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CIDADE & REGIÃO

07/09/2018

Setembro Amarelo: Penápolis busca meios de combater o suicídio

Imagem/Divulgação
Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

Setembro é o mês internacional de prevenção ao suicídio, conhecido como Setembro Amarelo. O movimento é mundial, para conscientizar a população sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção em mais de 90% dos casos.
Os registros de suicídios ocorridos em Penápolis nos últimos anos têm chamado a atenção das autoridades e as campanhas de prevenção a esta prática têm sido reforçadas, principalmente neste mês de setembro onde o suicídio e sua prevenção têm ganhado mais evidência nos veículos de comunicação e nas mídias sociais. 
A reportagem do DIÁRIO realizou um levantamento extraoficial sobre os casos de suicídios ocorridos na cidade. Entre janeiro e agosto deste ano foram registrados seis suicídios consumados, sendo três deles somente em agosto e em um período de pouco mais de uma semana.
No mesmo período do ano passado, teriam sido sete casos, enquanto que em todo o ano de 2017 teriam sido nove casos em Penápolis. O levantamento em relação a 2018 mostrou que a idade média das pessoas que cometeram suicídio é de 31 anos. Já a média de idade das vítimas de suicídio registradas no ano passado é de 41 anos. Entre as vítimas, a maioria dos casos envolveu homens. Entre janeiro e agosto deste ano foram cinco homens e uma mulher. Já em todo o ano passado, foram sete homens e duas mulheres que se envolveram com o suicídio.  
A reportagem apurou também que cinco, das seis vítimas deste ano, estavam empregadas, apenas uma não estava. Em relação ao ano passado, quatro vítimas estavam empregadas, duas não, duas eram do lar e um aposentado. Em 2017 a grande maioria das vítimas tinha pelo menos um filho e cerca de 50% do total de vítimas tinha algum tipo de doença psicológica ou dependência química.

Apoio
Os casos de homicídio registrados em Penápolis têm chamado a atenção do poder público. A secretária de Assistência Social do Município, Suely Queiroz, afirma que a secretaria tem feito investimentos em capacitação para trabalhar com situações como esta. 
Segundo ela, é preciso haver um trabalho com famílias de pessoas que tenham cometido o suicídio e até mesmo com as próprias pessoas que já tenham tentado contra a própria vida. “Mas é importante destacar que uma ação como esta não pode ser feita de qualquer maneira. É preciso que o profissional que vai lhe dar com este tipo de situação tenha uma preparação específica para o trabalho. O suicídio é algo que vem sendo muito discutido nos últimos anos, que vem ganhando evidência, por isso é fundamental o poder público estar atento e trabalhar o assunto de forma correta”, afirmou. 

CVV
Outra ação de apoio em combate ao suicídio é a criação de um Posto do CVV em Penápolis. O projeto está sendo criado através do Núcleo de Apoio à Vida de Penápolis, a Navi Plis.
O Centro de Valorização da Vida, o CVV, fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
Segundo o presidente do Navi Plis e um dos organizadores do CVV em Penápolis, Rodrigo Sonsino, o Posto que está sendo implantado ainda depende de documentação, mas a intenção é a de promover ações em nome do CVV na cidade contra o suicídio, além de criar um posto de atendimento para o telefone 188, que receberá, assim como outros postos espalhados pelo país, ligações de pessoas que se vêm em situação de depressão e que necessitam conversar a fim de obter apoio moral. “Ainda estamos finalizando a parte burocrática deste projeto que, através de voluntários, fará parte de um dos maiores grupos do Brasil em combate ao suicídio”, afirmou. 
O CVV é associado ao Befrienders Worldwide, que congrega entidades congêneres de todo o mundo, e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio, do Ministério da Saúde, com quem mantém, desde 2015, um termo de cooperação que gerou a implantação de uma linha gratuita (188) nacional de prevenção do suicídio. A linha 188 começou a funcionar no Rio Grande do Sul e, em setembro de 2017, iniciou sua expansão para todo o Brasil, e que foi concluída em junho deste ano com a integração de todos os estados.
Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24 horas e sem custo de ligação), pessoalmente nos postos de atendimento, ou pelo site www.cvv.org.br, por do chat e-mail. Nestes canais, são realizados mais de 2 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 2.400 voluntários, localizados diversos estados e que vem se expandindo cada vez mais por outras cidades, como vem ocorrendo em Penápolis. 
Além dos atendimentos, o CVV desenvolve, em todo o país, outras atividades relacionadas a apoio emocional, com ações abertas à comunidade que estimulam o autoconhecimento e melhor convivência em grupo e consigo mesmo.
Em Penápolis não é diferente, o Navi Plis, que será a mantenedora do CVV na cidade, já promoveu neste mês uma palestra de prevenção e pósvenção ao suicídio e que contou com a participação de diversas pessoas.
Ainda para este mês estão previstas outras atividades como uma “motosseata” e um debate com especialistas sobre o assunto. Sonsino ressaltou que as pessoas que desejam ser voluntárias do CVV de Penápolis podem entrar em contato através do email: navipliscvv@gmail.com . “No email, as pessoas podem deixar seu contato de WhatsApp para mantermos contato. Diversas são as formas de se voluntariar. Seja para nos ajudar nos plantões via telefone, e para isso a pessoa precisa passar por um curso de capacitação, ou através das demais atividades que serão desenvolvidas na cidade”, finalizou.
O voluntário do CVV doa seu tempo, sua atenção, para quem precisa conversar sobre todos os assuntos e não tem conseguido fazer isto com as pessoas próximas. Se você tem mais de 18 anos de idade, pelo menos quatro horas disponíveis por semana e vontade de ajudar pessoas, você pode ser um plantonista do Programa de Apoio Emocional do CVV. Para isto você precisa participar de um curso gratuito de preparação de voluntários em uma de nossas sedes. As principais frentes de atuação do plantonista são o atendimento por telefone, voip e o chat.

(Rafael Machi)

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