Skate: Materiais de construção oferecem riscos em pista

DA REPORTAGEM

A pista de skate, freqüentada por vários jovens que desejam praticar o esporte e que fica localizada no Parque Maria Chica, em Penápolis, oferece riscos aos seus frequentadores. Segundo o secretário municipal de obras, Francisco Gomes Garcia, o Chiquinho, o local está passando por obras para que seja coberta, atendendo antiga reivindicação dos usuários. Ele comentou que uma empresa foi terceirizada para realizar a obra. "É um trabalho fácil e que pode ser feito em poucos dias", comentou. Acontece que o local fica em uma área com grande concentração de água, além de ser um ponto de baixo nível ao redor do córrego Santa Leonor, Maria Chica e a represa do próprio parque. Por este motivo as obras tiveram que ser paralisadas já que, durante as perfurações do solo para que seja armada a estrutura do telhado, uma grande penetração de água ficou visível no solo do local, o que prejudicaria todo o trabalho oferecendo riscos de acidentes com o passar dos tempos. Através disso, o engenheiro responsável pela obra, entrou com um pedido junto à prefeitura para que o trabalho, que estava em fase de início, fosse refeito com equipamentos e estrutura que não oferecessem riscos devido ao aparecimento de água no solo. "Era algo necessário de se fazer para garantir a qualidade do serviço e evitar problemas futuros", afirmou Chiquinho. Com a paralisação da obra alguns problemas surgiram oferecendo riscos para os skatistas que frequentam o local. Além de parte da areia e pedras que seriam utilizadas nas obras, uma grande quantidade de ferro, também utilizada para a montagem da estrutura, foram colocadas na pista, o que faz com que haja o risco de acidentes graves, já que um skatista, ao cair do skate, sofra sérios ferimentos caso caia sob o ferro colocado no meio da pista. Também há uma caixa d’água que era utilizada pelos funcionários da empresa e que, mesmo com a saída dos profissionais, permaneceu no local acumulando uma grande quantidade de água e se tornando um criadouro fácil do mosquito da dengue, já que não há nenhuma cobertura e sem qualquer tampa. Uma tela de arame que cercava todo o local foi retirada pela Secretaria de Obras. Chiquinho explicou que havia a denúncia de que a tela estaria sendo furtada durante a madrugada, por isso a necessidade da retirada. A equipe de reportagem do Diário esteve no local e constatou que não há qualquer tipo de sinalização explicando que a existência de materiais de construção no local ofereça riscos para os usuários, nem mesmo algo que posso inpedir os skatistas de usufruir da pista. Um jovem que estava no local praticando o esporte, em conversa com a reportagem, explicou que sabe do risco que está correndo praticando o esporte juntamente com as barras de ferro no local, porém, disse ainda que não tem outro lugar que possa utilizar e que há dias que a pista está parada sem que haja o término das obras. Chiquinho explicou que os trabalhos foram paralisados na semana passada e que estudaria o que poderia ser feito para orientar os skatistas no sentido de não utilizarem a pista. Quanto à caixa d’água, o secretário afirmou que não tinha o conhecimento do objeto e que providenciaria a retirada do local a fim de evitar o criadouro do mosquito da dengue. (Rafael Machi)