Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Residência pega fogo em Penápolis

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

21/01/2015

Telefones públicos estão se tornando “raros” na cidade

Rafael Machi
Detalhes Notícia
No residencial Gimenes não existem telefones públicos

DA REPORTAGEM

Projetado nos anos 1970 por uma designer chinesa, o orelhão foi uma encomenda do Brasil para proteger os telefones públicos. Assim foi criado um objeto de vidro ou acrílico, que abafa os sons externos, e uma cobertura oval, que protege o telefone e o usuário da chuva e do sol. As ligações nos aparelhos eram feitas por meio de fichas, mas depois passaram a ser feitas por cartões comprados em bancas de jornal e outros locais. Mas, com a popularização do telefone celular, fica cada vez mais raro o uso do aparelho cuja quantidade existente nas ruas da cidade tem caído gradativamente ao longo dos anos. Segundo levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), em 2014, Penápolis possuía 339 aparelhos de telefones públicos – um para mais de 170 habitantes –, sendo que deste total, 297 são disponíveis 24 horas por dia para a população, pois estão instalados em vias públicas. A dona de casa Ercília Moraes lembra que o telefone público antigamente era a principal forma de se comunicar com outra pessoa. “Antes eles existiam em todos os lugares, agora você precisa andar bastante para achar um, isso quando ele funciona, acredito que a falta de uso desmotivou também a manutenção por parte das empresas”, comentou. Ao contrário da dona de casa está à estudante Emily Duarte de Oliveira Cruz, de 17 anos, adepta às tecnologias ela confessa que usou os famosos “orelhões” em poucas oportunidades. “Somente quando precisei mesmo por estar na rua com a bateria de meu celular descarregada, então tive que procurar um telefone público para ligar para meus pais, mas no geral só uso o celular ou então o telefone fixo de casa. Acho muito mais fácil, acessível e cômodo”, opinou. 

Penápolis
Se para as pessoas que conseguem andar pelas ruas procurando um telefone público para usar já é difícil, imagine para quem possui deficiência. Segundo o levantamento da ANATEL, dos 339 orelhões instalados na cidade, apenas 11 oferecem condições de uso para cadeirantes. A situação se torna ainda pior para os deficientes de audição ou fala, já que em toda a cidade existem apenas dois telefones públicos adequados para estas pessoas. Com a falta de uso dos aparelhos parece que a empresa responsável por sua instalação, não tem se preocupado em instalar novos aparelhos. Quem está no centro da cidade e precisa usar um orelhão tem dificuldade para encontrá-los, um deles está instalado no cruzamento da avenida Luis Osório com a rua Ramalho Franco, e outro na Praça Dr. Carlos Sampaio. Para quem mora na região periférica de Penápolis falar em um telefone público se torna quase uma missão impossível. No bairro São Francisco, por exemplo, existem apenas dois telefones públicos, e um deles não funciona. Algo parecido acontece também no Gualter Monteiro, cujo bairro é dividido em duas partes, existindo apenas um aparelho em casa parte. 
Se um morador do residencial Gimenes necessitar usar um telefone púbico, ele terá que andar até o bairro vizinho, o São Francisco. O fato foi constatado pela reportagem do DIÁRIO, que esteve no local. A auxiliar de produção Maria Lúcia Costa Lima não possui telefone fixo em sua casa, apenas celular com o qual se comunica com a filha, de 15 anos. Segundo ela, não ter um telefone disponível no bairro é correr risco em um momento de necessidade. “Se um morador precisar de um telefone com urgência e não tiver em sua casa e nem um celular, não haverá maneira de ligar, já que não temos telefones públicos por aqui. É um risco, pois dependendo da emergência não há como acionar Bombeiro, Polícia ou um parente”, enfatizou.
A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Vivo – empresa responsável pelos telefones – através de email, mas até o fechamento desta edição não obtivemos resposta.  

(Rafael Machi)

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade