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CIDADE & REGIÃO

29/06/2014

Sem alvará de salão, Colégio Oceu tem festa embargada

Rafael Machi
Detalhes Notícia
A Polícia Militar foi acionada ao local para controlar o trânsito que ficou complicado com a interdição do evento

DA REPORTAGEM

O Ministério Público embargou no fim da tarde de sexta-feira a festa junina que seria realizada pelo colégio Oceu no Clube Kai Kan, em Penápolis. O motivo seria a falta de alvará do Corpo de Bombeiros. Como a informação da interdição foi repassada aos organizadores no início da noite, as pessoas que foram à festa, incluindo alunos e seus pais, foram impedidas de entrar no local que teve seus portões fechados. 
O diretor do Colégio Oceu, Marcelo Sampaio, disse que foi pego de surpresa com a informação da interdição. Segundo ele, tudo estava preparado e organizado para receber os alunos, pais e demais convidados. “A informação chegou pra gente em cima da hora, não havia nada que poderia ser feito e estou com as famílias todas paradas no portão esperando pra ver o que acontece. Fiquei muito chateado com a forma que tudo aconteceu”, comentou. 
De acordo com o apurado pela reportagem, o alvará de funcionamento do salão do clube estava vencido e não pôde ser renovado por conta de modificações que precisavam ser feitas, como a instalação de portas antichamas. O Corpo de Bombeiros teria tomado conhecimento da festa e elaborado ofício notificando a Prefeitura e também o Ministério Público, que tomou as devidas providências para o embargo da festa pela falta do alvará do salão. “É uma pena que isso tenha ocorrido, porque as crianças ensaiaram por mais de dois meses para as apresentações, foram vendidos convites, enfim, é uma das festas mais tradicionais realizadas todo ano por uma instituição séria como o Oceu, mas infelizmente fomos pegos de surpresa”, ressaltou Marcelo. 
Com o cancelamento da festa, os próprios alunos do colégio começaram a vender doces e espetinhos na rua. “A venda que seria feita no recinto do Kai Kan era para arrecadar dinheiro para nossa formatura, não podemos ficar no prejuízo e perder todos estes doces e espetinhos. Nós como alunos ficamos muito chateados e vamos ter que ver novas maneiras de cobrirmos nosso prejuízo”, comentou a aluna da 3ª série do Ensino Médio, Raquel Rosetti Moreli. Para os pais de alunos, o principal prejuízo não é financeiro, mas a tristeza dos filhos e demais crianças, é o que pensa a professora da rede municipal, Nilva Aparecida Almeida Pizzólio. “Prejuízo financeiro nem nos incomoda tanto, acho que o principal problema está relacionado à tristeza das crianças, que ensaiaram por dois meses, prepararam tudo com muito carinho para apresentar aos pais e hoje estão chorando porque não poderão fazer suas apresentações”, ressaltou. 

Revolta
Durante a confusão, muitos pais se revoltaram contra o vereador Lucas Casella (PROS), pois no documento dos Bombeiros apresentado ao MP, estaria constatando seu nome como denunciante da festa em local inapropriado. Alguns pais chegaram a ir à Câmara Municipal, onde ocorria sessão solene, para questionar o vereador sobre o ato, mas ele não estava presente. 
Procurado pela reportagem do DIÁRIO, Casella se defendeu dizendo que não entrou com denúncia contra a festa. Ele explicou que na última quarta-feira (25) foi à Secretaria de Cultura para acertar detalhes sobre a Festa Julina Popular, que também será realizada no mesmo local, e descobriu que o evento nãoi poderia ocorrer no clube por conta dos mesmos problemas. “Coincidentemente no mesmo dia encontrei o comandante do Posto de Bombeiros de Penápolis e o questionei a razão de embargarem a festa popular, se na mesma semana ocorreria a festa do colégio, perguntei o que teríamos que fazer para nos adequarmos às exigências e usarmos o espaço. Jamais tive a intenção de prejudicar a festa realizada pelo Oceu, pelo contrário, gosto muito e valorizo esta respeitada instituição de ensino”, ressaltou. 
Ele revelou que no dia do evento tomou conhecimento do ofício emitido pelo Corpo de Bombeiros citando que tomaram conhecimento da realização da festa através de seu nome. “Quando fiquei sabendo, fui atrás do comandante do posto de Penápolis para tentar reverter a situação e conversamos bastante sobre isso na tentativa de ajudar na realização da festa, mas fui informado que nada poderia ser feito, já que o problema, na realidade, se tratava do alvará do salão, que não tinha autorização para tal evento”, explicou. Para ele, o fato tomou proporções políticas. “As pessoas começaram a falar coisas sobre mim sem saber o que de fato havia acontecido, dizendo que eu havia entrado com denúncia quando não houve. Não há nenhum documento assinado por mim. Fiquei chateado com tudo isso que aconteceu, principalmente pelo cancelamento da festa, na qual tenho grande admiração e respeito pela dedicação dos funcionários e alunos do Oceu em sua realização”, finalizou. 
A reportagem entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto. A diretoria do Kai Kan também foi procurada, mas ninguém quis se pronunciar. A direção do Colégio Oceu disse que fará outra festa no mês de agosto e que tomará todas as providências para que não haja prejuízos financeiros.

(Rafael Machi)

 

PREFEITURA MUNICIPAL DE PENÁPOLIS
SECRETARIA DE GOVERNO E GESTÃO PARTICIPATIVA
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

NOTA  DE  ESCLARECIMENTO

A Prefeitura Municipal de Penápolis, no compromisso com a verdade, em respeito à população penapolense, e em particular a todos os envolvidos na organização da Festa Junina do Colégio Oceu Positivo, vem a público prestar o seguinte esclarecimento:
Nem a Prefeitura, nem o prefeito municipal tiveram qualquer participação quanto a denúncia ou interdição das dependências da Associação Cultura Nipo-Brasileira de Penápolis – KAI-KAN, impedindo desta forma a realização da festa junina do Colégio Oceu Positivo na noite da última sexta-feira. Tratou-se única e exclusivamente de uma intervenção do Corpo de Bombeiros, mediante comunicação aos órgãos competentes que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros estava vencido.
A manifestação do Ministério Público acatada pela Justiça cancelando a festa junina do Colégio Oceu no Kai-Kan, sob pena de multa e crime de desobediência, foi um ato terminantemente judicial frente à comunicação do Corpo de Bombeiros de que o espaço não estava, naquele momento, em conformidade com as normas técnicas de segurança exigidas pela Legislação vigente. Aplicou-se, portanto, a Lei. No tocante a Prefeitura foi tão somente Notificada pelos Bombeiros da inexistência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, o que motivou ao procedimento padrão de Fiscalizar o estabelecimento. Cabe esclarecer, ainda, que partiu dos Bombeiros a notificação direta ao Ministério Público e à Polícia Civil, para que tomassem as devidas providências.
A Administração Municipal, por intermédio do prefeito Célio de Oliveira lamenta profundamente o ocorrido, e se solidariza ao sentimento de frustração da Direção, Funcionários, Pais, Alunos e Amigos do Colégio Oceu Positivo pelo impedimento judicial e não realização de sua Festa Junina.
Por fim, a Administração Municipal condena as manifestações ofensivas e inverídicas, maldosas e injustas direcionadas à pessoa do Prefeito Célio de Oliveira, onde pessoas mal-intencionadas procuram distorcer o fato com o único objetivo de atingir a imagem e a pessoa do Prefeito e da Instituição Pública.

ESTE FOI UM COMUNICADO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE PENÁPOLIS

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