 
Outro vereador que acabou se exaltando foi Adalgiso do Nascimento, o Ziza (PMDB). Ele, que é conhecido por sempre falar sempre com muita calma, acabou se exaltando e teve seu microfone cortado pelo presidente da sessão ao passar do tempo estipulado ao vereador. O fato, também causou alvoroço do público presente, que aplaudiu a atitude do presidente Evandro Tervedo (DEM) diante da negativa de Ziza em relação ao reajuste.
A maior expectativa sobre o voto ficou por conta do vereador Carlos Alberto Soares da Silva, o Carlão da Educação (PPS). Carlão é funcionário público e ganhou a eleição com a campanha em prol dos servidores, entretanto, foi chamado de “traíra” pelos próprios servidores ao votar contra o reajuste. “É com dor no coração que voto contra o reajuste, mas prefiro fazer isso agora, termos cortes com salários e funcionários sendo demitidos por conta da folha de pagamento estourada”, ressaltou. Alguns vereadores, como Ivan Sammarco, disseram que a atitude de Bertolini foi uma “malandragem”, se referindo ao fato de que ele aprovou o reajuste e enviou o projeto para a Câmara no mesmo dia em que Célio de Oliveira (PSDB) conseguiu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o direito de reassumir a prefeitura após ter sido reeleito na última eleição, mas ter seu registro impugnado posteriormente. “Isso foi feito na calada da noite visando desestabilizar a Câmara. Se o reajuste foi pedido ainda em janeiro, porque ele concedeu o direito somente no dia em que viu que não ficaria na prefeitura?”, questionou. 

Votação e protestos
Seguindo a postura adotada pelo PSD sobre o reajuste, os cinco vereadores do partido foram favoráveis ao projeto, sendo eles, Rodolfo Valadão Ambrósio, Júlio César Caetano, Ester Maria Sezalpino Mioto, Bruno Marcos Araújo dos Santos e José Antônio Ferres Chacon, o Cabeça. Já entre os que se manifestaram contra o reajuste, sendo à base de Célio de Oliveira na Câmara, estavam os vereadores, Adalgiso do Nascimento, o Ziza e Roberto Delfino, ambos do PMDB, Reginaldo Sacomani (DEM), Carlos Alberto Soares da Silva e Ivan Sammarco, ambos do PPS, e Francisco José Mendes, o Tiquinho (PSDB). Após a votação, uma confusão generalizada se formou na Câmara por conta do protesto dos servidores, que passaram a xingar os vereadores. Alguns deles também não ficaram quietos e começaram a revidar as provocações que vinham dos munícipes. A sessão precisou ser interrompida, ao menos, duas vezes para pedir ordem dos presentes. A Polícia Militar chegou a ser acionada, entretanto, os policiais permaneceram do lado de fora do prédio. Com a ordem restabelecida no interior da Câmara, a confusão continuou do lado de fora, onde alguns servidores continuaram a xingar os vereadores e a cobrar pelo direito do reajuste. Apesar da confusão, nenhum problema de maior gravidade foi registrado.
A discussão repercutiu também nas redes sociais. Diversos munícipes se manifestaram contra e favor da decisão na internet. Entre eles também houve a troca de ofensas, bem como críticas e elogios a Bertolini. 
O prefeito interino não quis se manifestar e por meio da assessoria de imprensa da prefeitura disse apenas que coube ao Executivo encaminhar o projeto à Câmara.

(Rafael Machi)

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