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CIDADE & REGIÃO

10/12/2008

Tensão: Família é feita refém em tentativa frustrada de roubo

Detalhes Notícia

A família do agricultor penapolense, José Aparecido Rodrigues Peres, 59 anos, residente na rua Anchieta, nas proximidades do Parque Aquático, em área central da cidade, passou horas de tensão ontem pela manhã quando quatro assaltantes, sendo um deles menor de idade, invadiram a residência, com um revólver calibre 32 desmuniciado, e os fizeram reféns. Graças a uma pessoa que avistou parte dos marginais invadindo a casa a ação foi frustrada devido a eficiência dos policiais militares e civis que foram acionados e agiram rapidamente. Apesar da residência possuir um bom aparato de segurança, incluindo alarme e cerca elétrica, mesmo assim os equipamentos não foram suficientes para inibir os delinqüentes de invadi-la. Os assaltantes não tiveram êxito em seus planos pelo fato de uma pessoa ter percebido ainda de madrugada, que eles invadiam o imóvel, e comunicou a Polícia Militar que rapidamente cercou o local. Segundo informações extra-oficiais, a mãe de um dos acusados e que seria o mentor do crime, teria trabalhado por um bom tempo para a família que foi vítima. Além do agricultor, estava no imóvel, sua esposa, a gerente Marisa Tonello Peres, 52, a filha do casal, a fisioterapeuta Lizandra Tonello Teixeira Peres, 29 e seu filho, uma criança de um ano de onze meses. Acuados os elementos, A.A.S.A, 18 anos, morador do bairro Rosa Alberton, W.F.O.G, 19, residente do bairro Pereirinha e J.V.S.N, 21, morador do Jardim Pevi, além de um adolescente 17 anos, residente na Vila Aparecida, com a arma, deram um novo rumo ao crime e mantiveram a família sob seus domínios. Com a chegada da Polícia teve início às negociações que culminou, por volta das 09h30, com a liberação de todos os seqüestrados e a rendição dos acusados.

CERCO
A princípio a operação contava apenas com os primeiros policiais que foram atender a ocorrência, mas, com o desenrolar do caso e o grau de dificuldade, foi solicitado reforço, entre eles a Força Tática, de Araçatuba e policiais da Comarca de Penápolis, além dos delegados Mauro Gabriel e Nivaldo Martins Coelho, acompanhados de vários investigadores da Delegacia de Polícia do Município e 1º Distrito Policial, que auxiliaram no desfecho. Uma equipe do Corpo de Bombeiros também ficou de prontidão caso houvesse a necessidade no socorro a feridos, o que acabou não ocorrendo. Os invasores, que segundo Mauro Gabriel são conhecidos dos meios policiais, pediram a presença de dois advogados e de familiares para que se entregassem. Visando a integridade das vítimas, os pedidos foram atendidos. Os primeiros a serem libertados foram Lizandra e seu filho.

INVASÃO
Segundo o comandante da Polícia Militar de Penápolis, capitão Paulo Augusto Motooka, os marginais sondaram a residência e arquitetaram o plano de invasão. Provavelmente encontraram uma falha no sistema de segurança e por volta das 05h00 dois deles conseguiram burlar os equipamentos da casa e chegaram até o quintal. Mais tarde, já por volta das 07h00, com o morador já sob a mira do revólver que não estava municiado, eles abriram um dos portões para que o restante do bando também adentrasse. Até então os dois permaneceram em uma praça nas proximidades da residência. Neste momento uma pessoa, provavelmente um vizinho visualizou a ação e, prevendo que fosse um assalto, avisou os policiais militares. Quando chegaram, do lado de fora foi possível aos policiais avistarem o morador sob a mira do revólver de um dos assaltantes. Posteriormente eles tomaram conhecimento de que havia quatro ladrões dentro do imóvel e começaram as negociações que culminaram com a rendição dos acusados. A primeira solicitação para que isto ocorresse, por parte dos marginais, foi a presença de dois advogados e, posteriormente de seus familiares. Segundo o comandante, estas imposições foram feitas porque eles temiam pela integridade física. Os advogados foram os primeiros a chegar e, posteriormente, as namoradas e familiares dos invasores. Os dois primeiros reféns foram liberados e em seguida, após a arma ser jogada por uma das janelas do imóvel, ocorreu à rendição. A arma utilizada no crime, segundo o delegado Nivaldo Martins Coelho é produto de furto. Além dos moradores, que mantiveram a calma, os acusados também permaneceram nesta condição e teriam, segundo informações, consumido cerveja durante o tempo que a residência permaneceu cercada pelos policiais.

Negociações
O comandante da Polícia Militar elogiou a atuação de seus comandados na operação. “Os policiais mostraram que tiveram condições de controlar a situação e manter a negociação. Como ao final não houve feridos, avaliamos como muito boa a atuação”, destacou o comandante. Motooka também elogiou a pessoa que, ao ver que algo de anormal estava ocorrendo na residência, imediatamente acionou os policiais. “A Polícia só consegue atuar de forma eficiente se houver informações precisas, como ocorreu neste caso”, destacou. Todos os envolvidos, inclusive o adolescente, foram autuados em flagrante. Enquanto os maiores de idade foram encaminhados para xadrezes da Cadeia Pública de Penápolis, o adolescente foi custodiado em uma cela especial para menores. No caso dos maiores de idade, a pena para este tipo de crime varia de no mínimo quatro e no máximo dez anos de prisão. Segundo os policiais, este foi o primeiro caso registrado em Penápolis onde os policiais negociaram a rendição de bandidos que faziam vítimas como reféns. A movimentação, como ocorre em casos deste tipo, atraiu um grande número de curiosos ao local. (SRF)

Foto: Residência foi cercada pela Polícia enquanto ocorria a negociação

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