Transtorno: Moradores do Silvia Covas reclamam de entulhos

DA REPORTAGEM

A falta de respeito das pessoas ao jogar entulhos em locais inapropriados tem gerado mais reclamações de moradores do bairro Silvia Covas. Eles reclamam da grande quantidade de entulhos que tem sido despejado no prolongamento da rua das Violetas, próximo ao cruzamento com a rua das Orquídeas. A reportagem foi ao local conferir o que estava ocorrendo e constatou que, ao lado da quadra esportiva do bairro, existe o prolongamento da rua onde podem ser encontrados diversos galhos de árvores, além de pedaços de móveis velhos. A reclamação dos moradores se faz por conta da grande quantidade de mosquitos e outros insetos que aparecem nas proximidades, o que tem gerado grande desconforto. Além disso, eles alegam que quando há um acúmulo maior de entulhos, outros pequenos animais podem ser encontrados no local, já que fica próximo de um pasto com mato alto. Eles alegam que já encontraram pequenas cobras e ratos onde o material é descartado de forma irregular. Outra reclamação dos moradores é em relação a uma área aberta pertencente à Prefeitura, também no mesmo local, onde a mesma está sendo utilizada por moradores para o acúmulo de material reciclável. Eles reclamam que o material, fica acumulado a céu aberto, atraindo insetos. O medo das pessoas também é em relação ao acúmulo de água, o que favorece a procriação do mosquito Aedes Aegypti. A reportagem tentou falar com os responsáveis do material reciclado, mas ninguém foi encontrado. No local é possível encontrar até geladeira e máquina de lavar. Além do citado ponto, outros locais também estão sendo usados no bairro para o acúmulo de entulhos, porém, em quantidades menores. Na área verde central do bairro, por exemplo, não é difícil encontrar entulhos e resto de móveis.

Ecoponto
Procurado pela reportagem, o Daep informou que faz a limpeza constante do local por conta das reclamações recebidas, mas ressaltou que, em 2015, foi impedido pelos próprios moradores do bairro de instalar um Ecoponto para o descarte correto deste tipo de material. Os Ecopontos são mantidos pelo Daep (Departamento de Água e Esgoto de Penápolis), e foram criados para receber entulho de pequenos reparos em construções, restos de limpeza de jardins, galhos e outros resíduos que não são recicláveis e nem se encaixam no lixo doméstico. Todos os Ecopontos têm estrutura para receber os materiais descartados, pois contam com caçambas, depósito e guarita para vigilância.
Segundo a diretora administrativa e financeira do Daep, Vera Lúcia Nogueira, a autarquia chegou a fazer licitação e comprar o material para a construção do espaço. “Entretanto, recebemos uma grande quantidade de reclamações e resistência por parte dos moradores que rejeitaram a construção do Ecoponto. Por causa disso, cancelamos o projeto e utilizamos o material para a construção do espaço no bairro Santa Terezinha, onde os moradores vinham pedindo o projeto há algum tempo”, afirmou. A reportagem conversou ainda com o líder comunitário do bairro, Joares Moreira de Araújo, que explicou que o receio da população era de que o Ecoponto seria construído muito próximo ao bairro, o que gerava receio de mau cheiro e o aparecimento de animais em virtude do material. “Participamos de reuniões com o prefeito e outras pessoas envolvidas, mas a maioria das pessoas foi contra o Ecoponto e a Prefeitura não construiu o espaço aqui no bairro, já que a própria população recusou”, finalizou.

(Rafael Machi)