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CIDADE & REGIÃO

16/03/2010

Taxista foi atropelado por bandidos e atirado em ribeirão

Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

O taxista Waldir Augusto da Silva, 66 anos, que estava desaparecido desde as 21h10 de sexta-feira, depois de atender uma corrida com três passageiros, foi localizado bastante ferido no início da noite de sábado, cerca de 22 horas após ter saído do Ponto de Táxi, no Terminal Rodoviário. Graças ao trabalho eficiente de investigadores, três acusados do crime foram detidos na tarde de sábado. São estudantes do Colégio Agrícola, todos moradores do Mato Grosso do Sul, que haviam deixado à unidade na sexta-feira e vindo para Penápolis. Duas seriam as versões dos acusados. A primeira de que eles não teriam dinheiro para pagar a corrida, estipulada em R$ 30,00, razão pela qual decidiram matar o taxista. A segunda, provavelmente a mais convincente, é de que o grupo pretendia viajar até a cidade de Turiúba para participar de uma festa. As investigações policiais dão conta de que o trio tentou ir de ônibus, mas como perderam o último carro, decidiram retornar ao Colégio de táxi. Durante o trajeto, o plano macabro foi colocado em prática. Waldir, que já havia sido assaltado outras duas vezes durante os 22 anos que trabalha como taxista, não era o primeiro motorista da fila de carros e não deveria sair com os passageiros. Mas como o taxista que tinha o carro na frente, provavelmente por desconfiar dos passageiros recusou realizar a corrida, Waldir decidiu levar os estudantes. A primeira pista para os investigadores tentarem localizar o taxista, foi o destino da corrida que era a escola onde eles estudavam e onde se concentraram as investigações.

Rendição
Conforme revelou ontem o delegado Mauro Gabriel, tão logo o motorista saiu da cidade e entrou na estrada rural que liga Penápolis ao Colégio Agrícola, o acusado maior de idade, identificado como sendo E.B.P., 19 anos, morador da cidade de Costa Rica (MS), que estava no banco de trás do Gol e logo atrás do motorista, aplicou uma ‘gravata’ em Waldir, enquanto os outros acusados, menores de idade, ambos de 16 anos, residentes nas cidades de Costa Rica e Camapuã, ambos em Mato Grosso do Sul, passaram a agredi-lo com violência. Já com o carro parado o motorista foi retirado do veículo e submetido a novas agressões. Um dos menores, em depoimento disse que teria tentado abortar o plano, afirmando que tinha dinheiro para pagar a corrida, mas os demais decidiram prosseguir na ação. E., já na direção do carro, de marcha-ré atropelou o motorista que se encontrava caído na estrada. Na sequência Waldir foi colocado no porta-malas do Gol, enquanto o grupo seguiu para o município de Barbosa. Quando passaram sobre a ponte do Ribeirão Lajeado os estudantes decidiram parar o carro no acostamento da Rodovia Assis Chateaubriand e após retirarem o motorista, que estaria desmaiado, o atiraram nas águas do Lajeado. Naquele momento os acusados acreditavam que o taxista estivesse morto. De lá o grupo, que pretendia ir até Turiúba, decidiu entrar em Barbosa, onde retornaram rapidamente após se envolverem em um leve acidente. Conforme apurado pela Polícia, durante uma manobra eles colidiram em um ônibus que estava estacionado e de lá se dirigiram até o Colégio Agrícola. Antes de chegarem à escola, eles resolveram jogar o carro nas águas do Ribeirão Lajeadinho, para tentar simular um acidente. Pelo fato dos Ribeirões Lajeado e Lajeadinho serem próximos, como já haviam jogado o motorista nas águas do Lajeado, provavelmente eles esperavam que a Polícia pudesse acreditar que no acidente com o carro o motorista tivesse sido arrastado pelas águas. O plano não deu certo porque o carro ficou preso às margens, sem alcançar a água, e o taxista não morreu.

Prisão
Segundo o delegado, após o encontro do carro na manhã de sábado e com as informações obtidas pelos investigadores de que três estudantes do Colégio Agrícola estiveram o dia todo bebendo em um bar do Terminal Rodoviário, mais o relato do taxista que recusou fazer a corrida, rapidamente chegou-se à conclusão de quem seriam os autores do crime. Os estudantes foram detidos e levados até a Delegacia de Polícia, onde confessaram o crime. Como Waldir ainda não havia sido encontrado, eles chegaram a confessar que haviam matado o taxista e indicaram o local onde ele havia sido jogado nas águas do Ribeirão Lajeado. A partir de então os policiais civis, militares e uma equipe do Corpo de Bombeiros foram ao local e durante as buscas, felizmente encontraram o taxista vivo, às margens do ribeirão nas proximidades de uma moita de bambu, a cerca de 300 metros da ponte onde ele havia sido arremessado. Após ser socorrido ele foi encaminhado ao Pronto Socorro de Penápolis onde recebeu os primeiros atendimentos médicos e depois foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa onde permanecia internado até o fechamento desta edição. Um dos adolescentes confessou que roubou R$ 50,00 do motorista. O acusado maior de idade foi preso em flagrante e encontra-se recolhido em um dos xadrezes da Cadeia Pública de Penápolis, aguardando transferência para uma penitenciária da região. Já os dois menores de idade foram custodiados em uma unidade da Fundação Casa, ex-Febem.

Apreensão
Enquanto as buscas pelo taxista ocorriam no citado local, a direção da escola onde os acusados estudam registraram um boletim de ocorrência de ameaça, pois um grupo de pessoas que transitavam pelo local, alguns deles na procura de Waldir, teriam tentado transferir a responsabilidade para os internos do colégio, ameaçando-os.

Família foi alertada por companheiros de Waldir
Foram os próprios motoristas de táxi que, observando que Waldir não retornava ao ponto após várias horas de ter saído para fazer a corrida com os suspeitos, que avisaram os familiares. Eles imediatamente comunicaram a Polícia, mas somente após o encontro do veículo, pela manhã, é que puderam iniciar o trabalho para localizá-lo. Ontem uma das filhas de Waldir, Hellen Andressa Augusta da Silva, que mora em São José do Rio Preto, afirmou que esteve com o pai. Segundo ela, os ferimentos principais se concentram na cabeça do taxista e ele fala com dificuldades. Hellen ressaltou que com a informação do desaparecimento, amigos e familiares iniciaram as buscas e ficaram surpresos e felizes de Waldir ter sido encontrado com vida.  (SRF)

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