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CIDADE & REGIÃO

21/03/2010

Taxista teve seis amigos de trabalho assassinados

Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

Com 70 anos de idade e 48 na profissão de taxista, o penapolense Hermes Penteado durante todo este longo tempo já teve seis colegas de trabalho assassinados, além de ter conhecimento de uma série interminável de histórias em que os profissionais do volante passaram por situações dramáticas. A mais recente é a do taxista Waldir Augusto da Silva, 66 anos, que foi violentamente agredido e atropelado com o próprio carro por três estudantes durante um assalto ocorrido na noite último dia 12. Hermes que ainda atua na profissão, é uma rara exceção, pois nunca foi assaltado. Apesar de afirmar que crê em Deus, o motorista disse que não tem religião e também não tem o hábito de pedir proteção divina quando sai para trabalhar. Ele aposta na sorte e na prevenção para não se tornar à próxima vítima. “Durante todos estes anos eu nunca passei por uma situação comprometedora. Nem mesmo um susto eu levei”, destacou à Reportagem do Diário. Chateado com a situação passada pelo colega Waldir, ele não autorizou ser fotografado. “Eu acredito que a única tática para não ser vítima de bandidos é apostar na sorte”, observou. Segundo Hermes é preciso ter precaução em dispensar uma corrida, mesmo quando os valores são tentadores. Para ele ao pressentir que algo poderá dar errado, o melhor é não aceitar a corrida. “Já rejeitei muitas, quando desconfio do passageiro eu não saio do ponto”, informou. Segundo Hermes fica difícil analisar e desconfiar de uma pessoa que solicita uma corrida por telefone, ou mesmo quando o motorista é parado na rua. Os seis taxistas que foram mortos em Penápolis saíram nos mais diferentes horários, inclusive durante o dia, quando a possibilidade de ocorrer um assalto é mais difícil. Outra dificuldade apontada por Hermes é que nem todas as pessoas têm cara de bandido. Prova disso é que os estudantes que assaltaram Waldir não tinham passagem pela Polícia e nenhum histórico de violência.

Assassinatos
O primeiro assassinato de taxista em Penápolis aconteceu na década de 1960, época em que casos de assaltos e latrocínios (roubo seguido de morte) chegavam ao conhecimento da população apenas através de reportagens dos grandes jornais ou rádios de São Paulo. Naquela época, inclusive, eram raras as residências que possuíam televisores. O nome do motorista assassinado era Orlando, os bandidos o mataram para roubar o veículo, um DKW-Vemag. Em 1972 assaltantes assassinaram Edgar Anelli e abandonaram o corpo próximo de um pontilhão da linha férrea, em Avanhandava. Na véspera do Natal de 1980, bandidos que até hoje não foram identificados mataram João da Silva. Menos de um ano depois, em agosto de 1981, marginais saíram com o motorista Donizete Gama da Silva e o mataram nas proximidades do bairro Barro Preto, distante 20 quilômetros de Penápolis. A exemplo do caso anterior, os assassinos não foram identificados. Os casos mais recentes são de Celso Chótolli e José Rosa. 

UTI
Em relação ao taxista Waldir Augusto da Silva, 66 anos, que foi vítima da ação de três estudantes durante um assalto ocorrido no dia 12 deste mês, segundo as últimas informações fornecidas pela Santa Casa de Penápolis, até o fechamento desta edição ele permanecia internado na UTI. (SRF)

Foto: A violência tem assustado os taxistas em Penápolis

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